O seminário Gauguin: o outro e eu reunirá estudiosos que lançam novos olhares sobre a obra de Paul Gauguin (1848-1903), tendo como foco o trabalho produzido pelo artista no Taiti, em Atuona e em Hiva Oa, assim como seus autorretratos, com o objetivo de apresentar temas como a autorrepresentação do artista e mudanças na compreensão da identidade individual diante da alteridade na cultura moderna. O debate de um dia contemplará ainda questões relacionadas à sexualidade e androginia, as contestadas noções de primitivismo, o exótico e os trópicos, bem como apropriação cultural e a relação entre o eu e o outro. O acervo do MASP contém os dois trabalhos mais importantes do artista na América Latina, ambos de grande relevância para os temas mencionados e que foram produzidos durante o período taitiano. O seminário Gauguin: o outro e eu foi concebido como uma forma de introduzir algumas das polêmicas questões provocadas pela obra de Gauguin, de modo a preparar o terreno para uma grande mostra dedicada ao artista a ser realizada em 2023 no Museu de Arte de São Paulo (MASP).
ORGANIZAÇÃO
Adriano Pedrosa, diretor artístico, MASP
Fernando Oliva, curador, MASP
Laura Cosendey, curadora assistente, MASP
FOLDER
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TRANSMISSÃO AO VIVO
O seminário terá transmissão online e gratuita através do perfil do MASP no YouTube, com tradução em Libras.
CERTIFICADO
Para receber o certificado de participação, é necessário registrar-se por meio de um link que será fornecido durante o seminário.
11H-11H10
Introdução
ADRIANO PEDROSA, diretor artístico, MASP
11H10-13H
LINDA GODDARD
Antes e depois: a fragmentação do eu em Avant et après, de Gauguin
Escritas no último ano de sua vida, as memórias não convencionais de Gauguin, Avant et après [Antes e depois, 1903], com frequência são vistas como um texto confessional, cujo estilo aparentemente sem polimento tem sido entendido como um aspecto de seu status de escritor amador. Diferentemente dessa visão, este diálogo apresenta sua estrutura episódica e fragmentada como tendo sido elaborada de forma consciente, por um lado motivada pela automodelagem primitivista de Gauguin e, por outro, por seu envolvimento com o fascínio literário europeu com formas fragmentárias de composição. Goddard vincula Avant et après a outros projetos literários contemporâneos de Gauguin, em especial seu jornal satírico Le Sourire [O sorriso], que compartilha com suas memórias o interesse em identidades inventadas (pseudônimos e alter egos) e cruzamentos experimentais entre arte e escrita. A autora sugere que a mudança das personas autorais de Gauguin, assim como sua identidade instável como “artista” e “escritor”, dramatizam seus esforços para negociar uma posição nos limites entre as comunidades coloniais francesas e as comunidades indígenas da Polinésia.
IRINA STOTLAND
As cabeças sagradas de Paul Gauguin. A iconografia de gênero, raça e espírito em seus autorretratos
Uma investigação sobre a iconografia de Paul Gauguin inevitavelmente conduz ao autorretrato, o campo que o artista escolheu para o desenvolvimento de um vocabulário visual pessoal. O foco é um conjunto de cinco autorretratos e a evolução de sua iconografia marcada por cabeças sem corpo. Gauguin progride do exame dos elementos binários matéria versus espírito até a contestação dos binários de raça ou gênero, e conclui com a desestabilização de todos eles. Stotland sugere que Gauguin toma como base a tradição das imagens da Santa Face de Jesus. Os relatos de um rosto de Cristo impresso por obra de um milagre originalmente reforçaram o argumento iconófilo, ao vincular ícones à circunscrição da divindade da Encarnação. Gauguin explora as conotações ainda populares do formato relacionadas à transcendência para refletir um eu que extrapola a matéria. Sua iconografia se amplia ao longo do tempo para incluir gênero (Autorretrato com auréola e cobra e Natureza-morta, de 1889), e tanto gênero quanto raça (Vênus negra e Jarro em forma de cabeça, de 1889, e Autorretrato, Oviri, 1894-95).
