MASP

Tarsila moderna, popular e intimista

Horário
19h-22h
Duração do Módulo
15.7, 16.7, 17.7 e 18.7.2019
(4 aulas)
Investimento

5 x R$76,00*
Amigo MASP
5 x R$ 64,60*
*valores parcelados em cartão de crédito

Coordenação

Carlos Eduardo Riccioppo

O curso propõe tratar da obra de Tarsila do Amaral a partir de quatro grandes questões que a acompanharam tanto em seu momento de constituição quanto em seu processo de institucionalização como espécie de “patrimônio” artístico nacional. Nessa trajetória, chama a atenção a definição de um modernismo “à brasileira” frente à arte moderna internacional e às experiências de arte no país na primeira metade do século 20. A questões tratadas são as seguintes: 1. a mobilização de um sentido de selvageria na formulação que essa obra produz de um imaginário moderno brasileiro; 2. os diversos sentidos de “popular” em que ela tocou, e aqueles que foram posteriormente manejados na formação de uma “história da arte brasileira”; 3. os usualmente negligenciados intimismo e pulso decorativo na produção de imagens absortas e oníricas e a carga transformadora que carregavam para a imaginação de um lugar para a arte no país a partir da década de 1920; 4. os limites da vontade de intervenção pública que possuiu e experimentou no contexto brasileiro da primeira metade do século 20.

Planos de aulas

Aula 1 – 15.07.2019
Revisando a selvageria de um imaginário moderno brasileiro há muito docilizado como “patrimônio nacional”: 

1. A Negra, de Tarsila, revisitada por Carmela Gross; 2. Tarsila e sua aproximação a Fernand Léger: os empréstimos e as torções da artista à tradição européia, ou, um sentido específico de “projeto moderno” em arte em um país marcado pela herança colonial e pela dependência cultural; 3. A Negra, de Tarsila, diante da Moema, de Victor Meireles e do Caipira picando fumo, de Almeida Júnior.

Aula 2 –  16.07.2019
Os diversos sentidos de “popular” na obra de Tarsila: 

1. questões de gosto e modernidade nos primeiros anos da década de 20 na obra da artista; 2. Tarsila e a imaginação de uma cidade moderna no país; 3. feiras, palmeiras, flores e paisagens rurais na obra de Tarsila: a ideia de “redescoberta do Brasil” e a definição dos termos de um projeto moderno de intervenção cultural no campo das artes e da literatura do “Pau Brasil” à “Antropofagia”.

Aula 3 – 17.07.2019
A virada intimista da obra de Tarsila no final da década de 1920: 

1. os pressupostos que levaram a obra da artista a abandonar as imagens deliberadamente dispostas à descrição da cidade moderna, para concentrar-se em paisagens imaginárias, oníricas; 2. os sentidos de lenda, sonho, absorção e contemplação que a obra da artista adquire naquele momento e seu tangenciamento a um tipo específico de decorativismo.

Aula 4 – 18.07.2019
A pintura Operários, de 1933, como o ponto alto mas limite da vontade de intervenção pública da obra de Tarsila: 

1. a escala mural e o significado nacional que aderiram à obra da artista; 2. breve revisão bibliográfica da crítica produzida sobre a artista; 3. visita à exposição Tarsila popular.

Coordenação

Carlos Eduardo Riccioppo foi professor de história da arte no Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo (USP) e é professor da Escola Britânica de Artes Criativas (EBAC). Realizou as exposições Leonilson – desenhos (2008, Centro Universitário o Maria Antonia), Fim da primeira parte (2011, Galeria Vermelho), em São Paulo, e Gelo para festas (2017, Sesc, Sorocaba-SP). Compôs os grupos de crítica do Centro Cultural São Paulo, do Centro Universitário Maria Antonia e do Paço das Artes. Autor dos livros Gerais (FUNARTE; Aurora Edições, 2016) e Bruno Dunley (APC, 2017).

Conferencistas