Atendimento
O Centro de Pesquisa atende pesquisadores mediante agendamento, de segunda a sexta, das 13h às 18h. Para agendar a sua visita, escreva um e-mail para centrodepesquisa@masp.org.br.
Para consultar as Obras Raras e Especiais, é necessário a apresentação de um documento que comprove vínculo institucional e uma carta da instituição que indique a finalidade da pesquisa.
O Centro de Pesquisa possui um dos principais acervos especializados em artes do Brasil e tem por objetivo preservar e oferecer acesso às publicações e à documentação do museu e sobre artes.
O núcleo foi criado como Biblioteca do MASP, no 30º aniversário do museu em 1977, quando Lina Bo Bardi (1914-1992) e Pietro Maria Bardi (1900-1999) doaram a sua coleção de livros. Na década de 1990, o núcleo ampliou suas atividades com a incorporação da documentação produzida pelas atividades realizadas no museu. A partir de 2017, com uma nova compreensão sobre a sua atuação, passou a ser chamado de Centro de Pesquisa.
O acervo bibliográfico conta com mais de 70 mil volumes entre obras raras e especiais, catálogos de museus e exposições, zines, dicionários, teses e periódicos sobre arte, arquitetura, design, moda, estética e história.
Entre os periódicos nacionais e internacionais, destacam-se O Cruzeiro, Habitat, Mirante das Artes, Gazette des Beaux Arts, ArtForum e Frieze. Além disso, salvaguarda as publicações do Museu entre catálogos de exposições, livros e antologias.
No acervo arquivístico encontra-se a documentação institucional permanente, que testemunha a memória da criação do museu, da formação de seu acervo, da construção da sede na avenida Paulista, das exposições realizadas, entre outras atividades. Contempla registros de diferentes gêneros como documentos textuais (correspondências, projetos de exposições, textos e artigos, anotações, recorte de jornais entre outros), documentos iconográficos (cartazes de exposição e eventos, ampliações fotográficas, slides e negativos), documentos audiovisuais, documentos digitais, entre outros.
Além da documentação produzida pelo MASP, conta com o Arquivo de Referência, que reúne dossiês sobre artistas nacionais e internacionais, entidades culturais e movimentos artísticos, com Fundos e Coleções Pessoais.
Clique em Pesquise Aqui para realizar pesquisas no acervo bibliográfico e no Vocabulário Controlado de Artes do MASP.
O acervo bibliográfico segue o arranjo inicial do núcleo doado pelo casal Bardi e é dividido pelas coleções: publicações do MASP, obras raras e especiais; publicações periódicas; catálogos de exposições; livros, guias e catálogos de museus; coleções de artistas. O Vocabulário Controlado de Artes e o Controle de Autoridades foram elaborados na década de 1990 e, atualmente, passam por um novo processo de revisão e atualização.
Adolpho Leirner (São Paulo, Brasil, 1935) e Fúlvia Leirner, colecionadores de arte, iniciaram sua coleção em meados da década de 1960 com a aquisição de tapeçarias abstratas-geométricas e, desde então, formaram uma significativa coleção de arte, sobretudo brasileira, composta por obras de artistas que influenciaram designers brasileiros, mobiliários e tapeçarias, entre outros. Desde o início de sua criação, a coleção do casal Leirner já foi emprestada para diversas instituições nacionais e internacionais para integrar mostras coletivas sobre o concretismo brasileiro.
O acervo de Fúlvia e Adolpho Leirner é composto, sobretudo, por documentos que retratam o relacionamento dos colecionadores com o MASP, como documentos sobre o empréstimo de obras para exposições, recortes de jornais e revistas, troca de correspondências com Pietro Maria Bardi e outras personalidades relacionadas ao universos das artes, além de fotografias e publicações de design e arquitetura.
A doação foi realizada por Fúlvia e Adolpho Leirner em 2016.
Total: aproximadamente 400 itens.
Maria Auxiliadora da Silva (Campo Belo, Minas Gerais, Brasil, 1935 - São Paulo, Brasil, 1974) é uma artista autodidata, que desenvolveu a sua própria técnica de pintura e uma arte singular. Integrante de uma família de artistas, ao lado de sua mãe, a escultora Maria Almeida da Silva, participou do grupo do Embu (Embu das Artes, São Paulo), onde se destacavam os artistas negros e a temática afro-brasileira. Expôs as suas obras na Praça da República na cidade de São Paulo e em exposições individuais. Participou de exposições coletivas nacionais e internacionais, salões de arte, sendo premiada em alguns desses.
O acervo de Maria Auxiliadora reúne documentos da sua atuação artística como convites, folders, catálogos de exposições, recortes de jornais e ampliações fotográficas que registram a artista com as suas obras, momentos com amigos e familiares, sua participação em exposições e eventos, entre outros.
A doação foi realizada pelos familiares da artista em 2019.
Total: 110 itens
Rubem Valentim (Salvador, Brasil, 1922 - São Paulo, Brasil, 1991) atuou como artista plástico e professor universitário. Formou-se em odontologia pela Universidade da Bahia em 1946, mas preferiu seguir a carreira de artista juntando-se ao movimento modernista da Bahia. Frequentou a Escola de Belas Artes e o curso de jornalismo na Faculdade de Filosofia da Bahia, o que colaborou para uma formação crítica e o desenvolvimento de uma linguagem visual própria a partir da incorporação de símbolos presentes nas religiões de matriz africana. Morou no Rio de Janeiro, em Bristol (Inglaterra), Roma (Itália), São Paulo e Brasília, onde lecionou na Universidade de Brasília. Participou de muitos salões e exposições nacionais e internacionais, tornando-se um artista reconhecido e premiado. Da sua produção artística e intelectual percebe-se que trabalhou para o reconhecimento e a valorização de uma arte popular e das raízes africanas na cultura brasileira.
