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Em quarta posição: espaços régios e seus códigos

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14.11.2020 | SÁBADO
14h
ao vivo pelo Instagram @masp
No Brasil, quando aborda-se o século 19, mais especificamente a capital carioca, é possível reconhecer um pensamento de corpo da dança nobre, que impunha uma determinação que separava a sociedade por castas, etnias, culturas, controlando as condutas sociais no âmbito institucional. Os jornais locais informam, em anúncios dos mestres de dança recém-chegados ao Rio de Janeiro, o interesse por um público específico: “pessoas civilizadas da sociedade”. Igualmente, nos manuais de danças, editados no Brasil ou que vinham com os mestres, encontram-se elencadas as “danças de sociedade”, com suas regras para bem executá-las nos espaços régios. Civilidade, civilizar e civilização estavam na pauta dos diálogos elitistas do Oitocentos, entre políticos, religiosos, juristas, médicos, literatos e artistas. Os rumores, com ênfase no Segundo Império, indicavam que era necessário civilizar aqueles(as) que habitavam a terra brasilis, em via de constituir uma ideia de nação com contornos eurocêntricos –e o ensino da dança cumpria esse papel.
 

PALESTRANTE

Ana Teixeira é éartista, professora universitária e pesquisadora. Doutora em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutoranda em filosofia pela mesma instituição. Graduada em educação física pela Universidade de Caxias do Sul e em arts du spectacle mention danse pela Universidade Paris 8, na França. É professora do curso de comunicação das artes do corpo na PUC-SP. Atuou como bailarina profissional entre os anos de 1988 a 2004, integrando o elenco do Balé da Cidade de São Paulo e StaatsTheater Kassel (Alemanha). Foi diretora artística assistente do Balé da Cidade de São Paulo (2003 a 2009). Ministra cursos e palestras que discutem assuntos referentes ao corpo e à dança; sua pesquisa dedica-se à história do corpo e sua relação com o poder e a instituição, com ênfase nos séculos 17, 18 e 19. Coordena o grupo de pesquisa “Sentidos do barroco: outras direções, outras lógicas, outros gestos” (CNPq/PUC-SP).

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