FERNANDO OLIVA
Autorretrato (perto do Gólgota): representando a si e ao outro, no Brasil
Um autorretrato que não se refere apenas ao artista que o criou, mas também ao outro, seja o próprio espectador, para quem dirige o olhar e parece pedir cumplicidade, seja todo o público e o sistema da arte, convocados a testemunhar o sofrimento desse mesmo artista, mais uma vez se colocando no papel do próprio Cristo. Gólgota, do hebraico, significa “calvário”, o local onde Jesus teria sido crucificado. Na produção de Gauguin, não é fortuita a relação com a Paixão, especialmente no período final de sua vida, quando o artista, deprimido e doente, passava por provações de todo tipo, de ordem não apenas emocional, mas também material e financeira. Em Autorretrato (perto do Gólgota) (1896), do acervo do MASP, ele retoma este que é um de seus papéis preferidos, o do artista-mártir. Esta apresentação irá se deter sobre esta obra singular na trajetória de Gauguin, único autorretrato que o artista guardou consigo desde a realização da pintura, em 1896, até a morte, em 1903, em sua casa no Taiti. A chegada e a recepção da tela no Brasil, em 1952, reforçava os mitos primitivistas que Gauguin tanto cultivou ao longo de sua vida. Antes de ser trazida ao MASP, a pintura foi exposta publicamente no Rio de Janeiro, em uma residência da elite brasileira. Na construção da ambiência que a envolvia, chama a atenção a presença simbólica e estratégica de um background que reproduz exuberante folhagem. Uma das reportagens da imprensa da época recebeu como título um sensacionalista ‘Na selva tropical’, ressaltando como o jardim com mangueiras e jaqueiras da casa criava o cenário ideal para a narrativa de terras exóticas que acompanhava a pintura.
Mediação: Laura Cosendey, curadora assistente, MASP
15H-16H30
STEPHEN EISENMAN
A saia de Gauguin: 25 anos depois
Uma geração atrás, raramente eram abordadas questões relativas às identidades raciais, nacionais e de gênero na obra de Gauguin. Contudo, tais questões são centrais no livro Gauguin’s Skirt (1997), de Eisenman, assim como em algumas publicações subsequentes sobre o artista. Hoje, essas questões são quase sempre abordadas em considerações sobre Gauguin e seu trabalho, mas muitas vezes permanecem em segundo plano, como se fossem distrações desagradáveis de questões mais essenciais de sua biografia e de seu estilo. A apresentação de Eisenman no seminário do MASP revisará os argumentos de seu livro em seu contexto histórico e acadêmico original, bem como irá analisá-los à luz de desenvolvimentos recentes. Questões abordadas discutirão o posicionamento da categoria “terceiro sexo” (e mahu, seu correlato maori) no contexto das considerações recentes sobre identidades de gênero emaranhadas e contingentes; e o modo como sua caracterização das obras de arte taitianas e marquesanas de Gauguin se insere no campo mais amplo dos estudos pós-coloniais dos séculos 20 e 21.
NORMA BROUDE
Paul Gauguin e sua arte na era da cultura do cancelamento: recepção e reavaliações
Meio século atrás, críticas pós-modernas começaram a apresentar ao mundo da arte um Paul Gauguin desmistificado, uma imagem muito diminuída do artista/herói antes admirado universalmente como “o pai do primitivismo modernista”. Mais recentemente amplificada por uma câmara de eco da internet que transita em rótulos gerais, uma imagem em grande parte sem nuances de Gauguin — como mulherengo predatório, agente do colonialismo e até mesmo criminoso sexual, cuja arte deve ser “cancelada” — se enraizou na visão popular em textos e publicações, apesar dos esforços acadêmicos em contextualizar essa imagem e contestar o alinhamento de Gauguin com valores patriarcais, os quais, na verdade, ele denunciou abertamente. Após examinar a relação do pensamento de Gauguin com o de sua avó, a socialista utópica e ativista feminista Flora Tristan, cujas ideias radicais influenciaram seus escritos e sua arte, Broude irá questionar: por que os posicionamentos culturais progressistas e feministas de Gauguin foram esquecidos e ignorados por tanto tempo na literatura da história da arte? E por que eles continuam a ser ignorados por seus críticos atuais?
