PÚBLICO GERAL 5X R$ 90,00
AMIGO MASP 5X R$ 76,50
AULA 1 – 7.7.2025
A Coleção Africana do MASP: Arquivos e Epistemologias
Convidado: Leandro Muniz, curador assistente de Artes da África
Na aula inaugural, propomos desconstruir o conceito de “arte africana” sob uma perspectiva crítica às epistemologias ocidentais. Analisaremos a formação do acervo africano do MASP, destacando o papel de doações de colecionadores e colecionadoras brasileiras.
Discussão: Receberemos Leandro Muniz, curador assistente da mostra Artes da África do MASP, que comentará o conceito curatorial da exposição, revisitará mostras anteriores de arte africana no museu e refletirá sobre a importância dos arquivos museológicos para reconstruir as trajetórias dos objetos em exibição.
AULA 2 – 14.07.2025
Arte Iorubá na Diáspora: O Interesse por Objetos Iorubás no Brasil
Esta aula abordará a predominância da arte iorubá (Nigéria/Benim) nas coleções brasileiras, como a do MASP, considerando rotas da diáspora africana e heranças religiosas de matriz iorubá/nagô e fon no Brasil. Investigaremos também os caminhos de entrada dessas peças no acervo do museu.
Atividade: Análise de peças produzidas na Nigéria e na República do Benim, selecionadas para a mostra Artes da África.
AULA 3 – 21.07.2025
África Ocidental: Tecidos, Metais e Cosmologias
Focaremos em obras da África Ocidental, suas técnicas, usos e cosmologias associadas. Exploraremos os significados dos objetos, suas trajetórias e as rotas comerciais que permitiram sua chegada ao MASP.
Atividade: Análise de peças da África Ocidental presentes na mostra Artes da África.
AULA 4 – 28.07.2025
África Central, Diáspora e Reexistência Contemporânea
Convidado: Cipriano, artista convidado da mostra Artes da África Nesta aula final, analisaremos objetos oriundos da região do Congo e de Angola, suas técnicas, significados e rotas de circulação e aquisição pelo MASP. Debateremos ainda como a presença de artistas afro-diaspóricos contemporâneos, como Cipriano, em exposições de arte africana tradicional contribui para a revisão de narrativas coloniais. Incluir arte contemporânea em exposições africanas rompe visões coloniais, mostrando culturas vivas, ativas e em constante produção e transformação artística.
Atividade: Análise de peças da África Cetntro-Ocidental presentes na mostra Artes da África
Discussão: Encerramos o curso com reflexões sobre colecionismo de artes africanas no Brasil, práticas curatoriais decoloniais e arte contemporânea. Participação especial do artista brasileiro Cipriano, convidado da mostra Artes da África, que compartilhará suas impressões sobre o diálogo entre a arte contemporânea e as tradições africanas no contexto expositivo.
Vanicleia Silva Santos é doutora em História pela Universidade de São Paulo. Professora colaboradora de História da África da UFMG, hoje é curadora da coleção Africana do Penn Museum University of Pennsylvania (UPenn), bem como atua como curadora convidada em outros museus no Brasil e no exterior. Sua última exposição foi Uma História do Poder na África no Museu Afro-Brasil, em SP. Especialista em História e cultura material africana e na diáspora, organizou vários livros, como o volume Diáspora Africana da UNESCO (2023) e Marfins Africanos como Insígnias de Poder (2023).