Histórias da Diversidade é o segundo de uma série de seminários que antecipa o programa do MASP dedicado ao tema durante todo o ano de 2024. O primeiro, realizado em 2021, contou com as presenças de C. Ondine Chavoya, Carlos Motta, E. Patrick Johnson, Érica Sarmet, Jeffrey Gibson, Grupo Mexa e Luiza Brunah, Lux Ferreira Lima, Mel Y. Chen, Nancy Garín Guzmán, Nicolas Cuello, Olivia K. Young, Tavia Nyong’o, Virginia de Medeiros e Vitor Grunwald. O programa vem incrementar a missão do MASP, um museu diverso, inclusivo e plural, no estabelecimento de diálogos críticos e criativos entre o passado e o presente por meio das artes visuais. Em português, diversidade é um termo que vem intrinsecamente associado com identidades queer e diversidades de gênero, e a noção de histórias – diferente da História – é mais aberta, multívoca, inacabada e não totalizante, abrangendo não apenas relatos históricos, como também histórias pessoais, contos e narrativas ficcionais. Com dois dias de duração, o seminário trata de temas como ativismo queer/trans, uma esfera pública reimaginada e movimentos sociais LGBTQIA+, tudo isso em conexão com a cultura visual e as práticas artísticas.
ORGANIZAÇÃO
Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP
André Mesquita, curador, MASP
David Ribeiro, assistente curatorial, MASP
Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP
Julia Bryan-Wilson, curadora adjunta de arte moderna e contemporânea, MASP
FOLDER
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TRANSMISSÃO AO VIVO
O seminário terá transmissão online e gratuita por meio do perfil do MASP no YouTube, com tradução em libras.
CERTIFICADO
Para receber o certificado de participação, é necessário realizar um cadastro por meio de um link que será fornecido durante o seminário. Os certificados só serão enviados para o e-mail cadastrado dos que assistirem aos dois dias de seminário.
QUINTA, 9.6
11H-11H10
Introdução
Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP
11H10-13H
ABIGAIL CAMPOS LEAL
Disforia planetária
A transição é um mistério, obscuro. primeiro elas anunciaram a transmutação das cores, uma nova coreografia de banheiros, outras assinaturas, outra grafia do nome próprio, o translado dos artigos, uma nova forma de dançar o gênero sobre o cadáver do sexo. um peito, uma bomba, uma navalha, um corte. estremecer o binarismo foi a sua primeira maldição. depois, uma, não, umas, várias outras pestes, uma após a outra, a Raça, a Espécie... que se anunciavam desde sempre, mas que só agora se deixam farejar, entretanto, vêm dobrando essa cena. a profecia assim escreve: falamos sua língua apenas para anunciar o fim da sua Espécie, do seu Mundo. vocês nos animalizaram, mas quando anunciamos que nunca fomos humanas, Humano, Homem, vocês se espantaram?! Na transição, nós partimos, terráqueos. aí, deixamos não somente o gênero, mas a Humanidade, para trás.
MONICA BENICIO
A potência das mulheres lésbicas na consolidação da democracia brasileira
A fala terá o enfoque em debater sobre a importância das mulheres lésbicas na nossa democracia e sobre como o apagamento dessas mulheres, que segue de forma sistemática, é um dos entraves para termos um país socialmente justo, diverso e inclusivo. Monica abordará temas como a história do movimento lésbico no Brasil, a representatividade de mulheres lésbicas na política, a violência estrutural contra mulheres lésbicas e a importância das famílias dissidentes de sexualidade e gênero.
BRUNO OLIVEIRA — CASA 1
Eu não faço por amor: inserções não subordinadas no campo da arte
A existência de outras narrativas e experiências das memórias tem desconstruído e reconstruído a historiografia tradicional ou se trata de uma integração subordinada? Como se estruturam as categorias de obras, relatos e práticas de populações invisibilizadas, inferiorizadas e marginalizadas historicamente — tal como as produções vinculadas a territórios latino-americanos e ao Sul global, feitas por mulheres, por pessoas indígenas, por pessoas negras, pessoas transvestigêneres, pessoas LGB+? A partir de quais vocabulários têm-se construído outras possibilidades de representação simbólica — ou ainda, como temos perpetuado as perspectivas e vocabulários dominantes? A construção deste debate propõe trazer à superfície a complexidade dos movimentos de descolonização de museus, monumentos e da própria memória, especialmente a partir das iniciativas de memória da Casa 1.
