O seminário internacional tem como objetivo fomentar a discussão sobre os posicionamentos dos museus em relação aos seus públicos. Como continuidade do seminário "Políticas de mediação: arte, educação e democracia cultural", co-organizado com Cayo Honorato, em junho de 2015, o seminário em 2016 está centrado no diálogo das instituições culturais com a esfera pública e os processos sociais, na busca por uma educação democrática e para a autonomia. Os convidados são educadores, curadores, artistas e escritores cujas pesquisas envolvem o campo da educação e mediação. Políticas da mediação: Playgrounds se divide em dois momentos, palestras na parte da manhã e sessões de trabalho na parte da tarde. Por meio de apresentações individuais, as palestras visam estabelecer uma reflexão sobre experiências históricas e recentes nas intersecções entre arte, educação e política. As sessões de trabalho ocorrerão simultaneamente e em grupos de até 30 pessoas, colocando em perspectiva o que se pratica em distintas instituições culturais.
Bárbara Ganizev Jimenez (Vive em São Paulo).
É formada em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). É educadora do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e responsável pelo programa Domingo MAM. Possui pesquisas sobre cultura popular brasileira afrodescendente e literatura infantil.
Gabriela Aidar (Vive em São Paulo). É graduada em História pela Universidade de São Paulo (USP), especialista em Estudos de Museus de Arte pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC-USP), e em Museologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia, ambos da USP. Obteve o título de Master of Arts in Museum Studies pela Universidade de Leicester, na Inglaterra. Foi coordenadora do Programa de Inclusão Sociocultural do Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca do Estado de São Paulo e atualmente coordena os Programas Educativos Inclusivos deste museu.
Gleyce Kelly Heitor (Vive no Rio de Janeiro).
É educadora e pesquisadora. Graduada em História pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre em Museologia pela UniRio. Tem experiência com projetos voltados pela relação entre o museu e a escola, formação de mediadores, acessibilidade sociocultural e programas públicos. Se interessa por história do museu e da museologia, pela relação entre museu, arte contemporânea e educação e pelas interfaces entre museu e pensamento social brasileiro. Atualmente é Coordenadora Pedagógica no Museu de Arte do Rio - MAR.
Lars Bang Larsen (Silkeborg, Dinamarca. Vive em São Paulo).
Junto com Gabi Ngcobo, Sofía Olascoaga, Júlia Rebouças e Jochen Volz, Lars é atualmente curador de Incerteza viva, a 32a Bienal de São Paulo. Lars curou e cocurou diversas exposições coletivas como Believe Not Every Spirit, But Try the Spirits (MUMA, Melbourne 2015) e Reflections from Damaged Life (Raven Row, London 2013). Entre seus livros publicados se encontram Networks (MIT Press 2014), e The Model. A Model for a Qulitative Society 1968 (MACBA, 2010). Uma seleção de seus textos, Arte y norma, está atualmente sendo publicada em espanhol pela Cruce Casa Editores.
Lilian Kelian (São Paulo. Vive em São Paulo).
É historiadora formada pela Universidade de São Paulo (USP). Militante da rede internacional de educação democrática, atua há 16 anos na educação de crianças e jovens, na formação de educadores, gestão e avaliação de projetos educacionais. Atualmente seu foco está na gestão compartilhada de conhecimentos e respectiva sistematização como estratégias para a solução de conflitos institucionais. Em 2014, participou de dois projetos para 31 ª Bienal de São Paulo com Graziela Kunsch, um curso para educadores e a Revista Urbânia que enfoca experiências educativas contrahegemônicas.
María Berríos (Santiago de Chile. Vive em Copenhagem). É socióloga, curadora e escritora. Ela é membro-fundadora, juntamente com os artistas Ignacio Gumucio e Francisca Sanchez, do coletivo vaticanochico. Junto com Jakob Jakobsen participou da 31a Bienal de São Paulo, com o projeto \\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\"A revolução deve ser uma escola de pensamento irrestrito\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\\". Atualmente desenvolve tese de doutorado sobre segredo, ocultamento e desaparecimento como forma.