O acervo é composto por documentos pessoais e registros da atuação artística, intelectual e acadêmica do artista. Reúne aproximadamente 3.842 documentos textuais (manuscritos, anotações, artigos datilografados, correspondências, contratos, diplomas, recortes de jornais entre outros); 14 cadernos de esboços e desenhos; 6.984 documentos iconográficos (ampliações, negativos e diapositivos que registram momentos de sua vida pessoal, atividades no ateliê, exposições e as obras); 65 itens audiovisuais com gravações de entrevistas e depoimentos; e um acervo bibliográfico de 91 itens (catálogos e livros sobre arte brasileira, arte africana e religiões de matriz africana).
A doação foi realizada pelo Instituto Rubem Valentim em 2019.
Total: aproximadamente 11.000 itens
Paulo Pires (Franca, São Paulo, 1928 – São Carlos, São Paulo, 2015) foi um reconhecido fotógrafo, premiado nacional e internacionalmente nos salões de fotografia e foi um dos fundadores do grupo Íris Foto Grupo. O acervo é composto por documentos textuais como correspondências, textos manuscritos e datilografados de autoria do fotógrafo e selos de participação e premiação em salões e concursos de fotografia. Além disso, conta com uma coleção de revistas de fotografia, com destaque para as revistas Fotoarte, boletins Fotocine e os catálogos de salões de fotografia.
A doação foi realizada pelo filho do fotógrafo, Eduardo Pires, em 2021 e 2022.
Total: 1.883 itens
Adélia Borges é formada em jornalismo e trabalhou nos principais veículos de imprensa como a Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, TV Globo, TV Cultura entre outros. Especialista em design, realiza pesquisas, curadorias e textos sobre o tema.
O acervo reúne recortes de jornais e revistas, periódicos alternativos, com artigos sobre a condição da mulher e a causa feminista, publicados no Brasil, em outros países da América Latina e na Europa, durante as décadas de 70 e 80. Essa doação complementa os materiais adquiridos e gerados durante a produção do ciclo Histórias das Mulheres, Histórias Feministas, que contou com exposições, oficinas, seminários, palestras e publicações.
A doação foi realizada pela curadora em 2019.
Total de itens: 142
O designer, arquiteto e pintor italiano, Roberto Sambonet (Vercelli, 1924 – Milão, 1995) contribuiu ativamente nos primeiros anos do MASP (1948-1953). Além de participar dasatividades do Instituto de Arte Contemporânea na década de 1950, foi responsável pelo primeiro cartaz de divulgação das atividades do museu em 1948. A coleção de cartazes históricos das exposições do MASP está disponível para consulta, mediante agendamento.
O projeto “Preservação e Difusão das Imagens Históricas das Exposições do MASP do Fotógrafo Luiz Sadaki Hossaka”, financiado pelo edital Proac 02/2014 de Preservação de Acervos Museológicos, desenvolveu ações para preservar, conservar, catalogar e digitalizar cerca de 27.000 imagens. Tratam-se de negativos, diapositivos, fotolitos e ampliações que registraram as atividades do museu como as exposições, eventos, obras de arte e o cotidiano do museu, ricas fontes de informação sobre a história do MASP.
Luiz Hossaka foi aluno do Instituto de Arte Contemporânea, centro de formação em artes sediado no MASP na década de 1950. Posteriormente, passou a integrar a equipe de museu, colaborando por mais de 50 anos em diversos cargos e funções, inclusive o de fotógrafo. Foi pioneiro na técnica de fotografia de obras de arte, formando diversos fotógrafos nessa prática, até então pouco conhecida no meio
As ações do projeto tiveram por objetivo resguardar a memória do museu e do fotógrafo, reconhecendo e divulgando a importância de sua obra.
Desenvolvido em parceria com o Departamento de Biblioteconomia e Documentação da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), o projeto "Desenvolvimento e disseminação de ferramentas de apoio à documentação da arte" disponibilizou uma nova versão do Vocabulário Controlado de Arte. Foi financiado pelo Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP).
A primeira fase, desenvolvida entre 2008 e 2009, foi coordenada pela Prof. Dra. Maria Christina Barbosa de Almeida (ECA/USP) e disponibilizou para consulta a primeira versão online do Vocabulário Controlado de Arte do MASP. Na segunda fase, iniciada em 2013 sob a coordenação da Profª Dra. Vânia Mara Alves Lima (ECA/USP), o Vocabulário Controlado passou por uma extensa pesquisa terminológica e atualização.
O projeto teve início em 2019, com a realização de ações de conservação preventiva e tratamento documental para promover o acesso à documentação e a sua preservação.
Devido à Pandemia de Covid 19, os trabalhos foram interrompidos em 2020 e retomados em 2022, ano em que o Museu oferece a Bolsa Rubem Valentim no Programa MASP Pesquisa, para incentivar estudos sobre o artista elaborados a partir da documentação abrigada no Centro de Pesquisa do Museu.
Em virtude da diversidade de gêneros documentais (textual, iconográfico, audiovisual e bibliográfico), pesquisas e formações técnicas têm orientado a escolha dos materiais mais adequados e métodos de higienização e acondicionamento. O tratamento documental busca compreender o contexto de produção dos documentos e manter a organicidade do conjunto por meio da elaboração de um quadro de arranjo para o conjunto.