Entre 1944 e 1945, como em um desdobramento da Série Bíblica, Portinari cria um ciclo de cinco telas, que o artista expõe em Paris em 1946, obtendo um fervoroso comentário de Germain Bazin. As telas são assim denominadas: Criança Morta, Criança Morta, Emigrantes, Retirantes e Enterro na Rede. Delas, o Masp possui três, tendo o Musée d’Art Moderne de Paris adquirido uma das versões de Criança Morta. Embora menos audacioso que a Série Bíblica, o ciclo em questão aponta para divergentes soluções formais que vão desde um diálogo estreito com Siqueiros em Enterro na Rede, até soluções mais pessoais como Criança Morta, obra-prima da série, na qual a figura da criança atinge os extremos expressivos de Cosme Tura.
— Autoria desconhecida, 1998