MASP

Tomie Ohtake

Composição em amarelo, 1966

  • Autor:
    Tomie Ohtake
  • Dados biográficos:
    Quioto, Japão, 1913-São Paulo, Brasil ,2015
  • Título:
    Composição em amarelo
  • Data da obra:
    1966
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    135 x 110 x 2 cm
  • Aquisição:
    Doação Beatriz Monteiro de Carvalho, 1966
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00582
  • Créditos da fotografia:
    João Musa

TEXTOS



Tomie Ohtake mudou-se para São Paulo aos 23 anos. Aos 39, iniciou seus estudos em pintura e integrou, em seguida, o Grupo Seibi (1953), com Manabu Mabe (1924-1997) e outros artistas imigrantes japoneses. Desenvolveu uma obra que transita entre a abstração informal e geométrica, primeiro na pintura e, a partir da década de 1970, na escultura e na gravura. A artista também se destaca por suas obras públicas como a Ladeira da memória, no Anhangabaú, ou ainda a homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa, instalada na avenida 23 de Maio, em São Paulo. Suas pinturas são caracterizadas por composições sóbrias de formas geométricas minimalistas – como o círculo e a curva –, com diferenças de texturas e jogos sutis de luz e sombra na superfície da tela. Outra estratégia recorrente na obra da artista consiste em explorar os contrastes de cores, frequentemente fortes e puras, como em Composição em amarelo. Duas largas faixas amarelas se encontram, ou se entrechocam, no centro para depois se separarem em suas extremidades, em uma composição quase simétrica. Essas tiras com contornos irregulares, como se tivessem sido rasgadas ou recortadas, se destacam da superfície branca do fundo.

— Equipe curatorial MASP, 2017

Fonte: MASP: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: Instituto Cultural J. Safra, 2017. (Coleção museus brasileiros)




Por Eugênia Gorini Esmeraldo
Na obra Composição em Amarelo destacam-se, sobre um fundo branco, duas largas faixas amarelas, quase como duas grandes pinceladas que se atraem no centro e depois se separam. A camada pictórica é densa e espessa em oposição à zona mais clara. É uma obra típica dos anos em que Tomie, usando poucos elementos de trabalho, usava-os com precisão tanto na forma quanto na cor, com o fundo aparecendo em algumas fendas ou aberturas definidas pelas áreas coloridas. Há uma gestualidade e grande força expressiva e ao mesmo tempo suavidade na composição que podem nos remeter ao trabalho da americana Helen Frankenthaler, porém a obra de Tomie é mais contida.

— Eugênia Gorini Esmeraldo, 1998

Fonte: Luiz Marques (org.), Catálogo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, São Paulo: MASP, 1998. (reedição, 2008).




Por Guilherme Giufrida
Nascida em 1913 em Kyoto, Japão, Tomie Ohtake mudou-se para São Paulo em 1936 aos 23 anos de idade. Aos 39, iniciou seus estudos em pintura e integrou, em seguida, o Grupo Seibi (1953), com Manabu Mabe (1924-1997) e outros artistas imigrantes japoneses. Desenvolveu uma obra que transita entre a abstração informal e geométrica, primeiro na pintura e, a partir da década de 1970, na escultura e na gravura. A artista também se destaca por suas obras públicas, como numa empena de um prédio próximo à Ladeira da Memória, ou no canteiro central da avenida 23 de Maio, ambas em São Paulo. Suas pinturas são caracterizadas por composições sóbrias de formas geométricas minimalistas — como o círculo e a curva — , com diferenças de texturas e jogos sutis de luz e sombra na superfície da tela. Outra estratégia recorrente da artista consiste em explorar os contrastes de cores fortes e puras, como em Composição em amarelo (1966) do acervo MASP. Neste trabalho, duas largas faixas amarelas se aproximam ao centro para depois se separarem em suas extremidades, em uma composição quase simétrica. Essas tiras de contornos irregulares em camadas pictóricas densas e espessas parecem ter sido rasgadas ou recortadas, se destacando da superfície branca ao fundo. Trata-se de uma obra típica dos anos em que Tomie costumava usar poucos elementos com precisão, muitas vezes com o fundo aberto em fendas definidas por áreas coloridas. Há uma gestualidade e grande força expressiva e ao mesmo tempo suavidade no trabalho, que podem nos remeter também, mesmo que de forma mais contida, à obra da artista estadunidense Helen Frankenthaler (1928-2011). A obra Composição em amarelo foi exibida na inauguração do MASP na avenida Paulista em 1968, contando com a presença da rainha Elizabeth II da Inglaterra.

— Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP, 2022



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