14 de abril (sábado), das 10h às 18h:
10h às 12h30:
Arte em trânsito: revendo os sentidos da produção artística no Brasil entre os séculos XVIII e XIX.
Nesta breve apresentação, buscaremos apresentar e discutir elementos relativos à reconstrução crítica de algumas das individualidades artísticas de fins do século XVIII, incluindo o Aleijadinho, Mestre Valentim e Manoel Dias de Oliveira, bem como dos sentidos que sua obra assumiu entre os séculos XIX e XX. Buscaremos abrir a discussão acerca do lugar do artífice e do artista entre os séculos XVIII e XIX e sua fortuna crítica. Procuraremos demostrar como o sistema de aprendizado e arrematação de obras estabelecido no século XVIII perdura século XIX adentro e como esta esfera pode ter constituído um lugar para o desenvolvimento das potencialidades das populações negras.
Com André Luiz Tavares (Professor do Depto. de História da Arte da EFLCH/UNIFESP.)
A matriz negro africana fon-iorubá
A apresentação dedica-se à análise da formação do corpo de Obás de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá, uma casa de candomblé Queto situada na cidade de Salvador (Bahia) e o diálogo que se pode instaurar sobre a dimensão e alcance da produção do artista plástico Carybé. Os fundamentos religiosos de matriz negro africana iorubá inseridos no campo conceitual oferecem uma perspectiva antropológica de interpretação do processo de formação das religiões afro-brasileiras. Este fator sublinha a interlocução entre arte e religião em termos de produção simbólica e construção identitária.
Com Marcelo Mendez Souza (doutor em comunicação e cultura na América Latina)
Mediação: Pedro Neto (cientista social e consultor PNUD-ONU)
14h às 15h45:
Arte para tempos de insurreição
A obra de Melvin Edwards está enraizada em um momento sensível da história dos Estados Unidos, quando o movimento por direitos civis demandava igualdade para afro-americanos. Neste encontro vamos investigar as motivações do escultor, e explorar obras de artistas afro-americanos que revelam questões político-culturais persistentes, perceptíveis nas décadas que se seguiram, e que ainda nos alcançam.
Com Renata Bittencourt (Diretora do Instituto Brasileiro de Museus, educadora, gestora cultural e historiadora da arte)
Mediação: Juliana dos Santos (artista visual e arte educadora)
15h45 – 16h30: Café
16h30 – 18h: Livre visitação das exposições