ABIGAIL SOLOMON-GODEAU
50 tons de marrom: cor da pele no imaginaire colonial francês ou o erotismo da vahiné
Uma das peculiaridades das ideologias raciais coloniais presentes na cultura francesa do século 19 era seu espectro dermatológico de cores, parte de uma tipologia mais ampla que incluía fisionomia, cabelo, tipo de corpo, medida craniana e outros atributos pseudocientíficos. Em suas formulações mais cruas, quanto “mais negra” fosse a pele, menos humano seria o sujeito, e enquanto nenhuma pele humana é cromaticamente preta, todas as cores de pele variam do albino não pigmentado (encontrado em muitos países) aos tons mais escuros do marrom-púrpura. Porém, no discurso colonialista europeu e americano, incluindo seus diversos componentes fetichistas, existe uma relação complexa e muitas vezes contraditória de erotismo com cor de pele, cujas contradições são ilustradas de forma vívida na figura icônica da vahiné polinésia. Paul Gauguin pode ser visto como uma figura exemplar desse tipo de fantasia racial, mas de nenhuma forma ele foi seu criador — foi apenas seu herdeiro. No entanto, ao analisar de perto os discursos estéticos e raciais em torno da figura da vahiné, nós podemos compreender melhor as interrelações de fetichismo, racismo e desejo colonial no imaginaire erótico do colonialismo francês.
Mediação: Isabella Rjeille, curadora, MASP
16H30-18H
HEATHER WALDROUP
A reapropriação de Gauguin: histórias materiais e o Pacífico contemporâneo
Em um artigo publicado em 2018, com base nos estudos históricos de Greg Dening sobre o Pacífico, Waldroup sugere que pensemos sobre Gauguin como mais uma espécie de carga europeia que foi lançada a uma praia do Pacífico: estranha e não necessariamente desejada, no passado ou no presente. As considerações do autor sobre “Gauguin como uma carga” toma como base estudos de cultura material que nos convidam a considerar as propriedades físicas de um objeto, bem como o poder dos objetos de servirem como registros documentais de encontros passados. Esta apresentação dará continuidade ao diálogo sobre Gauguin no Pacífico, como uma figura histórica e contemporânea, assim como analisará respostas ao olhar colonial por parte de artistas contemporâneos da região do Pacífico e de fora dela. Ao examinar com maior profundidade as relações entre as imagens criadas por Gauguin, os legados duradouros do colonialismo e as respostas a essas histórias por artistas contemporâneos do Pacífico, Waldroup desloca o diálogo sobre Gauguin para o presente e o particular, para pensar nas obras do artista como artefatos — embora não confiáveis — dos encontros entre europeus e indígenas.
CAROLINE VERCOE
“Eu sou o meu outro: eu sou eu mesmo”: encontros com Gauguin na Polinésia
Esta apresentação explora as formas pelas quais a arte, a vida e o legado de Gauguin têm se refletido na obra de artistas contemporâneos do Pacífico. Ele surge não apenas como uma figura de destaque da arte moderna, mas também da história colonial do Pacífico. Ao lado de ícones como James Cook e Robert Louis Stevenson, que também morreram e foram enterrados na Polinésia, Gauguin inspirou representações literárias e cinematográficas. Da mesma forma como ele passou a simbolizar aspectos particulares para teóricos culturais e feministas, artistas do Pacífico desenvolveram preocupações relacionadas a políticas identitárias e de gênero, bem como ao colonialismo e à crítica pós-colonial, tudo se amalgamando em torno da figura de Gauguin. Além de questionarem os estados binários de inocência e experiência, do eu e do outro, e lidarem com estereótipos coloniais do nobre selvagem e da donzela morena, os artistas do Pacífico tiveram no binômio primitivo versus civilizado ricos pontos de partida em sua obra.
