MASP

Lina Bo Bardi

Estudo preliminar – Esculturas praticáveis do Belvedere do Museu de Arte Trianon, 1968

  • Autor:
    Lina Bo Bardi
  • Dados biográficos:
    Roma, Itália, 1914-São Paulo, Brasil ,1992
  • Título:
    Estudo preliminar – Esculturas praticáveis do Belvedere do Museu de Arte Trianon
  • Data da obra:
    1968
  • Técnica:
    Nanquim e aquarela sobre papel
  • Dimensões:
    56,3 x 76,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Instituto Lina Bo e P.M. Bardi, 2006
  • Designação:
    Desenho
  • Número de inventário:
    MASP.04442
  • Créditos da fotografia:
    MASP

TEXTOS


Por Guilherme Giufrida
Depois de formar-se em arquitetura em Roma, Lina Bo Bardi mudou-se para o Brasil para participar na fundação do MASP, em 1947, com o marido Pietro Maria Bardi (1900-1999). Projetou as instalações do museu em sua antiga sede, na rua 7 de Abril, além de atuar como curadora, designer e editora. Em 1957, iniciou o projeto da sede do MASP na avenida Paulista, inaugurada em 1968. Paralelamente, Bo Bardi desenvolveu desde muito jovem desenhos e aquarelas, prática que aprendeu inicialmente com seu pai Enrico Bo, próximo do artista Giorgio de Chirico. Em aquarelas, nanquins, colagens e esboços de projetos arquitetônicos, explicitou seu processo de conhecimento e desejos para o uso e fruição dos espaços. Em Estudo preliminar—Esculturas praticáveis do belvedere Museu Arte Trianon apresenta suas ideias para o térreo do edifício–depois apelidado de “vão livre”: uma praça pública aberta, interface entre o museu e a cidade. A aquarela de grandes dimensões foi realizada meses antes da inauguração do MASP e trata-se da principal representação em desenho do projeto final construído, depois de sucessivas alterações durante a obra. Bo Bardi produziu uma perspectiva do belvedere exagerando a sua escala, ressaltando os canteiros de flores, os espelhos d’água, a mata do parque Trianon ao fundo, com muitos brinquedos, esculturas e pessoas alegres desfrutando do espaço—como numa praça de interior envolvida pelo edifício modernista. Curiosamente, a arquiteta detalha o revestimento do piso com paralelepípedos usados nas ruas de São Paulo naquela época e parasitados pelo mato, algo que sobrevive até hoje.

— Guilherme Giufrida, curador assistente, MASP, 2022



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