Mediação
Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP
14H30-16H30
CYNTHIA SHUFFER
Estilo gráfico marika pela memória: notas sobre censura e pânico moral
O centro desta fala será o futuro da intervenção gráfica no que hoje é o Memorial Disidente a Cielo Abierto do recém-renomeado Parque Daniel Zamudio (antigo Parque San Borja), bem como seu apagamento corretivo, por ser considerado uma obra de “violência visual” por seu conteúdo sexual. O mural, que foi produzido a partir de uma chamada aberta, teve a participação de mais de 20 artistas visuais e coletivos, que organizaram suas obras para expô-las em uma via pública. O objetivo foi resgatar a memória vital e dissidente que extrapola os limites da heteronorma e transborda o mandato de uma sexualidade obrigatória. Sua localização produz uma série de violências simbólicas e materiais que acabaram por demarcar um espaço de disputa pela existência, pela manutenção de um território LGBTIQANB+ no centro da capital do Chile e na contramão do senso comum, que procura erradicá-lo a qualquer custo.
FERNANDO DAVIS
Inventar ao ar livre: montagens críticas e imaginação política em uma exposição sobre arte contemporânea e desobediências sexuais
Esta apresentação analisa a exposição Inventar a la intemperie: desobediencias sexuales e imaginación política en el arte contemporáneo, apresentada em 2021 no Parque da Memória em Buenos Aires, Argentina. O projeto teve como proposta abordar as intersecções e os intercâmbios das práticas artísticas contemporâneas, os ativismos e as políticas sexuais na cena argentina desde os anos 1960, colocando em diálogo um conjunto de experiências que, além de perturbar e extrapolar as divisões estabelecidas entre arte e política, contribuíram para o questionamento, em diferentes momentos históricos, da produção normalizada dos corpos e das identidades sexuais e de gênero. A montagem articulou conexões entre obras, objetos de arquivo, sistemas de representação, cenários históricos e políticas sexuais minoritárias, não apenas com o objetivo de restaurar objetos e narrativas fechados ou pouco explorados pelos relatos canônicos da história e da teoria da arte. Tratou-se de compor “montagens críticas”, vínculos sensíveis entre materialidades e tempos que permitiram questionar como essas práticas a céu aberto contribuíram para imaginar outras formas do político, para deslocar os limites do possível na criação de novas subjetividades, afetos e modos de vida alternativos.
MAHMOUD KHALED
Pinturas, casas, memoriais
Nesta apresentação, o artista Mahmoud Khaled discute dois de seus trabalhos: Painter on a Study Trip (2014) e Proposal for a House Museum of an Unknown Crying Man (2017). As duas obras usaram pinturas e casas como material-fonte e como pontos de partida para sua formulação narrativa e conceitual. A apresentação também discute como as exposições podem ser utilizadas como mídias para a manifestação formal da obra, bem como ser tratadas como obras de arte em si, com sua fisicalidade e suas condições conquistadas.
Mediação
Daniela Rodrigues, assistente curatorial, MASP
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SEXTA, 10.6
11H-13H
REMOM MATHEUS BORTOLOZZI
Memórias da diversidade pelo Acervo Bajubá
O Acervo Bajubá é um projeto coletivo iniciado em 2010, voltado à preservação, salvaguarda e instigação historiográfica da arte, da memória e da cultura LGBT brasileiras. O projeto se iniciou a partir da vocação colecionista e da dedicação à tarefa de adquirir obras de arte, livros, periódicos, LPs e CDs produzidos por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais brasileiras, ou que tematizem a diversidade sexual e a pluralidade de expressões de gênero no Brasil. Por entre sebos, antiquários e coleções pessoais, o Acervo Bajubá tem como projeto tomar a história em nossas mãos e buscar nossos fragmentos, nossos mortos, nossos escombros, nossas purpurinas. Nada do que um dia aconteceu pode ser considerado perdido. Inspirados nos pedaços de lençol bordados e tingidos por gotas de sangue de Leonilson, tomamos a perdição em nossas mãos e dela fazemos a tinta para (re)escrever a nossa história. A apresentação propõe uma reflexão sobre o processo contínuo de constituição do Acervo Bajubá e de produção de memórias LGBT brasileiras, bem como as diferentes estéticas dessas comunidades.
