MASP

Kaj Osteroth | Lydia Hamann

E.N.I.C (Entrelaçamento não identificado de criaturas), 2019

  • Autor:
    Kaj Osteroth | Lydia Hamann
  • Dados biográficos:
    Beckum, Alemanha, 1977 | Potsdam, Alemanha, 1979
  • Título:
    E.N.I.C (Entrelaçamento não identificado de criaturas)
  • Data da obra:
    2019
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    140 x 180 cm
  • Aquisição:
    Doação das artistas, no contexto da exposição Histórias das mulheres, histórias feministas, 2019
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.10981
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega

TEXTOS



Em sua obra, Kaj Osteroth & Lydia Hamann propõem outra forma de relação entre mulheres artistas e ativistas feministas. Pensando a admiração como uma forma radical de relacionar‑se, Osteroth & Hamann buscam estabelecer uma rede de colaborações, aprendizagem, troca e afeto entre mulheres. Em Admiring Mmakgabo Mapula Helen Sebidi, Enjoy Drama! [Admirando Mmakgabo Mapula Helen Sebidi, aprecie o drama!] (2014), elas retratam uma visita ao ateliê de Mmakgabo Mapula Helen Sebidi, uma das mais importantes pintoras da África do Sul. “Aprecie o drama!” foi um conselho dado a dupla pela pintora, representada em meio as suas obras. Em Admiring Polvo de Gallina Negra, Mistresses of Feminist Art [Admirando Polvo de Gallina Negra, amantes da arte feminista] (2016), a admiração se deu nas ruas da Cidade do México com a história do coletivo Polvo de Gallina Negra, fundado pelas artistas Maris Bustamante e Monica Mayer, retratadas vestindo aventais e barrigas falsas de grávida, em referência a performance Madre por um día [Mae por um dia], realizada em 1987. Em duas telas (2019) produzidas no contexto de Histórias feministas, as artistas trazem diversas referências a importantes mulheres brasileiras. Os títulos U.C.E — Unidentified Critter Entanglements [E.N.I.C — Entrelaçamento não identificado de criaturas] e Staying with the Trouble [Permanecendo com o problema] são referências ao livro da escritora feminista Donna Haraway, que aborda outras possibilidades de relações entre humanos e não humanos em tempos de fim de mundo. Nessas telas, um grupo de mulheres interage entre si, troca afetos e admira diversas artistas, ativistas e escritoras brasileiras. É possível identificar referências a Tarsila do Amaral, Djanira da Motta e Silva, Lygia Clark, Anna Bella Geiger, Márcia X, Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Rosana Paulino, Sônia Gomes, Mônica Nador e JAMAC — Jardim Miriam Arte Clube, Gabriela Leite, Conceição Evaristo, Djamila Ribeiro, além de mobiliários de Lina Bo Bardi, entre outras.

— Isabella Rjeille, curadora assistente, e Leonardo de Souza Gimenes Antiqueira, integrante da equipe de curadoria, MASP, 2019

Fonte: Adriano Pedrosa, Isabella Rjeille e Mariana Leme (orgs.), Histórias das mulheres, Histórias feministas, São Paulo: MASP, 2019.



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