Aula 1 - 1.3.2021
Entre o corpo e a experiência: arte desde a América Latina
Esta aula contempla uma apresentação, identificação e aprofundamento da perspectiva decolonial feminista vinculada à arte. A partir de questões de gênero e dominação de corpos e subjetividades pelo sistema capitalista e colonial, importa tomar contato com as mulheres artistas e suas relações com memória, história, ancestralidade, resistência e estratégias. Como a arte confere expressão e fala às artistas feministas latino-americanas na contemporaneidade?
Aula 2 - 2.3.2021
Corpos que ocupam o discurso, a (auto)enunciação da mulher como sujeito político
Esta aula propõe discutir as regras e códigos de visibilidade dominantes contra as linguagens não previstas ou não aceitas. Quem fala? Quem pode falar? O que fala? Quem cala? Quem grita? O que grita?
Aula 3 - 3.3.2021
Corpos vulneráveis, representação da violência e formas de resistência
Serão abordadas as produções artísticas em múltiplas linguagens que retratam a dupla violência sofrida em solo latino-americano, nos regimes ditatoriais e a violência ao gênero feminino. Nos âmbitos público e privado, a violência é uma realidade das mulheres e relaciona-se com misoginia, impunidade, intolerância social e do Estado. O que pode uma mulher?
Aula 4 - 4.3.2021
Corpos que sangram, (des)identificações de tabus
Serão analisadas uma série de obras artísticas que tratam da quebra de tabus com relação ao corpo e ao sangue menstrual. Com a pluralidade de significações propõe-se questões como: que lugar pode ocupar a arte cujo elemento protagonista seja a menstruação? Como se representam temas que tratem sobre as mulheres sob outros parâmetros que não sejam os hegemônicos?
Aula 5 - 5.3.2021
Corpos que tomam la calle, acciones e cidades
Em tempos em que não é possível tomar às ruas interessa a investigação sobre as produções feministas que abordem a existência plural de ser mulher latino-americana a tomar la calle (a rua). Serão analisadas ações urbanas e feministas que se dão nas formas de manifestações, ocupações temporárias de âmbitos comunitários, intervenções gráficas, grafites, táticas de comunicação que vão do correio ao uso de mídias sociais, uso de guerrilha midiáticas e toda ordem de produção material e discursiva. Qual o papel das mulheres nos novos repertórios de ações coletivas?
Anelise Valls é filósofa, professora e doutoranda em artes visuais, com ênfase em feminismos e história da arte contemporânea. É mestra em filosofia pela Universidade de São Paulo. Participa e organiza os projetos de extensão Arte & Feminismo e Feminismo & História da Arte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é professora de história da arte com um projeto independente de aulas online sobre mulheres artistas e é integrante do coletivo Vozes Agudas, do Ateliê 397.