MASP

Educar para a diversidade

6.4
SÁB
10h-18h
A segunda edição do MASP Professores de 2019, Educar para a diversidade, tem como tema as possíveis interlocuções de gênero e sexualidade com práticas pedagógicas e experiências didáticas na escola. Atualmente tornado um tópico tabu, o encontro procurará abordar o debate a partir de múltiplas perspectivas, considerando formas de trabalhar o encontro com a diferença em sala de aula de forma responsável e plural.

10h às 12h30: palestras matinais
12h30 às 14h: horário de almoço
14h às 15h45: conferência
15h45 às 16h15: café e confraternização
16h15 às 18h: horário de livre visitação das exposições.
*Todxs os participantes ganharão ingresso gratuito para visitar as exposições do museu até o final do dia.

Público: professorxs, educadorxs e interessados em geral.
 
Atividade gratuita
 
Convidados

Palestras matinais: Cláudia Pereira Vianna e Denise Carreira, com mediação de Erika Hilton.
Conferência da tarde: Paula Beatriz de Souza, com mediação de Talita Jacobelis.


Programa

10h às 12h30

Educação, sexualidade e gênero: entre violências e resistências
A palestra trará discussões sobre a articulação das lutas feministas e LGBTT no que se refere à configuração dos conceito de gênero e sexualidade, com a finalidade de refletir sobre o papel da educação na superação das violências de gênero e no enfrentamento dos discursos conservadores e avessos às diferenças.    

Cláudia Vianna é professora e pesquisadora em Educação com ênfase em Política Educacional, Relações de Gênero e Diversidade Sexual.

Por que gênero na escola é algo tão polêmico?
Em vários países, movimentos ultraconservadores têm atacado políticas, programas e ações educacionais comprometidas em abordar a igualdade de gênero, raça e sexualidade nas escolas. No Brasil, escolas e profissionais de educação têm sido perseguidas e ameaçadas por tratarem dos temas. Por que gênero é tão polêmico, tão perturbador para esses grupos? A partir dessa questão e de forma dialogada, Denise abordará o sentido de discutir gênero na escola e trará reflexões e provocações de como avançar em práticas pedagógicas transformadoras no cotidiano escolar e em ações no campo das políticas educacionais, em tempos de grandes retrocessos na garantia de direitos constitucionais no Brasil.
 
Denise Carreira é educadora, feminista e ativista dos direitos humanos.

Com mediação de Erika Hilton é transfeminista negra e deputada estadual de São Paulo pela Bancada Ativista.

14h às 15h45

Transexualidade e Travestilidade: inclusão ou exclusão na escola? 
Nesta conferência, se buscará realizar, através do diálogo e da reflexão, aprendizagens significativas quanto à diversidade sexual e de gênero. Atualmente, enfrentamos situações novas que o mundo e a escola não conheciam ou desconsideravam até pouco tempo, e que não podem ser resolvidas ou encaradas isoladamente pela família, pela escola ou por qualquer outra instituição. Espera-se trazer questionamentos que contribuam para o processo de amadurecimento da consciência crítica em sociedade, e apontar caminhos para um debate pedagógico sem preconceitos ou tabus.

Paula Beatriz de Souza é a primeira mulher transexual a ocupar o cargo de Diretora de Escola no Estado de São Paulo.

Com mediação de Talita Jacobelis, arquiteta, professora técnica e militante feminista e LGBTTQI+.

Vídeos

Participantes

Cláudia Vianna possui mestrado em Educação: História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1992), doutorado em Educação (1999) e livre docência (2011), ambos pela Universidade de São Paulo. É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação na Faculdade de Educação da USP, onde orienta mestrados e doutorados na área de concentração Educação e Ciências Sociais: desigualdades e diferenças. Desenvolve pesquisas na área de Educação, com ênfase nos seguintes temas: educação, relações de gênero, diversidade sexual, identidade docente e política educacional. Seu livro mais recente, Políticas Públicas de Educação, Gênero e Diversidade Sexual: breve história de lutas, danos e resistências, foi publicado pela editora Autêntica.
 
Denise Carreira é mestre e doutora em educação pela Universidade de São Paulo. Feminista, atua como educadora popular e professora universitária. Atualmente, é coordenadora institucional da organização Ação Educativa; da articulação Plataforma de Direitos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (DHESCA Brasil); e defensora do direito à educação de meninas e mulheres da Rede Internacional Gulmakai/Malala. Foi coordenadora da Campanha Nacional pelo Direito à Educação e Relatora Nacional do Direito Humano à Educação.

Paula Beatriz de Souza Cruz, 48 anos, é mulher transexual, negra, pedagoga, pós-graduada em Gestão Educacional pela UNICAMP/SP e pós-graduada em Docência no Ensino Superior pela Universidade Estácio de Sá. Atua no magistério público há 30 anos e atualmente é Diretora de Escola na EE Santa Rosa de Lima, no Capão Redondo, jurisdicionada à Diretoria de Ensino Região Sul 2. Foi uma das condutoras pela mobilização quanto à inclusão de nome social de alunos (as) transexuais e travestis em listas de chamada e diários de classe.

Talita Jacobelis é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela FAU-USP (2002). Atua como arquiteta desde 2002 e como professora técnica desde 2013. Militante feminista e LGBTTQI+, atualmente trabalha como arquiteta autônoma e participa da organização da Caminhada de Mulheres Lésbicas e Bissexuais, da Frente de Mulheres LBT feministas, da Comissão de Direitos Humanos da EMEF Des. Amorim Lima e da Comissão Organizadora da Semana Liberdade e Alteridade do ITB Brasílio Flores de Azevedo.