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Cidades Invisíveis

13.6 - 7.12.2014

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As cidades do mundo pela lente de renomados

fotógrafos do país dos anos 30 até os dias de hoje

 

O MASP abre na próxima sexta-feira, 13 de junho, um inédito recorte curatorial sobre a coleção de fotos do museu em mostra com 70 obras de 50 dos principais fotógrafos brasileiros nos últimos 80 anos. Em Cidades invisíveis, com curadoria de Teixeira Coelho, a maioria dos trabalhos pertence à coleção Pirelli MASP – o mais completo painel da arte fotográfica no país, com mais 1100 obras reunidas em 19 edições, de 1991 e 2012. Foram selecionadas obras de artistas como Thomas Farkas, Pierre Verger, Geraldo de Barros, Odires Mlászho, Miguel Rio Branco, João Musa, Cassio Vasconcelos, Bob Wolfenson e Ricardo Barcelos.

 

O título da mostra, que será apresentada no Mezanino do 1º Subsolo, é uma citação à obra homônima de Italo Calvino, fato sobre o qual o curador aqui escreve:

CIDADES INVISÍVEIS nas fotos da Coleção Pirelli MASP

 

Cidades são sempre invisíveis – quase todas as cidades. Por isso, e para se colocarem ao alcance das pessoas, precisam ser reduzidas a um símbolo: a parte pelo todo, como o MASP para designar São Paulo (antes foi o prédio Martinelli ou o do Banco do Estado), a Torre Eiffel no lugar de Paris, o Empire State Building para Nova York, o Parlamento em Londres...

 

E as cidades são tão mais invisíveis quanto maiores forem: dentro de uma grande cidade, cada um vive numa área delimitada, bem menor que o todo, sem por vezes jamais conhecer nem mesmo zonas adjacentes. A maior parte dos parisienses jamais pisou no Museu do Louvre, no entanto situado bem no centro e no coração (físico e emocional) da cidade.

 

Aristóteles definiu a cidade como o conjunto das edificações e seus ocupantes que podia ser visto do ponto mais alto dessa mesma cidade, um metro que, quando aplicado, apontava para uma pequena aglomeração de claros limites. Aristóteles não podia prever a existência de edifícios com centenas de andares – que, no entanto, não servem para comprovar a atualidade de seu conceito: quem sobe ao ponto mais alto da altíssima torre da prefeitura de Tóquio, assinada pelo arquiteto Kenzo Tange, abarca com a vista, num dia sem poluição, uma enorme superfície de terra construída. Mas o que vê, dessa altura, é nada mais do que minúsculos pontos da retícula urbana, sem qualquer semelhança com uma cidade.

 

As cidades são invisíveis, portanto. No todo e em suas partes, por menores que sejam. As cidades são, de fato, construções mentais que não encontram rebatimento no plano da realidade. Sendo a única realidade do ser humano (as pessoas vivem em cidades, não em Estados ou Países,  meras ficções político-administrativas), não são realidade suficiente. Imagina-se uma cidade mais do que se conhece uma cidade. Mesmo a própria. Esse, o ponto de partida para a esta mostra, com apoio adicional no livro (mais poético que outra coisa), de Italo Calvino sob o mesmo título: Cidades invisíveis.

 

O paradoxo é bem este: as cidades são visíveis – e tanto que foram fotografadas — e ao mesmo tempo, invisíveis ao olho cotidiano. De fato, é preciso quase sempre que uma imagem revele a alguém aquilo que essa pessoa poderia ver por si mesma e que ela de fato já viu, que ela já “conhece”. O homem contemporâneo vê muito mais por meio da lente de uma câmara fotográfica ou cinematográfica ou, cada vez mais comum, pela lente da câmara embutida no celular. Não é exagero dizer que, em situações comuns, o homem contemporâneo só vê, só enxerga, depois, quando examina a foto de um lugar ou de algo que “viu” ao vivo no passado.  Hoje, é a objetiva de uma câmara que o ensina a ver. (Com a diferença, agravante para o problema do conhecimento pela imagem, de que quanto mais amplia a imagem disponível, quase sempre menos vê e menos entende, como no emblemático filme Blow up de Antonioni...).

 

A exposição Cidades invisíveis se fez com fotografias (da coleção Pirelli MASP) e não com pinturas, por exemplo, antes de mais nada porque as fotos são consideradas, quase sempre por equívoco, como objetivas ou “mais objetivas”, quer dizer, como mais capazes de mostrar a realidade como a realidade é; ou como menos aptas a mentir...  As fotos deveriam registrar a realidade tal qual. Não o fazem, por certo, porque não são objetivas: é o que se revela aqui. O mais provável é que aumentem a incerteza e a complexidade da realidade registrada. Com a dignidade especial de toda imagem, na expressão de Italo Calvino, a fotografia revela e oculta aquilo que mostra, por vezes aumentando o valor do que registra, por vezes diminuindo-o – mas sempre com a dignidade especial de cada linguagem, a pintura com a sua, a fotografia com a própria.

 

A dignidade das fotos aqui mostradas contesta com frequência a dignidade das fotos jornalísticas. Há, naquelas aqui expostas, um algo a mais que, ao revelar seu objeto (torná-lo visível), oculta-o novamente (vela-o, tornando-o de novo ainda mais invisível). Estas fotos foram aqui agrupadas com um critério flexível: inútil, de resto, impor uma categorização demasiado rígida às obras de arte. Em seu livro, Italo Calvino trata de suas cidades-personagens conforme uma série de traços que nelas vê: a memória, o desejo, os sinais e signos, o comércio, os nomes, os céus, os mortos, os nomes... Pode fazê-lo: a literatura é livre, livre da coação da realidade, muito mais livre e vasta do que a fotografia ou qualquer outra imagem: não há como competir com a literatura e a imaginação de um escritor, constatação que revela a fragilidade da proposta segundo a qual uma boa imagem vale mil palavras. Nunca valerá, a palavra vai sempre além – ou vai para outros lugares ao lado, acima e abaixo da imagem. A liberdade literária de Italo Calvino não pôde portanto ser usada como guia para esta exposição,  a não ser de modo limitado e sob alguns aspectos. A disposição das obras pelas salas não ostentará os grupos subentendidos: numa exposição ao redor da invisibilidade, cabe ao observador construir sua própria imagem daquilo que vê nas imagens...

 

                                                                              * * *

 

A exposição inclui fotos feitas entre 1933 e a atualidade, de autoria de 50 dos mais destacados nomes incluídos na Coleção Pirelli MASP – entre eles Cláudia Andujar, Geraldo de Barros, Gautherot, José Medeiros, Miguel Rio Branco, Thomas Farkas, Pierre Verger,  German Lorca – tendo por objeto mais de 20 cidades do Brasil e do mundo. 

 

                                                                                              Teixeira Coelho, maio 2014 

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