Aula 1 – 9.9.2021
O popular, um objeto moderno?
A aula visa discutir como a arte popular torna-se central para um pensamento sobre a arte moderna no Brasil, fazendo parte do movimento de institucionalização do moderno em museus, exposições e publicações nos anos 1940 e 1950.
Aula 2 – 16.9.2021
Artistas populares, algumas trajetórias de autogenciamento. José Antonio da Silva, Heitor dos Prazeres, Conceição dos Bugres e Véio
Nesta aula, o exame de algumas trajetórias de artistas populares tem como objetivo refletir sobre os modos de inserção da produção dos artistas nos discursos e práticas do campo da arte brasileira, debatendo as formas de autoagenciamento de suas produções, com a criação de museus, espaços de sociabilidade, além de redes de apoio e de produção.
Aula 3 – 23.9.2021
Popular? Questão contemporânea
Como entender a produção popular é tema central de alguns textos da década de 1980. Profissionais de diversas áreas – dentre eles Lina Bo Bardi, Marilena Chauí e Nestor Canclini – vão se dedicar a considerar a origem do termo e suas articulações com as noções de moderno e erudito. A qualificação diversa dessas relações é o tema desta aula, que tem o objetivo de perceber nuances e semelhanças.
Aula 4 – 30.9.2021
Expor o popular
Revendo algumas exposições entre 1950 e 1970, como a do Museu de Arte Popular do Recife (1955) e Repassos (MASP, 1976), esta aula pretende discutir o agenciamento de diferentes noções de arte popular no espaço. O que implica, nesses exemplos, expor arte popular e que estatuto ela tem em cada um deles? Como esses trabalhos se articulam com um vocabulário de suportes modernos? Quais impactos e influências sofrem o espaço e o mobiliário de exposições modernas ao buscar maneiras de expor e criar narrativas para essas obras?
Fernanda Pitta é curadora sênior na Pinacoteca do Estado de São Paulo e professora de história da arte na pós-graduação da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). É doutora em história da arte pela USP. Foi Bolsista FAPESP (1996-1999 e 2009-2013), do International Engagement Program da AAMC e AAMC Foundation (2016-2018), fellow no Clark Art Institute (Verão 2017) e pesquisadora visitante na Fakultet for kunst, musikk og design, Bergen, Noruega (2019). Organizou, com Marisa Baldassare, o encontro Art history across the Americas, no The Clark Art Institute (2019). Editou, entre outros, Trabalho de artista: imagem e autoimagem (1829-1929), e Somos muit+s: experimentos sobre coletividade. Atualmente, além de colaborar com Naine Terena na itinerância na exposição Véxôa: nós sabemos, faz a curadoria de Alvim Correa: ninguém teria acreditado, e de John Graz: idílio tropical e moderno, a ser inaugurada na Estação Pinacoteca. Faz parte da equipe organizadora do seminário 1922: modernismos em debate.
Yuri Quevedo é mestre em história da arte pela FAU USP e professor na Escola da Cidade, onde integra o Grupo de Estudos do Popular na Arte e na Arquitetura. Foi curador assistente na reformulação da exposição de longa-duração da Pinacoteca de São Paulo. Integrou a equipe de pesquisa e curadoria da X Bienal de Arquitetura de São Paulo. Atualmente, participa de dois projetos de pesquisa: sobre a coleção de azulejaria do Sesc São Paulo e sobre o Grupo Ruptura.