Aula 1 – 10.04.2025
Encruzilhada 01 - Isaac Julien, o Coletivo Sankofa e a emergência do Cinema Negro Inglês
Neste encontro inaugural, tomando como base para “pensamento da encruzilhada” de Leda Maria Martins, vamos dar início às reflexões sobre a obra de Isaac Julien. A primeira encruzilhada do pensamento, analisa o contexto de surgimento dos primeiros trabalhos de Julien junto ao Coletivo Sankofa. Fundado em Londres em 1983 por Isaac Julien, Nadine Marsh-Edwards, Martina Attille, Maureen Blackwood e Robert Crusz, o Sankofa Film and Video Collective buscou expressar as complexidades da identidade negra britânica em uma era de intensos conflitos sociais e raciais O Sankofa produziu uma gama variada de obras tendo como traço comum o caráter esteticamente inovador e politicamente engajado. Filmes que traziam uma perspectiva crítica e urgente sobre a cultura e a história britânicas, a partir do cruzamento entre raça, gênero, sexualidade, subvertendo assim radicalmente o olhar branco e eurocêntrico.
Aula 2 – .17.04.2025
Encruzilhada 02 - Isaac Julien, rebelde de alma
Neste encontro vamos abordar as encruzilhadas entre raça e sexualidade nos primeiros filmes de Julien, tomando como referência os filmes Looking for Langston (1989) e Young Soul Rebels (1991).
Aula 3 – 24.04.2025
Encruzilhada 03 - Expandindo fronteiras de territórios e salas de cinema
Neste encontro abordaremos a expansão dos trabalhos de Julien para as galerias de arte e os diálogos com outros territórios, mais especificamente os caminhos que entrecruzam o trabalho do artista com Caribe e com África, com ênfase nos filmes Frantz Fanon: Black Skin White Mask (1995), Paradise Omeros (2002) e Fantôme Afrique (2006).
Aula 4 – 08.05.2025
Encruzilhada 04 - Maravilhosos emaranhados, um olhar sobre obras recentes de Isaac Julien
Neste último encontro, vamos refletir sobre memória, arquivo e fabulação crítica a partir de três trabalhos contemporâneos de Julien, as instalações/filmes Lina Bo Bardi, Maravilhoso Emaranhado (em cartaz no Masp), Lessons of the Hour: Frederic Douglass (2019) e Once Again... Statues Never Dies (2025)
Janaina Oliveira é pesquisadora e curadora de cinema. Professora do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e consultora da JustFilms - Fundação Ford. É doutora em História e foi Fulbright Visiting Scholar no Centro de Estudos Africanos na Universidade Howard nos EUA. Desde 2009, desenvolve pesquisas e realiza curadorias em cinema trabalhando também como consultora, júri e conferencista em vários festivais de cinema e instituições no Brasil e no exterior. Atualmente, é uma das programadoras da edição de 70 anos do Flaherty Film Seminar em Nova York e além de participar de outras iniciativas curatoriais, integra o Comitê de Seleção do BlackStar Film Festival da Filadélfia, do FESPACO - Festival Panafricano de Cinema e Televisão de Ouagadougou em Burkina Faso, assim como o conselho curatorial do Criterion Channel.