PÚBLICO GERAL
5X R$ 48
AMIGO MASP
5X R$ 40,80
*VALORES PARCELADOS NO CARTÃO DE CRÉDITO
Ao longo dos nossos encontros, iremos analisar a produção e de pintores e escultures modernistas negros e negras em diferentes regiões do Brasil. Trataremos a cada aula da circulação desses sujeitos entre instituições de arte, buscando identificar nesses espaços a reprodução de hierarquias raciais correntes na sociedade brasileira e de conhecimentos emancipatórios gestados em comunidades negras. Desse modo, discutiremos a produção de pintores negros abolicionistas ainda no século 19; a atuação de artistas que negociaram sua profissionalização no Rio de Janeiro durante o Estado Novo; as formas como pintores e escultores negros garantiram sua participação em exposições em Salvador no período democrático entre 1947 e 1964; além das estratégias criadas por mulheres negras para escapar das barreiras produzidas pelas dinâmicas excludentes de raça e gênero que se tornaram obstáculos para sua arte. Ao final, realizaremos uma atividade presencial no acervo no MASP, em que faremos, coletivamente, análises de obras dos artistas tratados ao longo do curso.
IMPORTANTE
As aulas serão ministradas online por meio de uma plataforma de ensino ao vivo. O link será compartilhado com os participantes após a inscrição. O curso é gravado e cada aula ficará disponível aos alunos durante cinco dias após a realização da mesma. Os certificados serão emitidos para aqueles que completarem 75% de presença.
Aula 1 – 24.10.2023
Arte e política em uma pretensa nação de livres
Na primeira aula, iremos tratar das obras de artistas negros atuantes entre os abolicionismos da segunda metade do século 19 e e Primeira República. As trajetórias desses sujeitos serão confrontadas às representações da população negra realizadas no mesmo período por artistas brancos, considerando seus usos políticos.
Aula 2 – 31.10.2023
Artistas negros e as instituições do Estado Novo
No nosso segundo encontro, analisaremos a presença de pintores negros nas instituições modernistas durante o Estado Novo. A partir de suas trajetórias, avaliaremos a arte do período a partir dos tensionamentos em relação à presença de debates sobre antirracismo nesses espaços.
Aula 3 – 7.11.2023
Modernismos negros nos anos da “baianidade”
Nessa aula, vamos debater a presença de artistas negros na implantação de um sistema de arte moderna em Salvador, a partir de 1947. Trataremos da relação desses artistas com instituições de estado, com o mercado de turismo e com a criação da estética da “baianidade”.
Aula 4 – 14.11.2023
Mulheres negras e os limites do modernismo
Nesse encontro, iremos tratar das trajetórias de artistas modernistas negras atuantes em diferentes regiões do país e os limites impostos em sua profissionalização por dinâmicas de gênero e raça. A partir do trabalho dessas pintoras e escultoras, analisaremos como as redes mediadas por masculinidade e branquitude foram centrais para a consolidação das coleções modernistas no Brasil.
Aula 5 – 21.11.2023
Um encontro com as obras (atividade presencial)
No nosso ultimo encontro, realizaremos uma visita ao acervo do MASP estruturada em torno de obras dos artistas modernistas negros apresentados ao longo das quatro aulas anteriores. Nessa visita, as trajetórias desses sujeitos serão postas em diálogo com a materialidade das obras e seus elementos formais
Bruno Pinheiro é mestre em Estética e História da Arte pelo Museu de Arte Contemporânea da USP e doutorando em História pela Unicamp. Realiza pesquisa sobre a circulação de pintores(as) e escultores(as) negros e negras em instituições de arte no período entre 1947 e 1964. Pesquisa financiada pela Fapesp e orientada pela profa. Dra. Silvana Rubino. Ao longo do ano de 2020 foi pesquisador visitante do Institute of Fine Arts da New York University. Tem ampla experiência de pesquisa e ensino com os temas ligados a Cultura Visual, Modernismos e Relações Raciais.