“Toda obra tem seu sentido próprio, aquele de início buscado pelo artista, e adquire outro ou outros significados conforme seu lugar no cenário amplo da história e nas mostras de que participa. Aqui se propõe uma ocasião para o desfrute dessa dupla experiência”, aponta Teixeira.
O triunfo do detalhe (e depois, nada) é dividida em três seções, cada uma referente a um momento específico da arte, que retratam a mudança da valoração do detalhe como elemento da concepção artística. Nas palavras do curador, “durante largo período a arte foi, primeiro, a arte do detalhe, de reproduzir o detalhe ou criar detalhes imaginários. O sentido da arte estava não raro no detalhe, um dos indícios fortes do valor do artista. Seguiu-se um período em que o detalhe começa a dissolver-se, e com ele toda a pintura; e, depois, um terceiro tempo em que sai de cena”.
Obras icônicas, e outras em busca de novos caminhos, permitem um exercício essencial em arte: vê-las sempre desde outra perspectiva. Entre os destaques, trabalhos de Monet, van Gogh, Cézanne, Velázquez, Tiziano, Frans Hals, Picasso, Regina Silveira e Leon Ferrari.