Em Sem título (1967), ocupou a tela com duas grandes manchas em negro e amarelo de contornos irregulares, que se tensionam mutuamente. Observa-se nessa obra a influência de artistas nipo-brasileiros do Grupo Guanabara, como Tomie Ohtake (1913-2015) e Manabu Mabe (1924-1997) — pela paleta de tons quentes e pela composição a partir de formas soltas e bem contornadas —, e do trabalho do artista estadunidense Mark Rothko (1903-1970) — pela importância do peso desses volumes cromáticos e da tensão entre eles, formando uma arquitetura de blocos que se fixam provisoriamente.
— Guilherme Giufrida, assistente curatorial, MASP, 2018