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Daniel Jablonski
O curso tem por objeto a produção artística da segunda metade do século 19 até os dias atuais. Longe da exposição de uma história da arte linear e homogênea, propõe-se aqui abordar os artistas e suas obras à luz de determinado número de questões, de ordem formal, mas também filosófica e social, relevantes a seus contextos. Não se trata, com isso, de retirar à arte sua especificidade no interior da esfera cultural, mas, pelo contrário, de abrir sua história à outras perspectivas e narrativas possíveis. Almeja-se, idealmente, que cada uma das aulas possa funcionar como uma pequena introdução autônoma à história da arte moderna e contemporânea, orientada por uma questão específica, desde sua origem até seus desdobramentos posteriores. Ao final do curso o aluno deverá ser capaz, não apenas de identificar a produção artística nos períodos abordados, como de compreender sua motivação, seus mecanismos históricos, mas também seus impasses diante de questões que seguem em aberto.
Aula 1 – 13/08
Moderno e Modernidade
Introdução aos conceitos. Revoluções industriais e sociais: a poesia e a vida na capital do século 19. As exposições universais e o contexto imperialista.
Aula 2 – 20/08
Pintar ou mudar a capital
O artista como cronista, produtor autônomo ou agitador político. Os salões oficiais e seus recusados. A experiência da Comuna de Paris.
Aula 3 – 27/08
Imagens em massa e imagens da massa
A invenção da fotografia e da pintura ao ar livre. O impressionismo e os subúrbios parisienses. A autonomia do olhar e a reinvenção da crítica de arte.
Visita na coleção do MASP: Quatro bailarinas em cena, de Edgar Degas e A canoa sobre o Epte, de Claude Monet
Aula 4 – 03/09
O interesse pelo “primitivo” nos salões independentes
O fauvismo entre máscaras africanas e maçãs de Cézanne. A natureza do moderno e seu avesso colonial.
Aula 5 – 10/09
Decomposição, abstração e construção
O Cubismo em movimento nas vanguardas internacionais. Revolução, engajamento e pesquisa. Artistas na sala de aula: Vkhutemas, Bauhaus, De Stjill.
Aula 6 – 17/09 - Conferência com Thiago Gil
A Antropofagia de Oswald de Andrade e o “primitivo" como antídoto
Vicente do Rego Monteiro, Cícero Dias, Tarsila do Amaral e Maria Martins.
Aula 7 – 24/09
O readymade entre Dadaísmo e Surrealismo
Retirada e avanço, nonsense e estratégia. Qualquer coisa na hora certa: a pintura como instantâneo fotográfico.
Aula 8 – 01/10.
Degeneração, expressão e crítica social na Alemanha.
As escolas da forma, do signo e da boêmia contra o Nazismo.
Aula 9 – 08/10
High e Low, kitsch e vanguarda
O papel da indústria cultural, da crítica de arte e do expressionismo abstrato no contexto norte-americano. Modernismo, liberdade e ideologia.
Aula 10 – 15/10
O efeito Duchamp
Consumo, reprodução e crise da autoria na Arte Pop. A pintura como imagem de si mesma.
Visita na coleção do MASP: Repressão, 1968, Claudio Tozzi e Bananas e cordas 3, 1973 Antonio Henrique Amaral
Aula 11 – 22/10 - Utopia e vontade criadora: perspectivas críticas do projeto moderno brasileiro a partir do pensamento de Mário Pedrosa - Conferência com Michelle Sommer
Disputas críticas e a construção das instituições artísticas nacionais: Museu de Arte Moderna, Bienal.
Aula 12 – 29/10
Minimalismo, arte pòvera, arte processual, arte conceitual
Novas vanguardas internacionais reunidas na exposição When Attitudes become form (1969).
Aula 13 – 05/11
A fotografia como arte, a arte como fotografia
Olhares modernos e contemporâneos sobre o mundo das coisas. Museus imaginários e livros de artista.
Aula 14 – 12/11
Formas híbridas de arte: happening, performance e instalação
Happening, performance e instalação. Formas indefinidas de história: anti-moderno, pós-moderno, contemporâneo.
19/11 - NÃO HAVERÁ AULA
Aula 15 – 26/11 - Conferência com Pollyana Quintela
Arte no Brasil sob a ditadura, confrontos e desvios
Algumas estratégias dos artistas conceituais e pop brasileiros. Crítica de arte alternativa e participativa.
Aula 16 – 03/12
A emergência do curador como autor e o fantasma de um novo árbitro do gosto
Instituição, crítica e comunidade. Feminismo nos anos 1970 e retorno à pintura nos anos 1980.
Aula 17 - 10/012
Arte por toda parte
O boom das bienais, galerias, feiras e leilões. Obsolescência do novo e as potências do passado: outras estratégias museológicas na construção de narrativas históricas.
Visita na coleção do MASP: Tempo suspenso de um estado provisório, 2011 – 2015, Marcelo Cidade.
Daniel Jablonski é artista visual, professor e pesquisador independente. Obteve o título de mestre em Filosofia Contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, Paris, e em História e Política do Museu e do Patrimônio / Estudos em Crítica e Curadoria pelo Institut National d’Histoire de l’Art, Paris, e Columbia University, Nova York. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, pode ser apresentada tanto na forma de fotografias, objetos, instalações e performances, quanto de uma publicação ou de uma palestra. Seus escritos, incluindo entrevistas, traduções, ensaios e críticas, podem ser encontradas tanto em revistas de literatura, como Serrote (Instituto Moreira Salles - RJ), revistas de arte como Amarello (SP) e Octopus Notes (Paris), bem como publicações acadêmicas, como Concinnitas (pós-graduação em artes - UERJ) e Poiésis (pós-graduação em filosofia - UFF-Rio).