MASP

A ORIGEM DO MUSEU, DA CRÍTICA E DA CURADORIA

Horário
16H - 18H
Duração do Módulo
ONLINE
2, 4, 9, 11, 16 E 18.2.2022
QUARTAS E SEXTAS
(6 AULAS)
Investimento

PÚBLICO GERAL
5X R$ 57,60
AMIGO MASP
5X R$ 48,96
*valores parcelados no cartão de crédito

Professores

DANIEL JABLONSKI

O curso propõe retraçar alguns dos caminhos, por vezes complementares, por vezes contraditórios, que levaram ao estabelecimento do museu, da crítica e da curadoria de arte. Tal mergulho no tempo, atravessando diferentes períodos e segmentos das artes visuais, permite levantar questões prementes, como quem decide o que vale ou não vale ser mostrado? E para quem? Em nome de quem? Em que espaços isso acontece? E de que formas isso é feito? Trata-se, com tais perguntas, de aprofundar a reflexão sobre certos gestos — tais como a exibição, o julgamento e a seleção — que condicionam, definem e conformam a obra de arte para além da esfera do “ato criador”.

IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os alunos após a inscrição.
O curso é gravado e fica disponível durante 5 dias.
Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.

Planos de aulas

Aula 1 - 2.2.2022
Apresentação do curso; início do módulo sobre o museu: gabinetes de curiosidades; galerias reais na Europa; museu como sintoma e resposta à crise da modernidade; passagem da aristocracia a burguesia; organização e display acadêmicos e científicos; museu como ilustração da história da arte; fundação do Museu do Louvre em Paris no século 18; noção de esfera pública.

Aula 2 - 4.2.2022
Encerramento do módulo sobre o museu: ligação entre ideologia e conhecimento; narrativa científica como instrumento de poder político; construção do Altes Museum de Berlim no século 19; relação entre arte, arquitetura e urbanismo; museu como ilustração da teoria do fim da arte; museu como templo e mausoléu.

Aula 3 - 9.2.2022
Início do módulo sobre crítica de arte: crítico como correspondente cultural; Denis Diderot no século 18 – crítico de arte de um público por vir; crítico entre o escritor e o artista; faculdade do juízo de Immanuel Kant; desinteresse e liberdade; imparcialidade e autoridade; Baudelaire no século 19 como crítico engajado, político, partidário; modernidade como ambiguidade.

Aula 4 - 11.2.2022
Encerramento do módulo sobre crítica de arte: separação progressiva entre artistas modernos e meio da arte; surgimento do circuito comercial, marchands e galeristas; crítico como parceiro comercial na identificação do valor futuro; crítico como reconciliador do público (burguês) e dos artistas (boêmios); modernismo e “qualidade” sob a ótica de Clement Greenberg no século 20; construção dos acervos dos primeiros museus modernos; “crise” da crítica de arte.

Aula 5 - 16.2.2022
Introdução à noção de curadoria: primeiras exposições temáticas (não-históricas) nos anos 1920; relações entre arte europeia e antropologia; a “perda da aura” da obra de arte segundo Walter Benjamin; reprodutibilidade técnica e descontextualização; o ready-made duchampiano como efeito de contexto; André Malraux e o Museu Imaginário nos anos 1940 e 50; primeiros livros de artista nos anos 1960; arte, antiarte e não-arte, o artista (e o curador) como etnógrafos.

Aula 6 - 18.2.2022
Encerramento do módulo sobre curadoria: contexto da arte dos 1960; desmaterialização, experimentação, literalidade, arte contemporânea como trabalho de contexto; exposição como organização de contextos; curadoria com Harald Szeemann como criação de mitologias individuais; o curador como autor; o fantasma de um novo “árbitro do gosto” e as primeiras experiências do artista como curador.

Coordenação

Daniel Jablonski é artista, professor e pesquisador independente. Obteve o título de mestre em filosofia contemporânea pela Sorbonne-Panthéon, Paris, e em história e política dos museus e do patrimônio pelo Institut National d’Histoire de l’Art, Paris, e Columbia University, Nova York. Sua produção multifacetada, conjugando teoria e prática, pode ser apresentada tanto na forma de fotografias, objetos, instalações e performances, quanto de uma publicação ou de uma palestra. Seus escritos, incluindo entrevistas, traduções e ensaios, podem ser encontrados em revistas de arte e de literatura, como Serrote, Amarello (São Paulo), Octopus Notes (Paris) e ainda publicações acadêmicas, como Concinnitas e Poiésis (Rio de Janeiro).

Conferencistas