PÚBLICO GERAL
5X R$ 327
AMIGO MASP
5X R$ 277,95
*VALORES PARCELADOS NO CARTÃO DE CRÉDITO
O curso propõe uma abordagem singular da arte nacional. Investigaremos a formação das narrativas canônicas que, ao longo do tempo, determinaram quais obras, artistas e conceitos seriam perpetuados. Questionaremos a suposta imparcialidade dessas narrativas, que não apenas representam, mas também influenciam aspectos cruciais para seus criadores. Nosso objetivo é promover uma leitura crítica das escolhas que moldaram essa conformação e explorar seu significado para a cultura do país e seu impacto.
Além disso, buscamos ativamente desenvolver e incentivar novas narrativas, valorizando a pluralidade e dando voz ao que foi silenciado, ocultado e marginalizado. Esse impulso surge da reflexão sobre o presente e do desejo de diálogo. Estamos em uma era única: o surgimento de práticas artísticas originadas por agentes historicamente subalternizados está intrinsecamente ligado à ocupação de espaços físicos, epistemológicos, estéticos e sensoriais, acompanhado por uma crítica que teoriza sua produção.
------------
IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os participantes após a inscrição. O curso é gravado e cada aula ficará disponível aos alunos durante cinco dias após a realização da mesma. Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.
------------
O MASP, por meio do apoio da VR, oferece bolsas de estudo para professores da rede pública em qualquer nível de ensino.
Aula 1 - 12.8.2024
Introdução — Lendo imagens
Nessa aula teremos um apanhado geral do curso além de oferecer elementos teóricos que auxilie os discentes a ler imagens ao longo do curso.
Aula 2 - 19.8.2024
Invisibilidade Ativa: a branquitude e a perpetuação do racismo na arte
Nessa aula discutiremos a obra Limpando metais, de Armando Vianna, ela será um ponto de partida para pensarmos as relações raciais no imediato pós-abolição, a partir disso visitaremos artistas como Antônio Ferrigno, Lúcio de Albuquerque e Gustavo Dallara.
Aula 3 – 28.8.2024
Subjetividade negra (VISITA PRESENCIAL – 19H)
Nessa aula presencial no acervo do MASP, analisaremos a obra Retrato de menino de Arthur Timotheo da Costa.
Aula 4 - 2.9.2024
Arte Nipo-brasileira
Conferência com Amanda Botelho
Nessa aula, a pesquisadora Amanda Botelho (UFRJ) entrará em contato com a obra de
artistas nipo-brasileiros, como Tomie Ohtake e Manabu Mabe.
Aula 5 - 9.9.2024
Modernismo à branco-brasileira
Essa aula será centrada na famosa tela A negra, de Tarsila do Amaral. Partido da obra, debateremos os projetos de nação contemplados no modernismo à branco-brasileira.
Aula 6 - 16.9.2024
Desconstruindo o Naify
Essa aula terá como mote a tela Samba na roça, de Heitor dos Prazeres. Será uma oportunidade de confrontar sua subalternização na arte branco-brasileira sob o epíteto “naify”.
Aula 7 - 23.9.2024
Tropicalismo e a emergência de outros brasis
Partindo da obra Parangolé, de Hélio Oiticica, falaremos a respeito da tropicália e seu projeto de país.
Aula 8 - 30.9.2024
Modernismo na Bahia
Conferência com Bruno Pinheiro
Nessa aula, o Prof. Dr. Bruno Pinheiro abordará o modernismo na Bahia enfatizando a
existência de outros projetos para pensar o país.
Aula 9 - 7.10.2024
Arte e Loucura em Arthur Bispo do Rosário
Teremos como ponto de referência a obra Eu preciso destas palavras escrita, de Arthur Bispo do Rosário, para pensar as relações entre artes e o inconsciente.
Aula 10 - 14.10.2024
Arte, Política e redemocratização
Tiradentes: Totem-monumento ao Preso Político, de Cildo Meireles, é a obra que ensejará a discussão entre arte, política e suas interconexões.
Aula 11 - 21.10.2024
Sobre a performance
Exploraremos a linguagem como performance tendo a obra O que não tem espaço está em todo lugar, de Jota Mombaça, como ponto nevrálgico de intercessão entre contemporaneidade e cuir.
Aula 12 – 28.10.2024
Sobre fotografia
A história da fotografia brasileira. Diálogos estabelecidos a partir de Untitled, da série Memória Black Maria, do fotógrafo Eustáquio Neves.
Aula 13 – 4.11.2024
ArteMídia
Conferência com Toni Oliveira
Intersecções entre arte e tecnologia digital.
Aula 14 – 11.11.2024
Mulheres negras e arte brasileira
A presença feminina na arte brasileira. Tomaremos como imagem tema Mobral, de Maria Auxiliadora Silva.
Aula 15 – 18.11.2024
Arte, política e lugar de fala
Nessa aula problematizaremos os conceitos de arte, política e lugar de fala, tendo como mote as obras A primeira Missa, de Luiz Zerbini, e Cunhatain, de Denilson Baniwa.
Aula 16 – 25.11.2024
O que é arte afro-brasileira?
Nesse encontro debateremos a arte afro-brasileira contemporânea a partir da obra Musa paradisíaca, de Rosana Paulino.
Aula 17 – 2.12.2024
Arte, pixo e subversão
Nessa última aula debateremos o conceito de arte e sua relação com o pixo a partir das intervenções de Cripta Djan.
Kleber Amancio é professor de História, Teoria, Crítica e Curadoria de Arte do Centro de Cultura, Linguagem e Tecnologias Aplicadas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e Mark Claster Mamolen Fellow no Hutchins Center da Harvard University (2024 -2025). Sua principal área de pesquisa é o estudo da representação negra nas artes visuais e a conformação dos cânones na história da arte brasileira.
Bruno Pinheiro é historiador da arte, curador e educador. É doutor em História pela Unicamp com a tese Modernismo Negro na Bahia: arte e relações raciais, 1947-1964 e pesquisador de pós-doutorado do Metropolitan Museum of Art (2024-2026). Publicou e ministrou atividades de formação em instituições de arte no Brasil e no exterior. Entre 2020 e 2021, atuou como pesquisador visitante do Institute of Fine Arts da New York University. Foi co-curador da exposição Da Kutanda ao Quitandinha - 80 anos no SESC Rio. Tem experiência de pesquisa e ensino nos seguintes temas: Modernismos; Cultura Visual; História do Racismo e Anti-Racismo; História Negra.
Amanda Botelho é graduada em Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas pelo Bacharelado Interdisciplinar (BICULT) da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). Atualmente desenvolve uma pesquisa de mestrado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), focando na obra do pintor japonês Takesada Matsutani.
Toni Oliveira é professor de Eletrônica para as Artes no CECULT vinculado à UFRB. Músico experiente e artista pesquisador das novas tecnologias digitais open-source e da programação de computadores contextualizada em ambientes artísticos. Bacharel Interdisciplinar em Humanidades com Área de Concentração em Arte e Tecnologias Contemporâneas pelo IHAC/UFBA. Mestre pelo Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade com o tema: "O código-fonte em contexto simbólico na arte computacional: um panorama da relação entre software e cultura”. Atualmente é doutorando pelo mesmo programa com o tema: “A cultura escrita em código de máquinas”.