O curso visa aprofundar os estudos sobre dimensões que compõem o formato expositivo a partir de exemplos que serão apresentados, analisados e debatidos, considerando, da perspectiva de Nicholas Serota, a exposição como lugar de invenção. Essas dimensões serão revisadas a partir dos recortes pelos quais as exposições podem ser observadas: 1) pesquisa e desenvolvimento conceitual de propostas expositivas a partir de contextos institucionais/comerciais e diferentes tipos de abordagens curatoriais, temáticas em respectivos campos de conhecimento e condições de materialização dos projetos. Nesse tópico também serão consideradas as relações com agentes participantes da constituição das mostras e a pesquisa para o levantamento e elaboração de lista de obras e artistas; 2) organização espacial, mobílias expositivas, condições de acesso, uso de tecnologias digitais e observação de fluxos e narrativas propostas; 3) elementos textuais desde etiquetas, textos de parede, catálogos e outros, de divulgação e apoio em torno da mostra. Nesse tópico serão analisadas as relações entre exposição e visitantes a partir desses elementos; 4) possibilidades avaliativas de operações expositivas a partir do horizonte da virada epistemológica: questionamento da categoria exposição.
IMPORTANTE
As aulas serão ministradas presencialmente no MASP. Não haverá disponibilização de gravações. Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.
Aula 1 – 7.11.2023
Os marcos iniciais para a pesquisa
Nesse encontro serão apresentados exemplos de pesquisa e desenvolvimento conceitual de propostas expositivas a partir de contextos institucionais/comerciais e diferentes tipos de abordagens curatoriais, temáticas em respectivos campos de conhecimento e condições de materialização dos projetos. Nesse tópico também serão consideradas as relações com agentes participantes da constituição das mostras e a pesquisa e o levantamento e lista de obras e artistas.
Aula 2 – 14.11.2023
No segundo encontro serão elencados e analisados os elementos espaciais que constituem a arquitetura da exposição, mobílias expositivas, condições de acesso, uso de tecnologias digitais e observação de fluxos e narrativas propostas.
Aula 3 - 21.11.2023
Observação crítica de elementos textuais desde etiquetas, textos de parede, catálogos e outros, de divulgação e apoio em torno da mostra. Nesse tópico serão analisadas as relações entre exposição e visitantes a partir desses elementos. Visita ao espaço expositivo do MASP.
Aula 4 – 28.11.2023
Avaliação de operações expositivas a partir do horizonte da virada epistemológica: questionamento da categoria exposição, a partir de experiências atuais. Análise, a partir das variáveis estudadas, da 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível.
Mirtes Marins de Oliveira é mestre e doutora em Educação: História e Filosofia e pesquisadora colaboradora na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (2020). Coordena a pós-graduação em Design da Universidade Anhembi Morumbi. Foi curadora de Contra o estado das coisas – anos 70 (2014), Especular (2018), Comigo ninguém pode, versando sobre a essencialização do feminino (2019), na Galeria Jaqueline Martins. Foi curadora de Arte para todos! Liberação e Consumo (Instituto Figueiredo Ferraz, 2016), Não um sonho (Galeria Simões de Assis, 2021) e de Máscaras: Fetiches e Fantasmagorias (Paço das Artes, 2021-2022). Coeditou, com Lisette Lagnado, a publicação Marcelina (2008-2012) e participou do livro Cultural Anthropophagy: The 24th Bienal de São Paulo 1998, da coleção Exhibition Histories (Afterall, 2015). Publicou, com Fabio Cypriano, o livro Histórias das exposições: casos exemplares (EDUC, 2016) e é autora de The body and the opus as a witness of times, sobre o trabalho de Letícia Parente, publicado em The feminist avant-garde. Art of the 1970s (2017).