MASP

Moderna e contemporânea

Horário
19H30-21H30
Duração do Módulo
ONLINE
19.8 - 9.12.2020
QUARTAS
(17 AULAS)
Investimento
Público geral
5x R$ 294,30*
Amigo MASP
5x R$ 250.15*
*parcelamento apenas em cartão de crédito
Coordenação
Daniel Jablonski 
Especialistas Convidados
Ana Paula Cavalcanti Simioni
Daniela Labra
Diego Matos
Leandro Muniz
O curso tem por objeto a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais. Longe da exposição de uma história da arte linear e homogênea, propõe-se aqui abordar os artistas e suas obras à luz de determinado número de questões, de ordem formal, mas também filosófica e social, relevantes a seus contextos.

Fazer isto não é retirar da arte sua especificidade no interior da esfera cultural, mas, pelo contrário, abrir sua história a outras perspectivas e narrativas possíveis. Almeja-se, idealmente, que cada uma das aulas possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores. Ao final do curso, o aluno deverá ser capaz não apenas de identificar a produção artística nos períodos abordados, mas também de compreender sua motivação, seus mecanismos históricos e seus impasses diante de questões que seguem em aberto.

IMPORTANTE
As aulas serão online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os alunos após a inscrição. 

 

Planos de aulas

Aula 1 – 19.8.2020
Apresentação do curso 
Moderno e Modernidade: introdução aos conceitos. Revoluções industriais e sociais: a poesia e a vida na capital do século 19. As exposições universais e o contexto imperialista.

Aula 2 – 26.8.2020
Pintar ou mudar a capital: o artista como cronista, produtor autônomo ou agitador político. Os salões oficiais e seus recusados. A experiência da Comuna de Paris.

Aula 3 – 2.9.2020
Imagens em massa e imagens da massa: a invenção da fotografia e da pintura ao ar livre. O impressionismo e os subúrbios parisienses. A autonomia do olhar e a reinvenção da crítica de arte. 

Aula 4 – 9.9.2020 
O interesse pelo “primitivo” nos salões independentes. O fauvismo entre máscaras africanas e naturezas mortas. A natureza do moderno e seu avesso colonial. 

Aula 5 – 16.9.2020
Decomposição, construção e abstração: o Cubismo em movimento nas vanguardas internacionais. Revolução, engajamento e pesquisa. Artistas na sala de aula: Vkhutemas, Bauhaus, De Stjill.

Aula 6 – 23.9.2020
Conferência com pofª Ana Paula Cavalcanti Simioni
 Exóticas, primitivas, modernas: Artistas latino-americanas na Paris modernista. 

Aula 7 – 30.9.2020
O readymade entre Dada e Surrealismo. Retirada e avanço, nonsense e estratégia. Qualquer coisa na hora certa: a pintura como instantâneo fotográfico.

Aula 8 – 7.10.2020 
Degeneração, expressão e crítica social na Alemanha. Arte à beira da catástrofe: as escolas da forma, do signo e da boêmia contra o Nazismo.

Aula 9 – 14.10.2020
High e Low, kitsch e vanguarda: o papel da indústria cultural, da crítica de arte e do expressionismo abstrato no contexto do pós-guerra norte-americano. Modernismo, liberdade e ideologia.

Aula 10 – 21.10.2020
Conferência com profª Daniela Labra
Caminhos do projeto construtivo no Brasil nos anos 1950 e 60: concretismo, neoconcretismo e a consolidação de Hélio Oiticica e Lygia Clark como cânones de uma arte brasileira no exterior.   

Aula 11 – 28.10.020 
O efeito Duchamp: consumo, reprodução e crise da autoria na Arte Pop. A pintura como imagem de si mesma.

Aula 12 – 4.11.2020 
Minimalismo, arte povera, arte processual, arte conceitual: novas vanguardas internacionais reunidas na exposição When Attitudes Become Form. Origens da curadoria contemporânea.

Aula 13 – 11.11.2020
Conferência com prof Diego Mattos
Ideias, situações e experiências: a arte brasileira na virada dos anos 1960 para 1970.