María Eugênia Salcedo Repolês (Quito, Equador. Vive em Belo Horizonte).
É artista e educadora, pós-graduada em arte e cultura contemporânea pela Universidade do Estado de Minas Gerais/ Escola Guignard. Em junho de 2015 deixou o Instituto Inhotim depois de uma trajetória de dez anos de criação e coordenação do departamento de Educação. No Inhotim ela foi responsável por diversos projetos, dando destaque para a concepção do Laboratório Inhotim, programa que foi contemplado em 2010 com o Prêmio Darcy Ribeiro, em 2008 recebeu um dos primeiros lugares no prêmio do Itaú Cultural, Rumos Educação, Cultura e Arte. Ela trabalha e pesquisa as áreas de educação, arte e mediação desde 1998 em países como o Brasil, Índia e Equador. Atualmente suas pesquisas incluem os conceitos de mediação online e meio ambiente. María Eugênia é colaboradora especialista de educação para a formação e mediação da 32a Bienal de São Paulo.
Mônica Hoff (Porto Alegre. Vive em Florianópolis).
É artista, curadora e pesquisadora. De 2006 a 2014, coordenou o projeto pedagógico da Bienal do Mercosul, atuando também como curadora de base e coordenadora do Programa Redes de Formação da nona edição do evento, em 2013. Desde 2014, realiza, em parceria com a curadora Fernanda Albuquerque, o Laboratório de Curadoria, Arte e Educação em diferentes cidades brasileiras, e prepara para 2016 três outros projetos: Escola de Surf-etc; Trabalhos domésticos, com a curadora e pesquisadora Valquíria Prates; e Escola Extraordinária do Desterro, com a curadora Kamilla Nunes. Nos últimos anos têm colaborado com projetos e instituições nacionais e internacionais como Matadero Madrid, Museo Picasso Málaga, Liverpool Biennial, Colección Cisneros, New Museum/NY, Casa Daros, Instituto MESA, De Appel Arts Centre, NC-Arte, Alumnos 47, entre outros.
Rodrigo Guimarães Nunes (Vive no Rio de Janeiro)
É professor de filosofia moderna e contemporânea na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). É autor de Organisation of the Organisationless: Collective Action After Networks (Londres, 2014: Mute) e recentemente editou um dossiê sobre a conjuntura brasileira pós-junho de 2013 para a revista francesa Les Temps Modernes. É PhD pelo Goldsmiths College, Universidade de Londres e colaborador de diversas publicações nacionais e internacionais nas áreas de filosofia, política e arte, como como Radical Philosophy, International Journal of Communication, Mute, Le Monde Diplomatique, Serrote, Jacobin, The Guardian e Al Jazeera.
Ruth Noack (Heidelberg, Alemanha. Vive em Berlim)
Treinada como artista visual e historiadora de arte, realizou numerosas palestras e trabalha como curadora, crítica e escritora. Ela foi curadora da Documenta 12 e mostras recentes incluem Notes on Crisis, Currency and Consumption em Viena, 2015 e a primeira exposição individual de Ines Doujak em Londres, 2012. Noack dirigiu o programa de Curating Contemporary Art do Royal College of Arts, em Londres. Ela era foi professora ?aloun na AVU, em Praga e conduziu o curso internacional para curadores na Bienal de Gwangju em 2014. Atualmente é curadora-tutora no Dutch Art Institute Roaming Academy. Entre suas publicações está o livro sobre Sanja Ivekovic e Agency, Ambivalence, Analysis. Approaching the Museum with Migration in Mind (ambos de 2013).
Sofia Victorino (Portugal. Vive em Londres).
Desde 2011 é chefe Daskalopoulos de Educação e Programas Públicos na Whitechapel Gallery em Londres, onde é responsável por liderar um programa de residências artísticas, comissões, escolas e projetos comunitários, palestras e eventos. Anteriormente foi chefe de Educação e Programas Públicos na Fundação de Serralves, Porto (2002-2011). Seus interesses de pesquisa se concentram em práticas artísticas colaborativas socialmente engajadas e, o impacto da globalização nas instituições culturais e programação, bem como o local do performativo em reconfigurar novas relações com o público.