TAMAR GARB
Exotismo, erotismo, extrativismo: o “eu” de Gauguin como imagem e origem
Com foco em Autorretrato com Manau tu Papau (1892-93), entre outras obras de Gauguin, Garb irá refletir sobre autoconstrução e autoilusão em seu esboço pictórico dos trópicos. A leitura crítica da relação de Gauguin com o Taiti se modificou, da suspeita à reverência, da canonização ao desprezo. Um mestre modernista reconhecido, cuja automitificação conduziu à criação de uma nova forma de representação, ele também se tornou o garoto-propaganda do extrativismo e da exploração do exótico. Agora, ele é percebido como um pedófilo primitivista, como um monstro do movimento Me Too antes que este existisse, ou, ainda, como um reverenciado europeu suplicante à promessa e ao potencial de um paraíso tropical. É interessante perceber que suas pinturas experimentais e sua autoconstrução se tornaram um recurso utilizado por artistas contemporâneos, de Kehinde Wiley a Guy Tillim, Peter Doig e Michael Armitage. Isso é coisa de homem? Gauguin pode ser reconstituído para o mundo da arte contemporânea global? Seu olho/eu dão origem a um modo de ver que ainda é produtivo? Se é assim, a que preço e para quem?
Mediação: Fernando Oliva, curador, MASP
ABIGAIL SOLOMON-GODEAU
Abigail Solomon-Godeau é professora emérita do Departamento de História da Arte da University of California, Santa Barbara, e vive e trabalha em Paris. É autora das obras Photography at the Dock: Essays on Photographic Histories, Institutions, and Practices (1992); Male Trouble: A Crisis in Representation (1997); Chair à canons: photographie, discours, féminisme (2015); Photography After Photography: Gender, Genre and History (2017); de monografias sobre a artista australiana Rosemary Laing (2011) e sobre a artista austríaca Birgit Jurgenssen (em coautoria com Gabriele Schor, 2013). Seus ensaios sobre fotografia, artes visuais dos séculos 18 e 19, feminismo e arte contemporânea têm sido amplamente traduzidos e integrados a antologias.
CAROLINE VERCOE
Caroline Vercoe é senior lecturer em História da Arte na University of Auckland, Nova Zelândia. Ela é a primeira mulher originária da região do Pacífico a obter o grau de Ph.D. em História da Arte pela Universidade de Auckland. É especialista em arte do Pacífico e artes performáticas contemporâneas, com interesse especial em questões de raça, gênero e representação, e tem ensinado, realizado curadorias e pesquisado nessas áreas há mais de vinte anos. Publicou textos em periódicos acadêmicos, bem como em muitas publicações, incluindo In Pursuit of Venus (2015), Gauguin in Polynesia (2012), Pacific Art Niu Sila (2002), Oxford Bibliographies (2013), e One Day Sculpture (2009).
IRINA STOTLAND
Irina Stotland recebeu seu doutorado em História da Arte pela Bryn Mawr College, Bryn Mawr, Pensilvânia, Estados Unidos. Especializada em arte francesa do século 19, seus interesses de pesquisa incluem pós-impressionismo e autorretrato. Sua pesquisa sobre os autorretratos de Paul Gauguin foi publicada em Gauguin’s Challenge. New Perspectives After Postmodernism (editado por Norma Broude, 2018). Atualmente, ela leciona na Montgomery College LLI, Rockville, Maryland, Estados Unidos, e realiza palestras em vários museus e organizações educacionais.
FERNANDO OLIVA
Fernando Oliva é curador do MASP, onde participou das exposições e da edição dos catálogos de Degas: dança, política e sociedade (2021); Tarsila popular (2019); Rubem Valentim: construções afro-atlânticas (2018); Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência (2018) e Histórias da infância (2015), entre outros projetos.
