Por Eugênia Gorini Esmeraldo
Dom Pedro de Alcântara nasceu no paço de São Cristóvão, no Rio de Janeiro, em 1825. Assumiu o trono em 7 de abril de 1831, com a abdicação do pai. Devido a sua pouca idade, o país passou por um período de Regência.
Problemas políticos apressaram sua posse para 18 de julho de 1840, tendo governado até a proclamação da República em 1889. Exilado na Europa, morre em Paris em 1891. Na obra
Dom Pedro II, o imperador do Brasil é representado de corpo inteiro, em traje de gala, com o chapéu bicórneo na mão esquerda e olhando diretamente para o espectador. O traje tem ombreiras típicas de marechal-de-campo e a casaca
rebordada de ouro, quase como uma armadura, como observa Serafina Borges do Amaral. A mão direita colocada na cintura dá um ar de altivez à figura. O ambiente que o rodeia é de um gabinete com mesa de trabalho,
livros e um globo terrestre, onde sobressaem algumas obras de arte nas paredes e um busto sobre uma coluna, alusivos aos interesses humanistas e culturais do retratado. Atrás do Imperador está uma banqueta franjada,
forrada de azul, e um tapete, também azul, de barras floridas cobre o pavimento.