KAROL RADZISZEWSKI
Queer Archives Institute: transformando narrativas
Nos Estados pós-comunistas, onde várias linhas históricas foram rompidas ou, na verdade, nunca surgiram, ocorreu uma tentativa de construir identidades nacionais e criar narrativas. Hoje, essa história recente, incluindo a história da arte, está sendo amplamente (re)construída e, muitas vezes, adulterada. Em minha prática artística, eu me interesso particularmente por tais procedimentos, como a elaboração de apêndices, a reescrita e a revisão da história da arte a partir da perspectiva queer. Nesta apresentação, o interesse está especialmente nas formas pelas quais a arte baseada em arquivos pode ter um impacto político no nosso presente e no nosso futuro, incluindo seus inúmeros aspectos (ou seja, cultural, social e sexual). Meu projeto de longo prazo, intitulado Queer Archives Institute (QAI), será oferecido como exemplo dessa metodologia. Em minha fala, apresentarei as diferentes formas assumidas pelo QAI — de uma exposição a um escritório temporário, uma publicação, uma performance, uma palestra.
JAMAL BATTS
“Eu atravesso um labirinto negro”: visualidade negra, desorientação queer e localização do risco
Nos estudos queer, o balneário funciona como uma arquitetura final de libertação — uma fortaleza contra o ataque de antagonismos queer mortais. Esta apresentação considera as formas pelas quais o cinema, a fotografia e a poesia, em suas vertentes negra, gay e lésbica, perpassam e imaginam o espaço do balneário — considerado pelo Estado e por certos atores políticos LGBTQ liberais um vetor perigoso de transmissão do HIV. Ela situa as obras de três artistas produzidas em resposta à crise do HIV/Aids, as quais mapeiam o espaço erótico e incômodo das instituições públicas de sexo queer — o falecido poeta gay negro Essex Hemphill em 1992, no início da crise; Sunil Gupta, o fotógrafo gay indiano que vive na Grã-Bretanha, em 1999, logo após o desenvolvimento dos medicamentos antirretrovirais; e a cineasta lésbica negra Tiona Nekkia McClodden, em 2017. Eu defendo que esses artistas usam formas de negritude cromática e visão desorientada como métodos eróticos e de gênero para elaborar, criticar e habitar o desejo queer.
Mediação
Leandro Muniz, assistente curatorial, MASP
14H30-16H30
DANIELI BALBI
Mulheres em movimento: perspectiva e densidade na fatura personagens trans no audiovisual da última década
Nos últimos anos, a comunidade transexual aporta com força o imaginário social coletivo, espectrada através das telas de televisão e cinema e, sobretudo, a partir da popularização dos conteúdos de streaming no contexto da circulação de mercadorias produzidas pela indústria cultural. Há, por conta disso, algumas questões que atravessam as relações sociais de produção enfeixadas e demandam, por essa razão, melhor densidade analítica para a compreensão do fenômeno: relações sociais de trabalho, produção, marcadores raça e força de trabalho ao logo da história e dos interesses de dominação sociais concretos e historicamente rastreáveis. Tudo isso nos ajudará a entender o que o retrato da exotificação guarda em si mesmo da própria exotificação.
ERICA MALUNGUINHO
A história tem outros lados!
A história oficial do Estado brasileiro ainda reproduz narrativas que excluem as experiências das mulheres, pessoas LGBTQIA+ e população negra, o que sustenta a manifestação das opressões estruturais e cria barreiras para a efetivação plena da democracia. Erica Malunguinho abordará a importância da revisão de uma história contada pelo prisma dos detentores do poder, que ao mesmo tempo foram violadores da vida e da humanidade.
