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Felipe Martinez
Iniciando as discussões e reflexões do ciclo de Histórias da dança este curso apresenta um panorama da história da arte ocidental tendo como fio condutor a representação do corpo e do movimento nas obras do acervo do MASP. Ao longo das aulas, serão abordadas diferentes períodos e estilos, como o Renascimento, o Barroco e o século 19. Partindo da importância do corpo na arte da tradição e na arte moderna, será visto como elementos de dinâmica e ritmo evidenciam a percepção criativa de cada época e como pinturas e esculturas revelam vestígios do corpo de seus criadores.
Para os artistas ligados ao classicismo, movimento e ritmo são pensados dentro de uma regra de composição rígida, que tem o desenho como base; para parte dos artistas modernos se impõe a gestualidade do ato criativo, deixando marcas da intenção expressiva do artista. No primeiro caso, pode ser citada a obra Himeneu travestido assistindo uma dança em homenagem a Príapo, 1634-1638, de Nicolas Poussin no acervo do MASP, na qual o ritmo e a dança obedecem a regras fixas de composição. Já no segundo caso, pode ser citada A grande árvore, 1942, de Chaïm Soutine, que traz o impulso do gesto do artista como elemento de autoexpressão. Além desses exemplos, o curso tratará de nomes como Degas, Toulouse-Lautrec, Modigliani, Van Gogh e Picasso, mostrando como corpo, dinâmica e ritmo surgem de modos distintos ao longo da história da arte. A última aula do curso será realizada no Acervo em transformação, quando serão vistas as obras dos artistas estudados.
Aula 1 – 10.2.2020
Apresentação do curso: como podemos ver o movimento nas obras de arte? O corpo como elemento chave na tradição da arte ocidental e sua ligação com a arte clássica. Destaque para a obra de Pietro Perugino e Nicolas Poussin.
Aula 2 – 11.2.2020
Representação do corpo e do movimento: um panorama do Barroco à modernidade. Nesta aula, será visto como o corpo é um elemento estético e político nas manifestações da arte dos séculos 18 e 19. Destaque para a obra de Jean-Honoré Fragonard, Ingres e Edouard Manet.
Aula 3 – 12.2.2020
A importância do corpo na arte moderna. Neste encontro, será visto como o corpo é central para as poéticas de artistas do final do século 19. Destaque para Edgar Degas e Toulouse-Lautrec: artistas que têm a gestualidade como elemento incontornável de sua obra.
Aula 4 – 14.2.2020
Nesta aula, será visto que o corpo aparece na arte do século 20 como elemento de pesquisa estrutural na representação do mundo visível e como forma de autoexpressão. Destaque para as obras de Pablo Picasso, Henri Matisse, Chaïm Soutine e Amedeo Modigliani.
NÃO HAVERÁ AULA NO DIA 13.2.2020
Aula 5 – 15.2.2020 (o horário dessa aula será definido entre professor e a turma)
No último encontro, será realizada uma visita ao Acervo em Transformação, quando serão vistas obras dos artistas citados ao longo do curso.
Felipe Martinez é doutorando em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Atua como professor nos principais museus de São Paulo, como o MASP e o MAM. Defendeu dissertação de mestrado sobre os quadros de Vincent van Gogh presentes no acervo do MASP, onde também trabalhou como pesquisador, e foi pesquisador visitante do Museu Van Gogh, em Amsterdã. Participou de publicações acadêmicas sobre o período impressionista e pós-impressionista, e colabora com a revista seLecT.