MASP

Ibã Huni Kuin | Acelino Huni Kuin | Movimento dos artistas Huni Kuin (MAHKU)

Sem título, 2020

  • Autor:
    Ibã Huni Kuin | Acelino Huni Kuin | Movimento dos artistas Huni Kuin (MAHKU)
  • Dados biográficos:
    Aldeia Chico Curumim, Jordão, Acre, Brasil, 1964| Aldeia Bom Jesus, Jordão, Acre, Brasil, 1975| Terra Indígena, Kaxinawá do Rio Jordão, Acre, Brasil, 2013
  • Título:
    Sem título
  • Data da obra:
    2020
  • Técnica:
    Tinta de caneta hidrográfica e guache sobre papel
  • Dimensões:
    30 x 42 cm
  • Aquisição:
    Obra comissionada, no contexto da exposição Histórias da dança, 2020-21
  • Designação:
    Desenho
  • Número de inventário:
    MASP.11039
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega

TEXTOS



Ibã Huni Kuin, artista, mestre espiritual e liderança indígena do Acre, é especialista e estudioso dos cantos do povo Huni Kuin, com um extenso trabalho de pesquisa, transcrição e difusão dessa fonte de conhecimento ancestral. Além de sua atuação como professor, Ibã também idealizou o Movimento dos Artistas Huni Kuin (MAHKU), coletivo que, com os seus desenhos, murais e pinturas, traduz em imagens os cantos e as mirações que eles invocam no contexto de diferentes rituais. Pela importância dessa iniciativa no sentido de registrar e manter viva a oralidade e a cultura imaterial do povo Huni Kuin, MAHKU foi comissionado a realizar obras inéditas para a exposição Histórias da dança. Os trabalhos retratam diferentes momentos da festa dos legumes, desde o preparo até a invocação dançada dos diferentes espíritos vegetais no momento de plantar ou de colher. A profusão de adornos e pinturas corporais dos participantes já indicam a solenidade e importância dessa cerimônia. A sua dimensão coletiva é evocada pela disposição circular dos indivíduos, e pela coordenação de seus gestos em reverência a essas diferentes entidades representadas pelos legumes geralmente posicionados no centro dos desenhos. Os grafismos geométricos que paramentam os corpos parecem espelhar o zigue-zague formado pelas figuras em posturas corporais que alternam braços e pernas dobrados, insuflando um ritmo dinâmico à essas imagens aparentemente estáticas, além de constituírem uma reminiscência visual da cadência e da pulsação dos cantos que as originaram.

— Olivia Ardui, curadora assistente, MASP, 2020

Fonte: Instagram @masp 29.11.2020



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