Mediação
David Ribeiro, assistente curatorial, MASP
ABIGAIL CAMPOS LEAL
abigail Campos Leal, cordilheira sinuosa, transita entre a Arte y a Filosofia como forma de produzir poéticas que incidam materialmente na desfeitura do Mundo colonial, possibilitando formas radicalmente outras de dançar a vida no cosmos. atua como organizadora do Slam Marginália, batalha de poesias feita por/para pessoas trans. publicou escuiresendo: ontografias poéticas (O Sexo da Palavra, 2020) y ex/orbitâncias: os caminhos da deserção de gênero (GLAC, 2021). cursa doutorado em Filosofia na PUC-SP, com a pesquisa "a transição é uma fuga: as poéticas trans racializadas y o fim da ontologia". atua como professora do curso de especialização em Ciências Humanas e Pensamento Decolonial, da PUC-SP.
BRUNO OLIVEIRA
Bruno O. é educador e artista visual. Doutorando em Artes Visuais pela UFMG, é mestre em Estudos Interdisciplinares Latino-Americanos (UNILA/PR), especialista em Artes Plásticas e Contemporaneidade (UEMG) e graduado em Ciência da Computação (FUMEC/MG). É pesquisador do MALOCA — Grupo de Estudos Multidisciplinares em Urbanismos e Arquiteturas do Sul da UNILA, com investigações sobre expressões visuais latino-americanas. Atuou como coordenador de programação da Casa 1 (São Paulo/SP), um espaço de acolhida para jovens LGBT expulsos de casa e um centro cultural. Atualmente é educador e artista no JAMAC (Jardim Miriam Arte Clube), um ateliê de artes visuais e cidadania na zona sul de São Paulo, e faz parte do coletivo do Acervo Bajubá, iniciativa de preservação, salvaguarda e investigação historiográfica da arte, da memória e da cultura LGBT brasileiras.
CYNTHIA SHUFFER
Pesquisadora e fotógrafa. Doutora em Estudos Americanos pela Universidade de Santiago do Chile e pesquisadora de pós-doutorado na mesma instituição. Sua área de pesquisa tem como foco os eixos da fotografia, dos arquivos e do feminismo. É militante da organização Coordenadora Feminista 8M e integrante da Brigada de Arte y Propaganda Laura Rodig. Atualmente, faz parte da Red de Conceptualismos del Sur, como coordenadora do núcleo de arquivos. Foi curadora da exposição fotográfica Nuestra urgencia x vencer, sobre o arquivo da luta das mulheres contra a ditadura, e publicou, com Kena Lorenzini, o livro Nuestra urgencia por vencer: fotografías de la lucha de mujeres contra la dictadura (2021).
DANIELI BALBI
Doutora em Ciência da Literatura pela UFRJ, professora da Escola de Comunicação Social da UFRJ, graduanda em Ciências Econômicas pela UVA e pós-doutoranda em Comunicação e Estética pela ECO-UFRJ.
ERICA MALUNGUINHO
Erica Malunguinho é educadora e agitadora cultural. Mestra em Estética e História da Arte. Tornou-se a primeira deputada estadual trans eleita no Brasil, em 2018, com mais de 55 mil votos no estado de São Paulo, pelo PSOL. É titular da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Assembleia Legislativa do estado. Nascida em Pernambuco, vive em São Paulo há 17 anos. Antes de entrar na política institucional, trabalhou na educação de crianças e adolescentes, com ampla atuação na formação de professores. Erica é conhecida por ter parido, na região central da cidade de São Paulo, um quilombo urbano de nome Aparelha Luzia, território de circulação de artes, culturas e políticas pretas, visível também como instalação estético-política, zona de afetividade e bioma das inteligências negras.
