MASP

Trajetórias extraordinárias: mulheres dos séculos 16 e 17 [NOTURNO]

Horário
19H-21H30
Duração do Módulo
17, 18, 19 e 20.2.2020
SEG-QUI
4 aulas
Investimento

público geral
5x R$ 112,00*
Amigo MASP
5x R$ 95,20*
*PARCELAMENTO APENAS EM CARTÃO DE CRÉDITO

Coordenação

Juliana Ferrari Guide

Na esteira da recente exposição Histórias das Mulheres: artistas até 1900, realizada pelo MASP em diálogo com o florescimento internacional das pesquisas sobre o tema, o curso propõe o estudo de cinco artistas italianas que viveram entre os séculos 16 e 17: Properzia de Rossi, Plautilla Nelli, Sofonisba Anguissola, Lavinia Fontana e Artemisia Gentileschi. A cada aula, discutiremos a vida e a obra destas mulheres, bem como os principais desafios e debates que marcam os estudos sobre elas. 

A seleção de artistas que ocuparam diferentes espaços sociais permite dar conta também de diferentes vivências possíveis para mulher artista no começo da Idade Moderna. Do silêncio dos conventos para a opulência das maiores cortes europeias, passando pelas então jovens academias de desenho e pintura, pelo burburinho dos centros mercantis e pela solenidade das cidades universitárias. A reflexão sobre a obra destas criadoras permitirá também entrever nuances da vida em Roma, Florença, Veneza, Nápoles, Bolonha, Cremona e Madri no período em questão.

Planos de aulas

Aula 1 –  17.2.2020
O raro caso de Properzia de Rossi, escultora, e Plautilla Nelli e a tradição de freiras artistas.

Tudo na história de Properzia de Rossi (1490-1530), escultora bolonhesa, parece ser excepcional. Para compreender porque Properzia é uma exceção, faremos um panorama a respeito da situação geral das mulheres artistas na Itália entre os séculos 16 e 17.
Plautilla Nelli (1524-1588) foi uma freira do Convento de Santa Catarina, em Florença, e umas das primeiras pintoras florentinas da qual temos obras identificadas hoje. A história de Plautilla nos convida a conhecer e refletir a respeito da vida nos conventos renascentistas e sua possibilidade como centro de produção artística coletiva. 

Aula 2 –  18.2.2020
Sofonisba Anguissola e a mulher artista na Corte

Sofonisba Anguissola (1532-1625) foi uma nobre cremonesa que, graças à qualidade de sua pintura, foi incorporada à Corte de Espanha, onde tornou-se dama de Companhia da rainha Isabel de Valois. Retratista de excelência, entrou para a história como uma das primeiras pintoras mulheres a ganhar reputação internacional. Importantes nomes da história da arte passam por sua biografia, como Bernardino Campi, Michelangelo e Van Dyck, e sua trajetória proporciona um fascinante panorama de sua época.       

Aula 3 –  19.2.2020
Lavinia Fontana, a fama e os desafios do ateliê autônomo  

Lavinia Fontana (1552-1614) formou-se artista no ateliê do pai, Prospero Fontana, importante pintor bolonhês de sua geração. De forma atípica, Lavinia conduzia um ateliê próprio e independente, com o qual sustentava toda sua família. Foi amada e celebrada em vida em sua Bolonha natal e em Roma, produzindo retratos e também obras de maior porte. A reflexão sobre seu caso permite avançar na compreensão de estratégias e nuances da carreira de uma mulher pintora no período.   

Aula 4 –  20.2.2020
Artemisia Gentileschi: celebridade e polêmica

O final do século 20 e as primeiras décadas do 21 tornaram Artemisia Gentileschi (1593-1653) uma das mais conhecidas mulheres pintoras de todos os tempos. Na aula, caminharemos pela obra desta grande artista romana e pela sua vida atribulada, passando por Roma, Florença, Veneza, Gênova, Londres e Nápoles. A fascinante história de Artemisia, suas lacunas  e sua fortuna crítica conjugam diversas das questões mais importantes no estudo da história das mulheres artistas, possibilitando uma síntese apropriada à conclusão do curso.  
 

Coordenação

Juliana Ferrari Guide é mestra em Estudos da Tradição Clássica, na linha de pesquisa em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com estágio de pesquisa na Itália. Seus estudos se concentram em iconografia de heroínas da Antiguidade, em pintura italiana do século 17 e em artistas mulheres que atuaram na Itália nesse período, com eventuais incursões pela tragédia clássica francesa e pela história dos debates a respeito do suicídio.

Conferencistas