Inscrito na regulação que define formas permitidas e proibidas de ocupar o espaço e nos planos e projetos que orientam os investimentos públicos nas cidades, o modelo urbanístico hegemônico é conformado por dois princípios básicos: a negação e afastamento da natureza e a rentabilidade econômica do lugar. Ao longo dos ciclos da modernidade, a natureza foi enquadrada como selvagem, anti higiênica ou caótica, em contraposição a uma ordem racional e mercantil. Esta ordem, estruturada a partir do princípio da rentabilidade do espaço como mercadoria, tampouco considera as necessidades dos humanos que habitam a cidade. Nesta palestra, Raquel Rolnik discute como a natureza subjugada, entretanto, tem agência e revida: enchentes, desmoronamentos e outras “catástrofes” invadem e desafiam a cidade colonizada pelas finanças.
Mediadora: Daniela Rodrigues
Supervisora de Mediação e Programas Públicos
A palestra será presencial, com interpretação em Libras, no 8º andar do Edifício Pietro Maria Bardi. As pessoas presentes receberão certificado de participação e ganharão ingressos para ver todas as exposições do MASP no dia do evento.
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Organização: André Mesquita, Bruna Fernanda e Daniela Rodrigues
Produção: Rafael Figueiredo
Urbanista, Raquel Rolnik é professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e prefeita do campus da USP. Foi Diretora de Planejamento da Secretaria Municipal de Planejamento de São Paulo (1989-92), Secretária Nacional de Programas Urbanos do Ministério das Cidades (2003-07), relatora da ONU e autora de livros e artigos sobre a questão urbana.