Aula 14 – 18.11.2020
Formas híbridas de arte: happening, performance e instalação. Formas indefinidas de história: anti-moderno, pós-moderno, contemporâneo.

Aula 15 – 25.11.2020
A emergência do curador como autor e o fantasma de um novo árbitro do gosto. Instituição, crítica e comunidade. Feminismo nos anos 1970 e retorno à pintura nos anos 1980.

Aula 16 – 2.12.2020
Conferência de Leandro Muniz
Visível e invisível: artistas afrodescendentes no século 20 no Brasil.

Aula 17 – 9.12.2020
Arte por toda parte: o boom das bienais, galerias, feiras e leilões. Obsolescência do novo e as potências do passado: outras estratégias museológicas na construção de narrativas históricas.

Coordenação

Daniel Jablonski é artista, professor e pesquisador independente. Obteve o título de mestre em Filosofia contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, Paris, e em História e política dos museus e do patrimônio pelo Institut National d’Histoire de l’Art, Paris, e Columbia University, Nova York. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, pode ser apresentada tanto na forma de fotografias, objetos, instalações e performances, quanto de uma publicação ou de uma palestra. Seus escritos, incluindo entrevistas, traduções e ensaios, podem ser encontrados em revistas de arte e de literatura, como Serrote, Amarello (São Paulo), Octopus Notes (Paris) e ainda publicações acadêmicas, como Concinnitas e Poiésis (Rio de Janeiro).

Conferencistas

Ana Paula Cavalcanti Simioni é professora associada do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da Universidade de São Paulo, atuando principalmente nos seguintes temas: mulheres artistas, mulheres artistas no Brasil e academicismo e modernismo brasileiros. Foi curadora da exposição Mulheres Artistas: as pioneiras (1880-1830) na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2015.

Daniela Labra é curadora de artes visuais e crítica de arte. Pós-doutora pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro pelo projeto Depois do futuro: ruínas e re invenções da modernidade nas artes contemporâneas (2014-2016). Doutora em História e crítica da arte pela pós-graduação da Escola de Belas Artes, UFRJ, com a tese Legitimação internacional da arte brasileira, análise de um percurso: 1940-2010, vencedora do Prêmio Gilberto Velho de Teses da UFRJ 2015, na área de Letras e Artes. Desenvolve projetos de curadoria, escrita crítica e pesquisa na área de artes visuais, atuando principalmente nos temas: arte brasileira, processos históricos e estéticos latinoamericanos, performance arte, performatividade, arte e política. 

Diego Matos é pesquisador, professor e curador. Arquiteto e urbanista de formação, é doutor (2014) e mestre (2009) pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Produziu a tese de doutorado Cildo Meireles – espaço, modos de usar (FAU-USP, 2014). Organizou com Guilherme Wisnik o livro Cildo: estudos, espaços, tempo (Ubu Editora, 2017). Em parceria com Julia Rebouças, foi curador da exposição Entrevendo, uma mostra histórica e antológica de Cildo Meireles (Sesc Pompeia, 2019/2020). Com Priscila Arantes, foi curador da exposição Estado(s) de Emergência (Paço das Artes na Oficina Cultural Oswald de Andrade, 2018).

Leandro Muniz atua como artista e pesquisador. Formado em artes plásticas pela Universidade de São Paulo, fez parte do grupo de estudos Depois do Fim da Arte, coordenado por Dora Longo Bahia. Na USP também realizou um projeto de pesquisa sobre a obra de Rivane Neuenschwander, com orientação de Sônia Salzstein. Entre 2017 e 2019 foi assistente de curadoria no Pivô, onde coordenava o programa de residências Pivô Pesquisa. Em parceria com Rafaela Foz, organiza o projeto Conversas no BREU, que já contou com a participação de mais de 40 artistas e curadores. Seus textos podem ser encontrados em publicações e portais como Arte que acontece, Relieve Contemporáneo, Terremoto, além de catálogos e exposições. É repórter na revista seLecT.