HEATHER WALDROUP
Heather Waldroup é diretora associada da Honors College e professora de História da Arte na Appalachian State University em Boone, Carolina do Norte, Estados Unidos. Suas pesquisas sobre Gauguin foram publicadas no Journeys: The International Journal of Travel and Travel Writing, no International Journal of Heritage Studies e em Gauguin’s Challenge: New Perspectives after Postmodernism (2018). Trabalhou como palestrante cultural, com foco em Gauguin, no navio de cruzeiro Aranui III, e foi consultora inicial da exposição que se tornou Gauguin and Polynesia: An Elusive Paradise [Gauguin e a Polinésia: um paraíso enganoso] (2012). Suas pesquisas na área de fotografia foram publicadas em Photographies, Journal of Pacific History, Modernism/Modernity, History of Photography, Photography and Culture, Shifting Focus: Colonial Australian Photography 1850–1920 (2015) e em outros lugares. Ela também foi curadora de exposições fotográficas e de arte do Pacífico.
LINDA GODDARD
Linda Goddard é professora de História da Arte na University of St. Andrews, Escócia. É autora de dois livros: Aesthetic Rivalries: Word and Image in France, 1880-1926 (Peter Lang, 2012) e Savage Tales: The Writings of Paul Gauguin (Yale University Press, 2019), assim como de vários ensaios sobre as relações entre arte e literatura na França, no final do século 19 e início do século 20. Editou um número especial do periódico Word & Image on Artists’ Writings, 1850–present (2012), e seus ensaios sobre Gauguin apareceram em catálogos de exposições, incluindo Gauguin: Maker of Myths [Gauguin: criador de mitos] (2010) e Gauguin: Portraits [Gauguin: retratos] (2019).
NORMA BROUDE
Norma Broude é professora emérita de História da Arte na American University em Washington, DC. Pioneira nos estudos feministas e especialista em pintura francesa e italiana do século 19, Broude é conhecida por suas reavaliações críticas do impressionismo e das obras de Degas, Caillebotte, Cassatt, Seurat e do grupo italiano Macchiaioli. Seus livros mais paradigmáticos são World Impressionism: The International Movement 1860–1920 (Harry N. Abrams, 1990) e, mais recentemente, Gauguin’s Challenge: New Perspectives after Post Modernism (Bloomsbury, 2018).
STEPHEN EISENMAN
Stephen F. Eisenman é professor emérito de História da Arte da Northwestern University, Evanston, Illinois, Estados Unidos, e autor de Gauguin’s Skirt (Thames and Hudson, 1997), The Abu Ghraib Effect (Reaktion, 2007), The Cry of Nature: Art and the Making of Animal Rights (Reaktion, 2015), William Blake and the Age of Aquarius (Princeton, 2017) e outros livros. É também cofundador da organização sem fins lucrativos de justiça ambiental Anthropocene Alliance. Atualmente, Eisenman e a artista Sue Coe preparam para publicação a segunda parte de sua série American Fascism Now, para a Rotland Press.
TAMAR GARB
Tamar Garb é professora Durning Lawrence do Departamento de História da Arte da University College London (UCL), Reino Unido. Ela se formou em 1978 na Michaelis School of Fine Art da Universidade da Cidade do Cabo, África do Sul, com o grau Bachelor of Arts (BA). Em 1980, concluiu o mestrado em Educação Artística pelo Instituto de Educação da University of London e, em 1982, concluiu o mestrado em História da Arte pelo Courtauld Institute of Art. Enquanto trabalhava em tempo parcial nos ensinos secundário e superior, ela concluiu seu doutorado no Courtauld Institute, cujo grau Ph.D. lhe foi concedido em 1991. Em 1988, Garb foi nomeada lecturer no Courtauld Institute; o mesmo ocorreu em 1999, na UCL. Em 1995, ela foi promovida a reader e, em 2001, a professora.