Público geral
5x R$ 100
AMIGO MASP
5x R$ 85
*valores parcelados no cartão de crédito
Este curso exclusivo, realizado presencialmente no espaço expositivo do MASP, propõe uma imersão na exposição Histórias LGBTQIA+, explorando as interseções entre arte e ativismos. Partindo dos oito eixos curatoriais da mostra, os inscritos serão convidados a refletir sobre as formas de construir, narrar e disputar memórias e imaginários LGBTQIA+, considerando as tensões internas ao movimento representado pela sigla. A partir de perspectivas e novas abordagens teóricas, o curso revisita momentos marcantes na história das dissidências sexuais e de gênero. O curso também busca questionar e ampliar as interpretações tradicionais sobre esses movimentos. O estudo de obras do acervo do MASP, junto a registros artísticos e arquivos documentais, será essencial para compreender e refletir que histórias LGBTQIA+ produzimos, e como essa presença se fortalece na memória coletiva e nas representações sociais.
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IMPORTANTE
As aulas serão ministradas presencialmente no MASP. Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 80% de presença.
Aula 1 | 12.3.2025 – Ousar dizer o nome: histórias de ideias e de resistências
A primeira aula do curso investiga os caminhos mais comuns pelos quais a história das populações LGBTQIA+ e suas lutas são contadas, especialmente no Brasil. Vamos entender como, ao longo do tempo, diferentes identidades foram classificadas e tratadas pela medicina e pela lei, muitas vezes de forma preconceituosa, levando à patologização e criminalização dessas vivências. Também veremos como essas identidades se fortaleceram e se diferenciaram no processo de busca por reconhecimento e direitos. Nesse contexto, será posto em evidência o surgimento de movimentos organizados e suas manifestações públicas que desempenharam um papel essencial para as mudanças sociais.
Aula 2 | 19.3.2025 – Diferentes vozes, diferentes histórias
Para trazer uma perspectiva queer para a História, é essencial considerar diferentes linhas do tempo, levando em conta contextos distintos de surgimento e visibilidade. Na segunda aula, exploraremos como as narrativas são construídas, quais fontes são usadas e quem tem acesso ao poder de se autorrepresentar. Para isso, analisamos as tensões dentro da sigla LGBTQIA+, considerando recortes de raça, gênero e sexualidade.
Aula 3 | 02.4.2025 – Documentar afetos e práticas, (re)ocupar espaços
As questões levantadas na aula anterior nos ajudam a explorar, dentro do espaço expositivo, as múltiplas histórias LGBTQIA+ e as diferentes formas de vivenciar as tensões entre intimidade e espaço público. Neste momento do curso, vamos abordar os lugares de sociabilidade e suas práticas, além das relações entre denúncia, memória e afeto. Aqui, nosso foco será nos eixos Amor e Desejo, Espaços e Territórios e Biblioteca Cuir, presentes na estrutura da exposição.
Aula 4 | 09.4.2025 – (Re)inventar mundos e sentidos
No encerramento do curso, refletiremos sobre como preservar o presente, revisitar o passado e imaginar novos futuros. Começaremos pelo eixo Ícones e Musas, explorando como figuras marcantes ajudaram a construir referências e memórias. Em seguida, mergulharemos nos Arquivos, entendendo seu papel na valorização de vivências individuais como parte da história. Depois, passaremos pelas promessas do Sagrado e Profano, para, enfim, encerrar o percurso entre Abstrações, Ecossexualidades e fantasias transcendentais.
Caio Maia pesquisa e atua nas interseções entre comunicação, memória e representações LGBTQIA+ no Brasil. Formado em Jornalismo (UFRGS), com especialização em Gênero e Sexualidade (CLAM/IMS/UERJ), é mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ, onde atualmente conclui seu doutorado.
É co-fundador do Arquivo Lésbico Brasileiro e integra a Rede de Estudos Trans-Travestis. Com trabalhos premiados nacional e internacionalmente, suas pesquisas refletem sobre as diferenças e desigualdades dentro das coletividades aglutinadas sob a sigla LGBTQIA+, com foco em iniciativas lésbicas e trans voltadas para a criação de espaços de existência, compartilhamento de experiências, visibilidade e memória, especialmente através da escrita e da constituição de arquivos. Suas investigações mais recentes se dedicam às construções de passado, presente e futuros coletivos em produções escritas transmasculinas