O primeiro MASP Professores de 2019, “Mulheres no plural: histórias e ativismos”, tem como tema as diferentes frentes de atuação das mulheres em lutas políticas e suas respectivas inscrições nos domínios do universo acadêmico e intelectual. A primeira parte do encontro discutirá o desenvolvimento de diferentes correntes da teoria e da ação feminista, a partir de experiências que se debruçam sobre questões de raça, sexualidade e identidade de gênero. Já a conferência da tarde tratará da diferença entre os campos de histórias das mulheres e histórias feministas. Com a atividade, espera-se introduzir noções e apontar caminhos para a abordagem dos assuntos em sala de aula.
Cronograma do encontro
10h às 12h30: palestras matinais
12h30 às 14h: horário de almoço
14h às 15h45: conferência
15h45 às 16h15: café e confraternização
16h15 às 18h: horário de livre visitação das exposições
*Todxs xs participantes ganharão ingresso gratuito para visitar as exposições do museu até o final do dia.
Público: professorxs, educadorxs e interessados em geral
Atividade gratuita
Palestras da manhã: Jaqueline Conceição e Adelaide M. de Estorvo, com mediação de Sara Siqueira
Conferência: Carla Cristina Garcia, com mediação de Hailey Kaas
10h às 12h30
Da recuperação da memória transvestigenere desobediente
Nesta palestra em forma de conversa, pretende-se partilhar instrumentos para a recuperação de memórias condenadas ao esquecimento, e sobretudo, para pensar a memória como instrumento para o cuidado de si e para a ação coletiva. Vamos fazer um passeio pela memória – transvestigenere – desobediente, entrever fragmentos de uma história da desobediência de gênero no Brasil, refletir e inventar afecções possíveis dessa recuperação no processo de ensino-aprendizagem.
Adelaide M. de Estorvo é ativista, educadora e pesquisadora nas áreas de História e Antropologia
Negra: substantivo feminino, imperativo feminista
Através do relato de sua própria experiência e trajetória como militante e feminista, a palestrante propõe à plateia uma reflexão sobre a história do feminismo negro no Brasil, e os processos de organização e desenvolvimento de luta das mulheres negras na contemporaneidade, em diferentes espaços políticos, dentre eles o campo educacional e pedagógico.
Jaqueline Conceição da Silva é pedagoga, antropóloga e psicanalista
Com mediação de Sara Siqueira, professora de educação infantil da Rede Municipal de Ensino de São Paulo e militante da Marcha Mundial das Mulheres
14h às 15h45
Fronteiras do feminismo: teorias e práticas latino-americanas
Na conferência, trataremos dos desafios que os feminismos enfrentam no século 21 em suas dimensões globais, desafios que requerem o reconhecimento das diversidades culturais das mulheres. Sendo ainda central a luta pela igualdade de direitos civis, questão passa por identificar e superar heranças coloniais que criam obstáculos aos avanços das teorias e das práticas feministas contemporâneas. A partir de uma perspectiva transdisciplinar, discutiremos trabalhos que marcaram um giro nos debates sobre as teorias de gênero em nível internacional, ao questionar visões etnocêntricas que não consideravam a articulação entre gênero, raça e identidades culturais, nem os estreitos vínculos entre racismo e ideologias patriarcais.
Carla Cristina Garcia é antropóloga e pesquisadora da condição da mulher
Com mediação de Hailey Kaas.