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AMIGO MASP
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O objetivo do curso é uma investigação das energias que nortearam a arte produzida no Brasil desde suas origens ameríndias, lusitanas e negras, passando pelo florescimento da cultura religiosa no período colonial, o estabelecimento da Academia Imperial de Belas-Artes e o advento da modernidade, para chegar até os dias de hoje. Serão contempladas as diversas versões e ideias de Brasil que emergem da obra dos artistas europeus transplantados para os trópicos ao longo dos três primeiro séculos, as dos viajantes europeus que registraram o país no século 19, assim como a criação dos mitos nacionais pelos artistas formados pela Academia. O curso também abordará as transformações da chamada Geração AI-5 e os artistas da década de 1980, passando por seus antecedentes na década de 1950 com o embate figuração/abstração e suas consequências diretas encapsuladas pela obra da tríade Lygia Clark, Hélio Oiticica e Lygia Pape.
Aula 1 - 16/04
Antecedentes europeus e ameríndios
Apresentação do curso. O Brasil em 1500. Portugal em 1500. Os dois primeiros séculos de produção artística no Brasil.
Obras comentadas: Estátua da deusa Higéia, Escultor Helenista; Exu, arte africana; Par de guardiões Chineses, arte chinesa (Dinastia Tang); Tríptico "Cristo carregando a cruz, a Crucificação e o Sepultamento" , Jan van Dornicke; O banho de Diana, François Clouet; Urnas funerárias, autoria desconhecida; Nossa Senhora dos Prazeres, Frei Agostinho de Jesus; Nossa Senhora dos Remédios, artista cusquenho.
Aula 2 –23/04
Breve interlúdio das tradições germânicas e a arte do período colonial
O Brasil holandês. Tradição e cultura artística nos países baixos. A Igreja como centro social, artístico e cultural da colônia. O barroco costeiro. O barroco mineiro. Aleijadinhos e Aleijadinhos.
Obras comentadas: Retrato de jovem com corrente de ouro (Autorretrato com corrente de ouro), Rembrandt van Rijn (e ateliê); O capitão Andries van Hoorn, Frans Hals; Paisagem com tamanduá e Paisagem com jiboia, Frans Post; Diana adormecida, Giuseppe Mazzuoli.
Visita na coleção do MASP: Imagens de Aleijadinho, em cartaz no MASP.
Aula 3 – 30/04
Artistas viajantes e a chegada da Família Real
Sobre terras e homens distantes. Biopirataria e a fixação visual da paisagem. Retratando modos e modas. A fundação da Academia Imperial de Belas Artes.
Obras comentadas: Índios atravessando um riacho, Agostino Brunias; Retrato do cardeal Luis Maria de Borbon y Vallabriga, Francisco Goya y Lucientes; Cachoeira de Paulo Afonso, E.F. Schute; Paisagem nos arredores do Rio de Janeiro, Henri Nicolas Vinet; Niterói, Nicolau Facchinetti.
07/05/2018 NÃO HAVERÁ AULA
Aula 4 – 14/05
Mestres imperiais
Os produtos da Academia Imperial de Belas Artes. Victor Meirelles. Pedro Américo. Mestres salteados. "As idéias fora do lugar".
Obras comentadas: A Virgem do véu azul e Cristo abençoador, Jean-Auguste-Dominique Ingres; Moema, Victor Meirelles.
Aula 5 –21/05
O alongado fim do século 19
A Academia agonizante. Uma busca por novos caminhos.
Obras comentadas: Uma salva em dia de grande gala na baía do Rio de Janeiro, Giovanni Battista Castagneto; Moça com livro, José Ferraz de Almeida Junior; A eterna primavera, Auguste Rodin; Nu, Eliseu Visconti.
Aula 6 – 28/05
Modernismos e modernidade
Olhando mais uma vez para o Brasil. Uma modernidade conservadora. Surrealismos à brasileira. A ressaca do modernismo.
Obras comentadas: Nu feminino deitado, Flávio de Carvalho; O lavrador de café, Candido Portinari; Retrato de Inah Prudente de Moraes, Candido Portinari; Autorretrato, Victor Brecheret; Interior de indigentes, Lasar Segall; O brasileiro, Ernesto de Fiori; A compoteira de peras, Fernand Léger.
Aula 7 – 04/06
A maneira do popular e uma arte oficial
Artistas populares. O caso Agnaldo Manoel dos Santos. Artistas maneiristas populares. A construção de Brasília, seus muitos ensaios e a definição de uma arte oficial.
Obras comentadas: Vista de Salvador e Oxosse na sua caçada, Rafael Borges de Oliveira; Velório da noiva, Maria Auxiliadora; Lindo Lindo Lindo, José Antônio da Silva; Briga de cachorros, Carybé; Figura com criança, Agnaldo Manoel dos Santos.
Visita à exposição: Emanuel Araújo, a ancestralidade do símbolos: África-Brasil, em cartaz no MASP.
Aula 8 – 11/6
Abstração/figuração, a nova figuração e Geração AI-5
Embates serôdios. Novamente a figura. O pop brasileiro. Arte política/apolítica. Discursos desarticulados.
Obras comentadas: Fachada com bandeiras, Alfredo Volpi; Composição 12, Rubem Valentim; Bananas e cordas 3, Antonio Henrique Amaral; Repressão, Claudio Tozzi; AR - Cartilha do superlativo, Rubens Gerchman.
Giancarlo Hannud estudou Belas Artes na Slade School of Fine Art, UCL, em Londres. Ele é mestre pelo Warburg Institute – School of Advanced Study, onde pesquisou as imagens setecentistas do Diabo no novo mundo. Entre 2006 e 2007 foi professor de história da arte na City University, também em Londres. Hannud foi curador da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 2010 e 2015, onde foi responsável pelas mostras Fato aberto: o desenho no acervo da Pinacoteca do Estado, em 2013, Guillermo Kuitca: filosofia para princesas em 2014 e Roberto Burle Marx: uma vontade de beleza, em 2015. Foi professor de história da arte da Faculdade Santa Marcellina entre 2014 e 2016, e desde 2016 atua como coordenador de pesquisa do Catálogo raisonné parcial de Antonio Bandeira.