MASP

Mulheres no plural: histórias e ativismos

16.3 | sáb | 10h-18h | Atividade gratuita

O primeiro MASP Professores de 2019, “Mulheres no plural: histórias e ativismos”, tem como tema as diferentes frentes de atuação das mulheres em lutas políticas e suas respectivas inscrições nos domínios do universo acadêmico e intelectual. A primeira parte do encontro discutirá o desenvolvimento de diferentes correntes da teoria e da ação feminista, a partir de experiências que se debruçam sobre questões de raça, sexualidade e identidade de gênero. Já a conferência da tarde tratará da diferença entre os campos de histórias das mulheres e histórias feministas. Com a atividade, espera-se introduzir noções e apontar caminhos para a abordagem dos assuntos em sala de aula.

Cronograma do encontro
10h às 12h30: palestras matinais
12h30 às 14h: horário de almoço
14h às 15h45: conferência
15h45 às 16h15: café e confraternização
16h15 às 18h: horário de livre visitação das exposições
*Todxs xs participantes ganharão ingresso gratuito para visitar as exposições do museu até o final do dia.

Público: professorxs, educadorxs e interessados em geral
Atividade gratuita


Convidados

Palestras da manhã: Jaqueline Conceição e Adelaide M. de Estorvo, com mediação de Sara Siqueira
Conferência: Carla Cristina Garcia, com mediação de Hailey Kaas


PROGRAMA

10h às 12h30
 
Da recuperação da memória transvestigenere desobediente
Nesta palestra em forma de conversa, pretende-se partilhar instrumentos para a recuperação de memórias condenadas ao esquecimento, e sobretudo, para pensar a memória como instrumento para o cuidado de si e para a ação coletiva. Vamos fazer um passeio pela memória – transvestigenere – desobediente, entrever fragmentos de uma história da desobediência de gênero no Brasil, refletir e inventar afecções possíveis dessa recuperação no processo de ensino-aprendizagem.
 
Adelaide M. de Estorvo é ativista, educadora e pesquisadora nas áreas de História e Antropologia
  
Negra: substantivo feminino, imperativo feminista
Através do relato de sua própria experiência e trajetória como militante e feminista, a palestrante propõe à plateia uma reflexão sobre a história do feminismo negro no Brasil, e os processos de organização e desenvolvimento de luta das mulheres negras na contemporaneidade, em diferentes espaços políticos, dentre eles o campo educacional e pedagógico.
 
Jaqueline Conceição da Silva é pedagoga, antropóloga e psicanalista
 
Com mediação de Sara Siqueira, professora de educação infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e militante da Marcha Mundial das Mulheres 
 
14h às 15h45

Fronteiras do feminismo: teorias e práticas latino-americanas 
Na conferência, trataremos dos desafios que os feminismos enfrentam no século 21 em suas dimensões globais, desafios que requerem o reconhecimento das diversidades culturais das mulheres. Sendo ainda central a luta pela igualdade de direitos civis, questão passa por identificar e superar heranças coloniais que criam obstáculos aos avanços das teorias e das práticas feministas contemporâneas. A partir de uma perspectiva transdisciplinar, discutiremos trabalhos que marcaram um giro nos debates sobre as teorias de gênero em nível internacional, ao questionar visões etnocêntricas que não consideravam a articulação entre gênero, raça e identidades culturais, nem os estreitos vínculos entre racismo e ideologias patriarcais.
 
Carla Cristina Garcia é antropóloga e pesquisadora da condição da mulher
Com mediação de Hailey Kaas.

Vídeos

Participantes

Adelaide Maria de Estorvo Alencar da Silva é bacharela e licenciada em História pela Universidade Estadual Paulista (Unesp, 2014), atualmente é mestranda em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Atua desde 2010 como educadora em espaços formais de educação, e também em projetos de educação popular, sobretudo em cursinhos populares pré-vestibular. Atualmente, trabalha junto ao Senac São Paulo como docente na área de Desenvolvimento Social, além de manter pesquisa na área de memória, corpos, gêneros e sexualidades desobedientes.

Carla Cristina Garcia é mestre e doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pós-doutorada pelo Instituto José Maria Mora (México, DF). É professora da PUC-SP no programa de estudos de pós-graduação em psicologia social e ciências sociais. É autora dos livros Ovelhas na Névoa: um estudo sobre as mulheres e a loucura (ed. Rosa dos Tempos/Record), As Outras Vozes: memórias femininas em São Caetano do Sul (ed. Hucitec), Hambre del Alma. Escritoras e o banquete de palavras (Ed. Limiar), Breve História do Feminismo (ed. Claridade), O Rosa, o Azul e as Mil Cores do Arco-Íris. Gêneros, corpos e sexualidades na formação docente (ed. Annablume) e Mulheres, Tempos e Trabalhos (ed. Annablume), entre outros.

Jaqueline Conceição da Silva é pedagoga e mestra em Educação: História, Política, Sociedade pela PUC-SP (2014). Atualmente, é doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e psicanalista em formação pelo Instituto Maiêutica – Florianópolis. É coordenadora do Centro de Pesquisa e Formação Coletivo Di Jeje, onde conduz pesquisas e rodas de troca de experiência sobre Feminismo Negro.

Sara Mendes de Siqueira é graduada em Pedagogia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2010), possui especialização em Gestão Escolar. Desde 2008, atua na área da educação básica como auxiliar de desenvolvimento infantil, professora titular de ensino fundamental (I e II) e assistente de direção de escola. Atualmente, é professora de educação infantil na Rede Municipal de Ensino de São Paulo e atua como militante da Marcha Mundial das Mulheres.