MASP

Modernismos negros em Diáspora

Horário
19H – 21H
Duração do Módulo
ONLINE
17, 24 e 31.3 e 7, 14.4.2022
QUINTAS
(5 AULAS)
Investimento
PÚBLICO GERAL
5X R$ 48
AMIGO MASP
5X R$ 40,80
*valores parcelados no cartão de crédito
Professores
Bruno Pinheiro
Os encontros tratarão da formação de instituições ligadas ao modernismo internacional em cinco diferentes cidades que tiveram importância proeminente na história da Diáspora Africana. São elas: Rio de Janeiro, Nova York, Porto Principe, São Paulo e Salvador. A cada aula, será analisada a participação  de pintores(as) e escultores(as) negros e negras no sistema de arte, buscando identificar o trânsito de hierarquias raciais e de conhecimentos emancipatórios por esses espaços. Desse modo, o curso abordará a relação de diferentes pintores negros com os organismos do Estado Novo no Rio de Janeiro; as condições institucionais que levaram a formação do Renascimento do Harlem em Nova York; os projetos políticos criados em torno do Centre d’Art e do Foyer des Arts Plastiques em Porto Principe; a presença de artistas negros do modernismo internacional nas primeiras edições da Bienal de São Paulo; e, por fim, a presença de artistas negros no sistema de arte moderna estabelecido na capital baiana a partir de 1947.

IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os alunos após a inscrição.
O curso é gravado e fica disponível durante 5 dias.
Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.

Planos de aulas

Aula 1 – 17.3.2022
Modernistas negros no Rio de Janeiro e o Estado Novo

A primeira aula será dedicada à análise das trajetórias dos pintores modernistas Heitor dos Prazeres, Tomás Santa Rosa Junior e Wilson Tibério, buscando entender como suas experiências cotidianas como homens negros informavam sua relação com o campo da arte. Nesse debate, será dada uma atenção especial à relação desses sujeitos com as instituições que surgiram na capital federal no Estado Novo, tomando esse período como fundamental para entendermos as relações entre raça, estado e profissionalização nas diferentes áreas da cultura.

Aula 2 – 24.3.2022
Modernistas negros nos Estados Unidos e as políticas do New Deal

Na segunda aula, será analisada a circulação de artistas negros e negras nas instituições de arte dos Estados Unidos ao longo das décadas de 1930 e 1940. Nesse debate, trajetória de artistas como Aaron Douglas, Augusta Savage, Jacob Lawrence e Elizabeth Catlett serão centrais, assim como as instituições ligadas ao modernismo negro norte-americano. Sejam elas financiadas pelo poder público, por meio das políticas do Federal Arts Act, instaurado como políticas de aquecimento econômico durante o New Deal, ou de fundações privadas.

Aula 3 – 31.3.2022
O modernismo no Haiti e sua internacionalização

Na terceira aula do nosso curso, será analisada a internacionalização da produção artística do Haiti a partir da criação do Centre d’Art em 1944, os festejos do bicentenário da cidade de Porto Principe em 1949 e a criação do Foyer des Arts Plastiques em 1950. Considerando esses três marcos, iremos analisar a produção de artistas como Philomé Obin, Hector Hyppolite e Wilson Bigaud, considerando sua relação com a reelaboração das narrativas de emancipação negra no Haiti, e os tensionamentos frente à presença ostensiva de organismos internacionais no país.

Aula 4 – 7.4.2022
A Diáspora Africana na Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo

Nessa aula, a presença de artistas negros e negras nas quatro primeiras edições da Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo será analisada. Durante esse percurso, a participação de artistas como Heitor dos Prazeres, Elizabeth Cattlet, Philomé Obin, Hector Hyppolite e Agnaldo Manoel dos Santos na exposição tornam-se notícias de experiências de modernidades negras dispersas por territórios da Diáspora Africana.

Aula 5 – 14.4.2022
Modernismo Negro na Bahia

Na última aula do curso, a sala irá aportar em Salvador, e analisar como as rearticulações do sistema de arte no pós-II-guerra impactaram a experiência dos artistas modernistas negros na capital baiana. Serão centrais a essa análise a relação desses sujeitos com instituições locais de arte e sua circulação nacional. Analisada a partir de casos como exposição do pintor Rafael Borjes de Oliveira no MASP em 1952 e as exposições de Agnaldo dos Santos em galerias comerciais do Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Coordenação

Bruno Pinheiro é mestre em Estética e História da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da USP e doutorando em História pela Unicamp. Realiza pesquisa sobre a circulação de pintores(as) e escultores(as) negros e negras em instituições de arte no período entre 1947 e 1964. Pesquisa financiada pela Fapesp e orientada pela profa. Dra. Silvana Rubino. Ao longo do ano de 2020 foi pesquisador visitante do Institute of Fine Arts da New York University. Tem experiências de pesquisa com os temas ligados a Cultura Visual, Modernismos e Relações Raciais.

Conferencistas