Mário de Andrade, dândi, camp, queer ou trezentos e cinquenta? A partir de fotografias, cartas, poemas e depoimentos, a palestra discute sobre a figura de Mário sob a luz de diferentes modos de performar o corpo no mundo e dá foco à relação do autor de Macunaíma com Oswald de Andrade, amizade tensa que marcou a história do Modernismo. Pensando nas representações de Mário de Andrade que são feitas no bojo da nossa produção cultural, qual imagem do escritor povoa o imaginário brasileiro? No homem cardíaco, “o coração é o centro do enigma”. É dele que saem a vida e a morte de Mário de Andrade, que não foi somente afeito a amores cordatos. Para o público do século 21, a imagem de Mário, suas cartas, sua obra literária e seus gestos nos incitam a refletir sobre a relação (muitas vezes conflituosa) que se dá entre corpo e mundo, público e privado, coletividade e indivíduo, desejo e vida social.
A palestra será transmitida pelo canal do MASP no YouTube, com interpretação em Libras.
MEDIADORA | Daniela Rodrigues
Supervisora | Mediação e Programas Públicos, MASP
PALESTRANTE | Carolina Casarin
Pesquisadora
Autora do livro O guarda-roupa modernista: o casal Tarsila e Oswald e a moda (Companhia das Letras, 2022), Carolina Casarin é doutora em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com doutorado sanduíche no Institut d’Histoire du Temps Présent, em Paris. Suas pesquisas estão centradas no campo da história do vestuário e da moda, com foco nas relações entre arte, moda e literatura. É professora de História da Indumentária no curso de graduação em Diseño de Indumentaria y Textil da Facultad de Humanidades y Artes da Universidad Nacional de Rosario.