Os cursos de Histórias da arte são semestrais. O módulo conta com três programas diferentes de aulas, independentes e complementares. Juntos, os três cursos cobrem um arco histórico que se estende do século 14 ao 21.
Em comum, eles compartilham o estudo de histórias abertas, plurais e diversas, que englobam uma multiplicidade de territórios, períodos, linguagens e discursos. Por isso o módulo tem como nome “histórias” e não “história” da arte.
Com média de dezesseis aulas, cada curso é ministrado por um professor especializado, que, por sua vez, convida outros especialistas para proferir conferências ao longo do semestre. Um formato que garante, ao mesmo tempo, o aprofundamento de temas específicos e a pluralidade de vozes.
Dessa forma, os interessados têm acesso a um panorama mais abrangente de abordagens e métodos de crítica, mediação e interpretação da produção artística, sempre em diálogo com obras da coleção do MASP.
O termo “Barroco” engloba muitos sentidos e contextos artísticos que se desenvolvem entre os séculos 17 e 18. Focando em pintura, com incursões pela escultura e arquitetura, o curso tratará de Caravaggio, Guido Reni, Bernini, Rubens, Van Dyck, Velázquez, Poussin, Rembrandt, Frans Hals - todos presentes, seja em obras da própria mão ou de artistas de seu círculo, na coleção do MASP. Abordará também a circulação dos modelos europeus nos territórios coloniais, as formas de expressão multiculturais que se produzem nesses contextos, e o trabalho de importantes artistas mulheres, como Artemisia Gentileschi, Elisabetta Sirani e Judith Leyster.
O curso pretende apresentar e discutir as manifestações artísticas do mundo ocidental ao longo do século 19, desde a Revolução Francesa, na obra de Jacques-Louis David, até os anos que antecedem à Primeira Guerra Mundial com Pablo Picasso e Henri Matisse. O objetivo principal do curso é entender como a arte da tradição europeia se modifica ao longo do século 19, dando origem ao que se conhece como arte moderna. Além dos nomes já mencionados, ao longo do curso serão vistos artistas como Ingres, Delacroix, Monet, Van Gogh e Lautrec. As obras do acervo do MASP serão o fio condutor do curso.
O curso concentra-se na arte brasileira dos séculos 20 e 21, apresentando artistas e explorando seu impacto na sociedade. Cada encontro terá como ponto de partida uma obra específica, a partir da qual se desenvolverá o tema central da aula. A abordagem partirá de uma perspectiva crítica em relação aos cânones históricos, sua formação e seus efeitos na vida do país. Para tanto, utilizaremos uma bibliografia transdisciplinar que permitirá a construção de uma narrativa diversificada e sensível às diversas realidades dos grupos sociais e dos movimentos artísticos, bem como seus impactos contemporâneos.
O curso apresenta e analisa parte da produção artística e expositiva a partir das vanguardas do início do século 20 até os dias atuais, articulando as práticas em diferentes continentes. De uma perspectiva da História Social, explora as invenções e cruzamento de novas linguagens propostas por artistas, arquitetos e designers, apontando eixos que caracterizam os modernismos e as proposições contemporâneas que se desdobram como interesse em constante revisão.
A perspectiva não é a de uma história da arte linear e homogênea, mas a de estabelecimento de diálogos temporais entre artistas, obras, ações e abordagens. O objetivo é que cada encontro possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores.