Público geral
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Veronica Stigger
Ivair Reinaldim
Júlia Rebouças
Daniel Jablonski
O curso tem por objeto a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais. Longe da exposição de uma história da arte linear e homogênea, propõe-se aqui abordar os artistas e suas obras à luz de determinado número de questões, de ordem formal, mas também filosófica e social, relevantes a seus contextos. Não se trata, com isso, de retirar da arte sua especificidade no interior da esfera cultural, mas, pelo contrário, de abrir sua história a outras perspectivas e narrativas possíveis. Almeja-se, idealmente, que cada uma das aulas possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores. Ao final do curso, o aluno deverá ser capaz não apenas de identificar a produção artística nos períodos abordados, mas também de compreender sua motivação, seus mecanismos históricos e seus impasses diante de questões que seguem em aberto.
IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os alunos após a inscrição. As bolsas para professores de rede pública já foram encerradas para este semestre.
Aula 1 - 15.4.2020 - Excepcionalmente com Felipe Martinez
Apresentação do curso
Aula 2 - 22.4.2020
Pintar ou mudar a capital: o artista como cronista, produtor autônomo ou agitador político. Os salões oficiais e seus recusados. A experiência da Comuna de Paris
Aula 3 - 28.4.2020
Imagens em massa e imagens da massa: a invenção da fotografia e da pintura ao ar livre. O impressionismo e os subúrbios parisienses. A autonomia do olhar e a reinvenção da crítica de arte.
Visita ao Acervo em transformação:
Quatro bailarinas em cena, 1885-90, de Edgar Degas e A canoa sobre o Epte, circa 1890, de Claude Monet
Aula 4 - 29.4.2020
O interesse pelo “primitivo” nos salões independentes. O fauvismo entre máscaras africanas e maçãs de Cézanne. A natureza do moderno e seu avesso colonial
Visita ao Acervo em transformação:
Pobre pescador, 1896, de Paul Gauguin e Madame Cézanne, 1888-90, Paul Cézanne
Aula 5 - 5.5.2020
Decomposição, abstração e construção: o Cubismo em movimento nas vanguardas internacionais. Revolução, engajamento e pesquisa. Artistas na sala de aula: Vkhutemas, Bauhaus, De Stjill.
Aula 6 - 6.5.2020 - Conferência com Veronica Stigger
"Reivindicações do corpo selvagem”.
A Antropofagia de Oswald de Andrade e o “primitivo" como antídoto: Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias, Tarsila do Amaral e Maria Martins
Aula 7 - 12.5.2020
O readymade entre Dadaísmo e Surrealismo. Retirada e avanço, nonsense e estratégia. Qualquer coisa na hora certa: a pintura como instantâneo fotográfico
Aula 8 - 13.5.2020
Degeneração, expressão e crítica social na Alemanha. Arte à beira da catástrofe:
As escolas da forma, do signo e da boêmia contra o Nazismo
Aula 9 - 19.5.2020
High e Low, kitsch e vanguarda: o papel da indústria cultural, da crítica de arte e do expressionismo abstrato no contexto norte-americano. Modernismo, liberdade e ideologia
Aula 10 - 20.5.2020
O efeito Duchamp: consumo, reprodução e crise da autoria na Arte Pop. A pintura como imagem de si mesma
Visita ao Acervo em transformação:
Repressão, 1968, Claudio Tozzi,
Aula 11 - 27.5.2020 - Conferência com Ivair Reinaldim
Vanguardas construtivas no Brasil: uma breve revisão crítica
Mário Pedrosa e o Projeto Construtivo no Brasil. Construtivismo como projeto cultural. Paulistas e cariocas: Grupo Ruptura, Grupo Frente e dissidentes
Aula 12 - 27.5.2020 (sexta-feira)
Minimalismo, arte pòvera, arte processual, arte conceitual: novas vanguardas internacionais reunidas na exposição When Attitudes become form.