FERNANDO DAVIS
Professor e pesquisador da Faculdade de Artes da Universidade Nacional de La Plata. Atualmente, dirige a equipe de pesquisa “Desajustes sexuais na história da arte do sul: tecnologias de arquivo, visualidades críticas e temporalidades queer”, no Instituto de Investigación en Producción y Enseñanza del Arte Latinoamericano (FDA-UNLP). Entre outras exposições, foi curador de !QUEER! Disolvencias opacas, poéticas torcidas y otras fantasías insurgentes (La Plata, Centro de Arte da UNLP, 2018) e Inventar a la intempérie: desobediencias sexuales e imaginación política en el arte contemporáneo (cocurador, Buenos Aires, Parque da Memória, 2021). É membro da Red Conceptualismos del Sur desde a sua fundação, em 2007.
JAMAL BATTS
Doutor, estudioso, curador e escritor. Seu trabalho reflete sobre a relação entre a arte visual contemporânea negra queer e os meandros do risco sexual. É fellow de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, curador residente na Universidade da Pensilvânia, acadêmico residente na Fundação Robert Rauschenberg, fellow de dissertação na Fundação Ford e fellow de pesquisa nos ONE National Lesbian & Gay Archives da Universidade do Sul da Califórnia. Seus artigos constam em publicações como o catálogo do The New Museum, Trigger: Gender as a Tool and a Weapon, Open Space, ASAP/J e New Life Quarterly. É membro do coletivo curatorial The Black Aesthetic.
KAROL RADZISZEWSKI
Nascido em 1980, na Polônia, é um artista interdisciplinar — produz pinturas, filmes, fotografias e instalações. Sua metodologia baseada em arquivos incorpora várias referências culturais, históricas, religiosas, sociais e de gênero. Com frequência, Karol reinterpreta as obras de outros artistas, principalmente da neovanguarda do Leste Europeu, selecionando seus temas queer ou abordando as obras a partir de uma perspectiva queer e feminista. Usando as ferramentas da arte de apropriação, ele tenta reescrever a história oficial e criar sua própria narrativa. Desde 2005, é publisher e editor-chefe do DIK Fagazine e, em 2015, fundou o Queer Archives Institute.
MAHMOUD KHALED
Estudou Belas Artes em Alexandria, no Egito, e em Trondheim, na Noruega. A formação clássica como artista visual se manifesta em seu interesse pela materialidade e pela composição formal, bem como pela capacidade destas de representar a teatralidade do poder. Sua relação com a educação em Belas Artes é crítica e baseada no diálogo. Isso fundamenta uma alternância ontológica na qual ele se pronuncia dentro da obra como uma voz vocacional ou a substitui por outro viés: ora desempenhando o papel principal de um pintor flâneur, ora o do curador desconhecido de um memorial importante em termos políticos. Sua obra torna a forma complexa e se apropria dela para oferecer propostas virtuais que repensam a justiça e imaginam possibilidades para um futuro redentor. Foi nomeado artista em residência DAAD 2020, em Berlim, pelo Deutscher Akademischer Austauschdienst.
MONICA BENICIO
Monica Benicio é militante de direitos humanos e ativista LGBTI+, nascida e criada na Favela da Maré, Rio de Janeiro. É arquiteta urbanista formada pela PUC-Rio, onde também se tornou mestra em Arquitetura, na área de Violência e Direito à Cidade. É vereadora da cidade do Rio de Janeiro e tem pautado a sua atuação na promoção e defesa dos direitos das mulheres e no debate urbanístico com foco na inclusão social. Desde a execução de sua companheira, Marielle Franco, em 14 de março de 2018, vem se dedicando incansavelmente à luta por justiça para esse crime bárbaro, tornando-se referência internacional na defesa dos direitos humanos.
REMOM MATHEUS BORTOLOZZI
Doutor em Ciências pelo Programa de Saúde Coletiva no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, possui graduação em Psicologia pela UFPR (2010), mestrado em Educação pela UnB (2014) e especialização em Gênero e Sexualidade pela UERJ (2016). É membro fundador e coordenador do Acervo Bajubá. Atualmente é gestor do Centro de Acolhida Casarão Brasil, um centro de acolhimento especializado voltado a travestis e mulheres trans.