O curso, que faz parte do projeto A internet deu ruim, é um panorama sobre como a tecnologia é trabalhada no setor artístico e museológico, além de contextualizar seu impacto na sociedade. O principal objetivo do curso, em esquema seminário, é dar a base para uma análise crítica sobre o uso das tecnologias no setor. Analisaremos o acesso aos dispositivos, a digitalização de acervos, a produção de obras de arte, a recepção por parte do público e das instituições museológicas, a ascensão das criptomoedas e NFTs – e logo depois a sua suposta morte – e discutiremos também a popularidade da Inteligência Artificial (IA). O curso é destinado a todas as pessoas interessadas no tema e que queiram discutir as tecnologias no setor.
Em algumas aulas, os alunos serão pedidos a se organizarem em grupos e preparem materiais para a aula seguinte. A organização dessas atividades será feita pela plataforma Discord, em um servidor próprio.
Importante: os exemplos sobre criptomoedas usados no curso são apenas para ilustrar o argumento e não são indicações de investimento. Deve-se procurar um especialista para entender onde investir o seu dinheiro. Não é o caso deste curso.
IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os participantes após a inscrição. O curso é gravado e cada aula ficará disponível aos alunos durante cinco dias após a realização da mesma. Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.
Aula 1 – 5.9.2023
Preâmbulo - As tecnologias na sociedade e no setor artístico
Antes de entender as atuais tecnologias, é importante entender em qual contexto elas surgem. Como as tecnologias eram recebidas pelo setor artístico e museológico antes da pandemia e dos hypes das criptomoedas e IA? Como elas são recebidas em nossa sociedade? Nesta aula, faremos uma análise de como a tecnologia tem sido abordada pelos setores artístico e museológico.
Aula 2 – 12.9.2023
Introdução - A digitalização e a (não) democratização de obras de arte
Um dos grandes argumentos das instituições museológicas para buscar financiamento para a digitalização de seus acervos é que isso fará com que suas obras sejam mais democráticas e acessíveis ao grande público. São poucos os casos, porém, em que realmente se vê a coleção do museu disponível online. Vamos analisar como a digitalização de obras é tratada no setor museológico e sua devida importância.
Aula 3 – 19.9.2023
Ato 1 – Arte Pós-internet e os impactos na estética
É comum considerarmos a internet como ubíqua sem perceber os reais impactos que ela trouxe tanto na sociedade, quanto no fazer artístico. Nesta aula, discutiremos o impacto da rede na produção de obras de arte e analisaremos o que significa esse termo.
Aula 4 – 26.9.2023
Ato 2 – Do nascimento à (suposta) morte dos NFTs e criptomoedas
Para compreender os NFTs além da especulação financeira, é importante entender suas origens e a potencialidade da tecnologia. As criptomoedas foram pensadas como forma de acabar com os intermediários. Mas, será que isso aconteceu mesmo? E alguns dizem que elas já morreram. Será?
Aula 5 – 03.10.2023
Conferência de Thiago Hersan
Ato 3 – A inteligência algorítmica
A massificação da IA trouxe questionamentos diversos para a sociedade: desde a perda generalizada de empregos até reviver artistas falecidos para performar em campanhas de publicidade. Mas o que é a IA? De onde veio? E como ela é usada nas produções artísticas? Nesta aula, faremos um panorama sobre a IA, além de uma análise mais prática de seu uso.
Thiago Carrapatoso é jornalista, especialista em Comunicação, Arte e Tecnologia e mestre pelo Center for Curatorial Studies (CCS) na Bard College, em NY. Foi um dos fundadores da Casa de Cultura Digital; autor da pesquisa A arte do cibridismo, realizada pela Funarte e ganhadora do prêmio de melhor estudo sobre arte pela Fundação Bienal de São Paulo; foi coordenador do Google Arts & Culture para Brasil e Portugal e, hoje, é gerente de comunicação da Google Portugal. A sua pesquisa A internet deu ruim questiona o uso das tecnologias no setor artístico.
Thiago Hersan é artista multimídia, desenvolvedor e educador. Mestre em engenharia elétrica e da computação, já foi designer de circuitos integrados, brinquedos robóticos e fones de ouvido. Recebeu o prêmio VIDA 15.0, e criou FACTLab um espaço para experimentação e usos criativos de tecnologias digitais em Liverpool. É associada da Silo – Arte e Latitude Rural desde sua fundação em 2016. Como artista foi residente na Impakt, Delfina Foundation e Autodesk; e participou de exposições internacionais em São Paulo, Montevideo, Los Angeles, Dublin, Lausanne e Liverpool.