As aulas exploram temas amplos e diversificados da das artes, desde análises detalhadas sobre artistas de destaque do acervo do MASP até discussões de campos culturais diversos.
Este curso oferece uma imersão nas interseções entre arte, performance, gênero e ecologia, com quatro aulas ministradas por artistas, pesquisadores e arte-educadoras. Débora Pazetto inicia o ciclo com uma introdução crítica, enquanto Rafa Bqueer explora sua perspectiva afro-amazônica, conectando mutação, ancestralidade e hibridismo. Efe Godoy faz uma abordagem sobre transformação e aprendizado contínuo, e Uýra reflete sobre a resiliência da vida e a reterritorialização da natureza. Juntas, as aulas convidam a uma reflexão sobre o papel da arte na transformação social e ambiental, com foco em práticas artísticas trans e queer.
O curso discute as transformações nos usos e sentidos dos álbuns de família desde o século 19 até os dias de hoje, em especial, na educação e na arte contemporânea. Como um arquivo que guarda os momentos felizes, o álbum será abordado de maneira transdisciplinar, articulando tanto suas dimensões afetiva e emocional, como também social, histórica, política, racial e econômica.
As condições de existência do álbum, as mudanças na materialidade (analógico/digital), a importância das mulheres na conservação e a presença/ausência de pessoas negras nos álbuns são alguns dos temas discutidos em diálogo com autoras(es) como Armando Silva, bell hooks, Luciara Ribeiro, Rejane Coutinho e Tina Campt.
O ponto de partida é a noção de álbum como “arquivo branco”, ou seja, um arquivo que, no contexto brasileiro, é marcado pelo trauma colonial. Analisando obras de artistas contemporâneas brasileiras, as aulas desconstroem noções romantizadas de memória, família e nação, apresentando estratégias de (re)escrita da história através da arte.
Este curso propõe uma reflexão crítica sobre a presença e o tratamento da arte africana em museus brasileiros. Marcada por singularidades, essa produção ainda é frequentemente interpretada sob modelos eurocêntricos. A partir da análise das coleções africanas do MASP e de outros museus, serão discutidos temas como documentação, pesquisa de proveniência, autoria e formas de classificação. O objetivo é repensar abordagens e propor caminhos que valorizem as especificidades dessa arte no contexto brasileiro, ampliando o olhar sobre seu papel na história da arte.
O curso investiga como a natureza foi concebida e representada na arte entre os séculos 16 e 19, explorando quatro eixos fundamentais: o exotismo colonial, o papel dos animais na cultura visual da primeira modernidade, a paisagem como conceito e gênero artístico, e a visualidade científica da natureza. A partir dessas temáticas, serão discutidas as bases para uma leitura ecocrítica da arte, relacionando práticas históricas às sensibilidades ambientais que se projetam na modernidade e continuam a ressoar nos debates contemporâneos.
A obra de Lina Bo Bardi, em suas múltiplas linguagens, é o contexto deste curso. Ao percorrermos a história de sua trajetória profissional, como arquiteta moderna, ativista da cultura urbana integral e por um habitar sem distinções de classe, gênero ou raça, entramos em contato com sua poética, sua estética, seu design, sua arquitetura, seu desenho. No momento contemporâneo de crise ambiental e urbana, a obra desta arquiteta ítalo-brasileira nos inspira a seguirmos por um caminho democrático, atento, artístico e político.
O curso investiga os entrelaçamentos entre moda, arte e curadoria a partir da presença do vestuário no acervo do MASP, desde o início da década de 1950, até o mais recente projeto de moda realizado pelo museu, em 2024. Em quatro encontros presenciais, propõe-se a observar a moda como linguagem e a explorar os flertes e relações que o MASP historicamente mantém com o campo. Com base em pesquisas realizadas diretamente no acervo e no centro de pesquisa do museu, bem como em estudos acadêmicos de autoras como Maria Claudia Bonadio, Patrícia Sant'Anna e Ana Júlia Melo Almeida, o curso analisa diferentes formas de representação do vestir em obras da coleção. Peças como uma criação de Salvador Dalí e um vestido usado por Hebe Camargo estarão presentes em sala de aula, sendo discutidas em sua potência estética, simbólica e histórica.