MASP

João Baptista da Costa

Igrejinha no morro, Circa 1903

  • Autor:
    João Baptista da Costa
  • Dados biográficos:
    Itaguaí, Rio de Janeiro, Brasil, 1865 - Rio de Janeiro, Brasil, 1926
  • Título:
    Igrejinha no morro
  • Data da obra:
    Circa 1903
  • Técnica:
    Óleo sobre tela
  • Dimensões:
    40,5 x 66,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Valentim Bouças, 1954
  • Designação:
    Pintura
  • Número de inventário:
    MASP.00303
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega

TEXTOS



Durante seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes, João Baptista da Costa entrou em contato com a pintura realista e passou a fazer representações da paisagem brasileira. Sua produção destacava-se pela utilização de jogos cromáticos, buscando reproduzir as condições luminosas observadas na cena, como vemos em Igrejinha no morro, uma vista da Igrejinha de Copacabana iluminada pelo pôr do sol. A construção foi demolida em 1918, deu nome à praia onde estava localizada e foi amplamente registrada por fotógrafos, como Marc ferrez (1843-1923) e Augusto Malta (1864- 1957), que acompanhavam as mudanças urbanas do Rio de Janeiro na passagem do século 19 para o 20. O local já havia sido interpretado por Baptista da Costa anteriormente e ganha contornos singulares graças ao protagonismo dado aos efeitos atmosféricos gerados pela luz. A vegetação à frente é definida por múltiplas nuances de verde que vão escurecendo ao centro do quadro. No céu ao fundo, nuvens em tons arroxeados alongadas horizontalmente indicam a transição do dia para a noite. As incidências luminosas deste momento tornam difusos os contornos do conjunto de morros, do mar e da igreja. A atenção às diferentes recepções de luz entre planos reforça o papel da observação direta na composição da cena e fornece, junto às fotografias, um registro momentâneo de uma paisagem que deixou de existir.

— Laura Sapucaia, estagiaria da curadoria, 2023



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