Catherine Opie (Sandusky, Ohio, 1961) é uma das principais artistas da fotografia contemporânea internacional, e esta é sua primeira exposição individual no Brasil. Desde o final da década de 1980, Opie vem trabalhando com fotografia colorida e em preto e branco, e o retrato é um de seus gêneros prevalentes — embora também tenha trabalhado com fotografia de arquitetura e de paisagem, entre outras. De fato, desde a faculdade, ela vem realizando retratos da comunidade queer, da qual faz parte. Assim, num ano dedicado às narrativas, personagens e temas LGBTQIA+ no MASP, esta mostra propõe reunir retratos dessa coletividade feitos por Opie ao longo das décadas.
Catherine Opie: o gênero do retrato apresenta 66 fotografias de Opie realizadas entre 1987 e 2022. O subtítulo da mostra alude aos diferentes significados em português da palavra gênero, em oposição ao inglês gender/genre. Por um lado, o gênero [genre em inglês] é o tipo, a espécie, a forma, a classe, a categoria, o estilo; no campo das artes visuais, podemos falar em diferentes gêneros na pintura: o retrato, a paisagem, a natureza morta. Por outro lado, o gênero [gender em inglês] é também a diferença socialmente construída entre homens e mulheres ou aqueles que se identificam de outros modos, e pode abarcar diversas identidades, sejam elas transgêneras, não-binárias ou cisgêneras. Opie se apropria do gênero tradicional do retrato, associado normalmente às elites, para dar visibilidade e força a sua própria comunidade.
O trabalho de Opie dialoga muito com a história do retrato na pintura ocidental e, por essa razão, esta exposição inclui 21 retratos clássicos do acervo europeu do museu, num arco temporal de 400 anos. As obras são apresentadas nos icônicos cavaletes de vidro de Lina Bo Bardi (1914–-1992), arquiteta que concebeu o edifício do MASP, oferecendo um diálogo contundente entre muitos gêneros: pintura e fotografia, o histórico e o contemporâneo, e sobretudo entre corpos, sexualidades e identidades.
Catherine Opie: o gênero do retrato é curada por Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Guilherme Giufrida, curador assistente.
Com Alcipe (Leonor de Almeida Portugal de Lorena e Lencastre); Amedeo Modigliani; Anthony van Dyck; Diego Velázquez; Édouard Manet; Francisco Goya y Lucientes; Frans Hals; Giovanni Bellini; Hans Holbein, o Jovem; Jean-Auguste Dominique Ingres; Jean-Baptiste-Siméon Chardin; Lucas Cranach, o Antigo; Peter Paul Rubens; Piero di Cosimo; Pierre-Auguste Renoir; Pietro Perugino; Rembrandt Van Rijn; Thomas Gainsborough; Ticiano; e Vincent van Gogh.
Todas as obras de Catherine Opie nesta exposição são cortesia da artista e de Regen Projects, Los Angeles; Lehmann Maupin, Nova Iorque, Hong Kong, Londres e Seul; e Thomas Dane Gallery, Londres e Nápoles.
A mostra integra o ano da programação do MASP dedicado às Histórias da diversidade LGBTQIA+, que também inclui exposições de Francis Bacon, Gran Fury, Leonilson, Lia D Castro, Mário de Andrade, MASP Renner, Serigrafistas Queer e a coletiva Histórias da diversidade LGBTQIA+, além de mostras na Sala de Vídeo de Kang Seung Lee, Massi Mamaní/Bartolina Xixa, Manauara Clandestina, Tourmaline e Ventura Profana.
Catherine Opie: o gênero do retrato
Curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP, e Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP.
Em 2024, todas as exposições temporárias do MASP possuem recursos de acessibilidade, com entrada gratuita para pessoas com deficiência e seu acompanhante. São oferecidas visitas em Libras ou descritivas; textos e legendas em fonte ampliada e produções audiovisuais em linguagem acessível, com narração, legendagem e interpretação em Libras que descrevem e comentam os espaços e as obras. Os conteúdos podem ser utilizados por pessoas com deficiência, públicos escolares, professores, pessoas não alfabetizadas e interessados. Os conteúdos ficam disponíveis no site e canal do Youtube do museu.
Visitas acessíveis
Pessoas com deficiência visual ou auditiva / surdas podem se inscrever para participar de visitas com a equipe de Mediação e Programas Públicos do MASP.
É só fazer a inscrição nos formulários abaixo:
Visitas em Libras - às quartas-feiras, às 16h30
ACESSE O FORMULÁRIOVisitas descritivas - às quintas-feiras, às 16h30
ACESSE O FORMULÁRIOAs inscrições são feitas sob disponibilidade, por ordem de inscrição.
Conteúdos audiovisuais em formato universal
Com narração, descrição, legendagem e interpretação em Libras - os conteúdos audiovisuais acessíveis são desenvolvidos a partir dos textos curatoriais, apresentando um panorama do que pode ser visto na exposição.
Faixa 1Caderno com textos e legendas em pdf acessível
Os cadernos acessíveis são compostos por todos os textos e legendas das exposições, em fonte ampliada, além de instruções com relação às salas de exposição, disposição das obras nas paredes, possíveis fluxos e circulação pelos ambientes e breve descrição do espaço. Através do pdf acessível, o visitante pode habilitar o leitor de tela e ouvir todo o conteúdo textual das mostras e suas orientações espaciais.