Aula 13 - 3.6.2020
A fotografia como arte, a arte como fotografia: olhares modernos e contemporâneos sobre o mundo dos objetos. Museus imaginários e livros de artista
Visita ao Acervo em transformação:
Tempo suspenso de um tempo provisório, 2011 – 2015, de Marcelo Cidade
Aula 14 - 10.6.2020
Formas híbridas de arte: happening, performance e instalação. Formas indefinidas de história: anti-moderno, pós-moderno, contemporâneo
Aula 15 - 17.6.2020 - Conferência com Júlia Rebouças
Práticas experimentais na obra de Frederico Morais (1960-1970).
Conceitualismo: circuitos, circunstâncias, condições. Situações de experimentalismo da arte brasileira nos anos 1960/70. Projetos de Frederico Morais, Walter Zanini e um pouco de seus vizinhos latino-americanos
Aula 16 - 24.6.2020
A emergência do curador como autor e o fantasma de um novo árbitro do gosto. Instituição, crítica e comunidade. Feminismo nos anos 1970 e retorno à pintura nos anos 1980
Aula 17 - 1.7.2020
Arte por toda parte: o boom das bienais, galerias, feiras e leilões. Obsolescência do novo e as potências do passado: outras estratégias museológicas na construção de narrativas históricas.
Daniel Jablonski é artista visual, professor e pesquisador independente. É mestre em Filosofia Contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, na França, e em História e Política do Museu e do Patrimônio / Estudos em Crítica e Curadoria pelo Institut National d’Histoire de l’Art, também em Paris, e pela Columbia University, Nova Iork. É membro da Comissão de Ensino da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (RJ), e integra a equipe curatorial da Residência Artística São João, na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Seus escritos, entrevistas, traduções, ensaios e críticas podem ser encontrados tanto em publicações independentes -- em revistas de arte como Amarello (SP) e Octopus Notes (Paris), e de crítica cultural, como Ensaia (RJ) -- bem como em publicações acadêmicas, caso da revista Concinnitas, da pós-graduação em artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), e da Poiésis, da pós-graduação em estudos contemporâneos das artes da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Veronica Stigger é escritora, crítica de arte, curadora independente e professora universitária. Possui doutorado em Teoria e Crítica de Arte pela Universidade de São Paulo (USP) e realizou pesquisas de pós-doutorado na Università degli Studi di Roma “La Sapienza”, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP) e no Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. É professora das Pós-Graduações em História da Arte, em Fotografia e em Práticas Curatoriais da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e coordena oficinas literárias em vários lugares. É autora de onze livros de ficção, entre os quais estão: Os anões (2010), Opisanie świata (2013), Sul (2016) e Sombrio ermo turvo (2019).
Ivair Reinaldim é doutor em Artes Visuais, com ênfase em História e Crítica da Arte, pela EBA-UFRJ, com Estágio PDEE junto à École Doctorale Arts plastiques, esthétiques & sciences de l’art na Université Paris 1 – Panthéon Sorbonne. Professor Adjunto do Departamento de História e Teoria da Arte e do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais na Escola de Belas Artes da UFRJ. Atua como curador independente e desenvolve pesquisas sobre historiografia da arte brasileira, estudos curatoriais, teoria e crítica de arte.
Júlia Rebouças (Aracaju, 1984. Vive em São Paulo) é curadora, pesquisadora e crítica e de arte. Foi curadora de Entrevendo: Cildo Meireles, no Sesc Pompeia, São Paulo (2019), com Diego Matos. Ainda em 2019, foi curadora do 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão, MAM-SP (2019). Em 2018, realizou como curadora as exposições Entrementes, de Valeska Soares, na Estação Pinacoteca, São Paulo; e Mitomotim, mostra coletiva no Galpão Videobrasil, São Paulo. Foi co-curadora da 32ª Bienal de São Paulo: Incerteza Viva (2016). De 2007 a 2015, trabalhou na curadoria do Instituto Inhotim, Minas Gerais. Foi curadora adjunta da 9ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre (2013). Tem graduação em Comunicação Social pela UFPE (2006). É Mestre e Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFMG (2017).