O pai do retratado, Sir Henry Chamberlain, foi cônsul-geral do Brasil e encarregado dos Negócios da Inglaterra na corte do Rio de Janeiro entre 1815 e 1829. As recepções nas casa de Chamberlain marcaram época na crônica do palácio do Catete, como atestam Lord Amherst, Maria Graham, o barão de Bougainville entre outros. Henry, seu filho (1796-1844) acabara de ingressar na Royal Artillery quando esteve no Brasil em 1819-1820. Pintor amador, Chamberlain deixou uma série ampla de óleos e aquarelas, basicamente paisagens, sobretudo do Rio de Janeiro, e cenas de cunho etnográfico do Brasil daqueles anos, muito apreciados por colecionadores brasileiros por seu valor histórico e documental. Pelas feições muito juvenis de Henry, o retrato em questão, realizado por um pintor sem talento, deve datar dos anos de sua estada no Rio de Janeiro. (Vide nota anterior.)
— Autoria desconhecida, 1998