Em 1938, De Fiori é “provavelmente” (Laudanna 1997, p. 191) convidado por Capanema para participar de um “programa de integração das artes” do Ministério da Educação e Saúde – MCS. O artista modela para este evento,
entre outros gessos,
O Brasileiro, além de Homem Sentado e Mulher Reclinada. Por razões não claramente estabelecidas, Capanema recusa todas as obras, alegando, segundo Laudanna (ibid), que seus trabalhos “não atendiam às exigências oficiais que vigoravam naquele período”. A exposição da Pinacoteca permitiu um confronto entre o gesso do Masp e outras versões (algumas delas, fundições em bronze),
dentre as quais a do Masp surge como a de mais clássica concepção e fatura, com suas formas mais esguias e seu modelado mais calmo. De Fiori retoma aqui, sem dúvida, as formas de seu
Grosser Jüngling II (Jovem Grande, II) em argila, de 1926. Não seria de todo arbitrário supor que a forma da cabeça e a fisionomia dessa versão do Masp, de um fenótipo mais propriamente norte-europeu, remeta vagamente aos traços do
próprio escultor.