MASP

Maria Graham

Panorama da Baía de Guanabara, 1825

  • Autor:
    Maria Graham
  • Dados biográficos:
    Papcastle, Inglaterra, 1785-Kensington Gravel Pits, Inglaterra ,1842
  • Título:
    Panorama da Baía de Guanabara
  • Data da obra:
    1825
  • Técnica:
    Óleo sobre papel e tela
  • Dimensões:
    20 x 353 x 1,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Assis Chateaubriand, 1952
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00231
  • Créditos da fotografia:
    Elizabeth Kajiya e Pedro Campos

TEXTOS



Maria Graham (nascida Dundas e, posteriormente, chamada Callicot) foi uma pintora, desenhista e escritora inglesa, e estudou desenho com o fundador da Royal Academy of Arts, Sir Joshua Reynolds (1723‑1792). Sua obra se baseia nas viagens que empreendeu em diferentes momentos da vida. Além de duas passagens pelo Brasil, entre 1821 e 1825, Graham esteve na Índia, na Itália e no Chile. Entre 1821 e 1823, a artista viajou a América do Sul a bordo do navio Doris, acompanhando seu marido, Thomas Graham, capitão da embarcação, falecido no percurso. Dessa viagem, publicou o relato Journal of a Voyage to Brazil [Diário de uma viagem ao Brasil] (1824), ilustrado por paisagens e cenas de costumes. Entre 1824 e 1825, retornou ao país a convite da Imperatriz Dona Leopoldina (1797‑1826) para atuar como preceptora da princesa Maria da Gloria (1819‑1853). Durante sua estadia, Graham produziu uma série de ilustrações botânicas e vistas de paisagens, além de coletar espécimes para a composição da obra Flora Brasiliensis, iniciada pelo alemão Karl von Martius (1794‑1868), o que a inseriu no circuito dos artistas viajantes de passagem pelo país e atraídos pela rica vegetação dos “trópicos”. Durante seu último ano no Brasil, pintou o Panorama da baia de Guanabara, que pertence ao acervo do MASP. Nesse provável estudo, realizado em cinco folhas de papel coladas sobre tela, a artista apresenta uma visão distanciada, marcada por três faixas paralelas que representam água, terra e ar. A cena é composta em tons rebaixados que dão a obra uma atmosfera serena e de luminosidade regular.

— Lucia Klock Stumpf, doutora em antropologia social, USP, e mestre em culturas e identidades brasileiras, IEB‑USP, 2019

Fonte: Adriano Pedrosa, Isabella Rjeille e Mariana Leme (orgs.), Histórias das mulheres, Histórias feministas, São Paulo: MASP, 2019.





A pintura Panorama da Baía da Guanabara é formada por cinco folhas de papel coladas sobre tela. Trata-se provavelmente de um esboço para um panorama da baía do Rio de Janeiro, destinado a ser montado sobre uma superfície curva e giratória. Na documentação do museu, o quadro é datado por engano de 1822, ano em que Graham encontrava-se em Valparaíso, o que discrepa da inscrição colocada no canto superior esquerdo, em que se lê a data de 1825. O museu conserva também o retrato de Maria Graham, desenhado por John Callcott Horsley (1817-1913), sobrinho do segundo marido de Maria.

— Autoria desconhecida, 1998

Fonte: Luiz Marques (org.), Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: MASP, 1998. (reedição, 2008).



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