Em 2025, os encontros do MASP Professores são vinculados ao ciclo Histórias da ecologia e o seu objetivo é proporcionar o diálogo de profissionais da educação com artistas, curadores, intelectuais, professores e ativistas para o meio ambiente. Além das palestras e conferências, também faremos ao longo do ano um laboratório de práticas de mediação, com o objetivo de instrumentalizar o público do programa em suas visitas em grupo ao MASP e em suas ações didáticas/de mediação na sala de aula ou outros contextos educacionais.
Os demais encontros de 2025 serão:
14.6. Águas, terras e memórias (online)
16.8. Espaços marcados por comunidades resilientes (presencial)
4.10. Histórias da ecologia: soluções educativas para impactos ambientais (presencial)
CRONOGRAMA
9H30 — 10H30
Recepção e café da manhã
Primeiro subsolo
10H30 — 13H30
Mesa-redonda
MASP Auditório
13H30 — 15H
Intervalo
15H — 17H30
Laboratório de mediação
MASP Auditório
PESSOAS CONVIDADAS
Adriana Campelo, Carlos Eduardo Riccioppo, Elaine Santana e Tamires Almeida Cruz de Paula
Público: profissionais da área da educação, seja ela escolar, universitária, museal ou no terceiro setor, e pessoas interessadas em geral.
Atividade gratuita, presencial, com tradução simultânea para Libras.
O evento será gravado na íntegra e disponibilizado no canal do MASP no YouTube.
Vagas limitadas
Haverá certificado de participação
Quaisquer dúvidas e solicitações podem ser encaminhadas para professores@masp.org.br
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PROGRAMA
9H30 — 10H30
Recepção e café da manhã
Primeiro subsolo
10H30 — 13H30
Mesa-redonda
MASP Auditório
ADRIANA CAMPELO
Reflexões sobre adaptação climática no nosso dia-a-dia
Como tomar decisões, atitudes e narrativas que integrem a adaptação climática com leveza e positividade? Como podemos inserir uma visão de adaptação climática nas relações com o outro, com a cidade e com a natureza? É possível exercermos uma ativismos amoroso e diário? Essa conversa tem a intenção de discutir ideias de como podemos ter uma abordagem saudável e eficaz sobre a mudança do clima nos nossos atos cotidianos. Para crianças e adultos, individualmente e coletivamente, para todas nossas relações.
ELAINE SANTANA
Tecendo saberes: ecologia, povos migrantes e educação infantil
Como podemos pensar a educação infantil a partir dos saberes ancestrais e das tecnologias do cuidado com a vida? De que forma os povos migrantes trazem consigo conhecimentos valiosos sobre o meio ambiente e a sustentabilidade? Como essas práticas podem enriquecer nossas abordagens pedagógicas e fortalecer o vínculo das crianças com a natureza e a diversidade cultural? Essas são algumas das reflexões que nortearão a conversa Tecendo saberes: ecologia, povos migrantes e educação infantil, que propõe um olhar interdisciplinar para a educação a partir da ecologia, das culturas migrantes e dos saberes tradicionais como formas de tecnologia.
TAMIRES ALMEIDA CRUZ DE PAULA
A partir de um breve histórico sobre o Movimento dos Atingidos por Barragens e da sua trajetória enquanto mulher atingida e militante, Tamires Almeida pretende destacar a resistência das comunidades afetadas por grandes projetos energéticos e pelo manejo das barragens, que causam graves violações de direitos humanos. Tendo como referência sua atuação como educadora popular no MAB, Tamires ressalta que a educação vai além de ser uma ferramenta de emancipação, sendo um pilar fundamental para a formação de sujeitos críticos, capazes de se organizar e lutar coletivamente por justiça social.
13H30 — 15H
Intervalo
15H — 17H30
Laboratório de mediação
Acervo em Transformação MASP
Com o objetivo de instrumentalizar o público do programa em suas visitas em grupo ao MASP e em suas ações didáticas e de mediação na sala de aula ou em outros contextos educacionais, o laboratório de mediação será uma atividade presencial, prática e contínua, realizada ao longo de todo o ano no contexto do MASP Professores. Cada atividade será orientada por professores especializados nos mais diversos campos da arte e da cultura, a partir do desenvolvimento de propostas distintas e complementares entre si, como a elaboração de roteiros de visitação ao Acervo em transformação; a definição de estratégias de mediação de obras do acervo do MASP, no museu ou virtualmente; construção de atividades práticas, como oficinas em diferentes linguagens, entre outras.
CARLOS EDUARDO RICCIOPPO
Na história da formação cultural do Brasil, o país atravessa o século XIX e parte do século XX referido à percepção estrangeira de que sua cultura importaria pouco diante da evidência derradeira de uma imponência de sua natureza. Não por acaso, as imagens do país sofrerão uma espécie de processo de condensação na delimitação de uma resposta singular ao gênero “paisagem”, em que toda a vida cotidiana e o desenvolvimento de suas atividades urbanas serão aos poucos convertidos em partes de uma arquitetura visual pacata e equilibrada. O roteiro pretende investigar os pressupostos e as ambiguidades de tal processo, que legaria uma ferida para sempre aberta à autodefinição da imagem do país.