MASP

[ESPETÁCULO CANCELADO] NISE DA SILVEIRA - GUERREIRA

13.3.2016
Dom

CALEIDOSCÓPIO HUMANITÁRIO

Visite o site www.culturanise.com 

Clique e assista ao clipe oficial https://m.youtube.com/watch?v=pUeVcbrs_Z0&list=PL675BB5FD28D7E227

Depoimentos do público https://www.youtube.com/watch?v=AxT_GFJ8kxs

Um espetáculo multimídia que promete emocionar o público unindo Teatro, Música, Dança e Projeções para homenagear a brasileira, discípula de Jung, que revolucionou a psiquiatria com Afeto e Arte. Assim é “Nise da Silveira – Guerreira da Paz” que estreia no MASP em 22 de janeiro de 2016, em curta temporada de Sexta a Domingo. Com dramaturgia, direção e performance de Daniel Lobo (Prêmio APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte / 1999), a encenação promove, em sua equipe de criação, uma rara união: A bailarina Ana Botafogo assina pela primeira vez assina coreografias em um espetáculo teatral. As projeções multimídia trazem depoimentos inéditos do escritor Ferreira Gullar e do teatrólogo José Celso Martinez Corrêa. Considerado um dos maiores pianistas da atualidade, João Carlos Assis Brasil assina a trilha sonora original, pontuada pelo percussionista Marco Lobo. Monja Coen personifica ‘A Voz do Inconsciente’ de Carl Gustav Jung, mestre de Nise. Ciliane Bedin é a Diretora-assistente.

Uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil, a Dra. Nise da Silveira foi pioneira na busca por uma psiquiatria mais humanitária ao se negar a praticar o eletrochoque e criar ateliês de arte dentro dos hospícios em plena década de 40. Seu legado mobiliza áreas diversas do ensino ao unir Ciência e Arte de maneira exemplar, sendo considerada uma das personalidades mais importantes do século XX. A atual encenação encerra a ‘Trilogia do Inconsciente’, e mantém a concepção originalmente premiada no Prêmio Aplauso Brasil, em votação popular, como um dos melhores espetáculos de SP em 2012.

“Nise da Silveira – Guerreira da Paz” marca um novo ciclo do MASP. Projetado por Lina Bo Bardi e considerado o mais importante museu de arte ocidental do hemisfério Sul, o palco do MASP se revela o espaço ideal para abrigar a obra teatral multimídia em homenagem à Nise da Silveira. “O espetáculo é uma Epifania cênica! Um grande e poético caleidoscópio para celebrar a vida com humor, poesia e o sagrado que habita em nós. Este é o convite que fazemos ao público. Que possamos nos entrelaçar em uma experiência visceral e mergulhar em nosso inconsciente”, afirma Daniel Lobo, idealizador da montagem.

 

QUEM É NISE DA SILVEIRA?
Considerada uma das personalidades mais importantes do século XX, discípula de Carl Gustav Jung, a alagoana Nise da Silveira foi uma das primeiras mulheres a se formar em medicina no Brasil. Ela revolucionou a psiquiatria ao criar Ateliês de Arte dentro dos hospitais psiquiátricos, se negando a praticar os polêmicos tratamentos com eletrochoque e todos os procedimentos violentos contra os pacientes. A partir das pinturas surgidas nos ateliês, ela iniciou um estudo profundo das expressões simbólicas evocadas nas pinturas dos ‘ditos loucos’ para mergulhar no universo do inconsciente de cada um deles, chamados por ela carinhosamente de ‘Camafeus’.

“A força daquela mulher revolucionou a psiquiatria através da arte e de um processo mais humanitário de cura, de um olhar para o seu semelhante que não fosse um olhar tão duro, tão científico, mas um olhar de amor ao próximo”, explica Daniel Lobo.

As impactantes pinturas desses camafeus encantaram Jung e ganharam o mundo sendo expostas no Museu de Arte Moderna de São Paulo e Paris. O público poderá conhecer algumas destas obras, que serão projetadas durante o espetáculo.

 

DRAMATURGIA – A EMOÇÃO DE LIDAR EM “NISE”
“Nise da Silveira – Guerreira da Paz” apresenta ainda um painel dos acontecimentos marcantes na vida da psiquiatra. Fatos como a chegada ao Rio de Janeiro, na década de 20, a amizade com Manuel Bandeira, a prisão no governo Getúlio Vargas e a relação com o psicanalista Carl G. Jung, estão na narrativa que culmina com um poético encontro com os índios antes de partir. As pinturas serviram de inspiração para que a bailarina Ana Botafogo criasse as coreografias, no que é sua estreia em teatro. E também ao pianista João Carlos Assis Brasil na criação da trilha sonora original, pontuada pelo percussionista Marco Lobo.

Daniel Lobo encara o desafio de interpretar a própria Nise, o que garante alguns momentos de humor. Na dramaturgia, Daniel cruza e compartilha universos que foram íntimos a Nise, como a obra de Artaud, a importância da mandala e da mitologia para o ‘inconsciente coletivo’ de Jung e o ‘inusitado’ encontro de Nise com o xamanismo e os índios, além das passagens biográficas. “A missão de Daniel como intérprete é pulsar a emoção de lidar de Nise, templo de delicadeza, assim como fazer pulsar a ferocidade e o instinto animal com que ela abriu caminhos pelas sombras do inconsciente e revolucionou a saúde mental”, afirma Ana Botafogo.

Idealização e Performance: Daniel Lobo.
Coreografia: Ana Botafogo
Monja Coen como ‘A Voz do Inconsciente’
Trilha sonora original: João Carlos Assis Brasil
Participações multimídia: Ferreira Gullar e José Celso Martinez Corrêa