Este é o segundo seminário de um projeto de longo prazo realizado desde 2018 em conjunto com o Afterall, centro de pesquisa e publicação da Universidade de Artes de Londres voltados à arte contemporânea e à história das exposições. O primeiro seminário aconteceu em outubro de 2018 com a participação de Bambi Ceuppens, Candice Hopkins, Elizabeth A. Povinelli, Estefanía Peñafiel Loaiza, Esther Gabara, Julieta González, Lewis R. Gordon, Luciana Ballestrin Nelson Maldonado-Torres, Rolando Vázquez, Shela Sheikh, Suely Rolnik e Yaiza Hernández Velázquez.
O seminário é um fórum em que teóricos culturais, curadores e artistas da América do Sul, África, Estados Unidos e Europa levantam questões e propostas para a reinterpretação não canônica e descolonizada de mostras e coleções de museus. Os participantes falam das novas práticas artísticas e curatoriais, que explicitamente questionam e criticam os legados coloniais na produção artística, curadoria e crítica de arte. Pretende-se que o evento estimule novas discussões e pesquisas sobre descolonização, estudos decoloniais e pós-coloniais.
INSCRIÇÕES GRATUITAS NO DIA DO EVENTO
A retirada de ingressos será realizada uma hora antes do início do seminário, na bilheteria do museu. Cada entrada é válida para um dia de evento. Para acompanhar os dois dias, é preciso retirar ingresso nas duas datas.
Para receber o certificado de participação, é necessário cadastrar e-mail e nome completo e apresentar um documento oficial. Os certificados serão enviados para o e-mail cadastrado dos que comparecerem aos dois dias de seminário.
Organização: Adriano Pedrosa, Amanda Carneiro, André Mesquita, Caroline Woodley e Mark Lewis, com a colaboração de Yaiza Hernández Velázquez.
Mediação: Amanda Carneiro, Fernando Oliva, Horrana Santoz, Isabella Rjeille, Olivia Ardui e Tomás Toledo
Terça-feira, 15.10
10h
Introdução com Adriano Pedrosa e Mark Lewis.
10h30 – 12h30
WANDA NANIBUSH
Por que descolonizar um museu quando você pode centralizar a arte indígena
Um debate sobre a centralização em contraponto a estratégias de descolonização da coleção e da exposição de arte indígena. Também sobre o papel da arte indígena contemporânea em qualquer tentativa de prática decolonial por parte de museus.
JOTA MOMBAÇA
O Labirinto da Casa Grande: representação e futuridade
O Labirinto da Casa Grande será estudado não apenas como uma figura histórica, associada ao momento total do sistema colonial escravista, mas como um descritor do mundo-como-conhecemos e dos modos de atualização da infraestrutura global derivada da modernidade-colonialidade e, portanto, implicada na continuidade das sujeições negra e indígena através do tempo. As noções de representação e futuridade serão, portanto, questionadas com vistas ao seu entrelaçamento com as infra e intra-estruturas econômicas e simbólicas. Assim é que, do ponto de vista político, a apresentação buscará tocar os limites das políticas de representação e as possibilidades generativas de uma futuridade que não obedeça nem à linearidade do tempo nem aos cativeiros do realismo e da representatividade.
GABI NGCOBO
Desintoxicar faz parte da descolonização da "inocência" colonial
Nesta apresentação, Gabi Ngcobo discutirá o movimento cada vez mais urgente em direção à descolonização da arte e de suas instituições. Também apontará como, nesse processo, corremos o risco de que aqueles que
ocupam posições de poder se apropriem dos mesmos discursos através dos quais foram criticados e aos quais foram chamados a se responsabilizar. Ngcobo se baseará em projetos colaborativos recentes, com especial foco em All in a Day’s Eye: The Politics of Innocence in the Javett Art Collection, no recém-inaugurado Javett Art Center da Universidade de Pretória. A exposição é inspirada na coleção da família Javett, com obras de artistas que produziram a partir do século 20 com diferentes temas, tais como políticas de educação, inocência, políticas espaciais, religião e espiritualidade, natureza, políticas de representação e histórias de trabalho.
14h – 16h
NANA ADUSEI-POKU
Reimaginando o santuário da indústria e dos sonhos – o desafio da perda curatorial
Este diálogo interdisciplinar usa de maneira especulativa, entre outros exemplos, a vida, a obra e as aspirações da escultora nova-iorquina Augusta Savage para se engajar em questões de perda e abordagens decoloniais à curadoria. Como podemos curar e nos engajar com a obra e o legado de artistas cuja biografia e trabalho estão intrinsecamente ligados ao resultado de uma violência epistêmica e sistemática que moldou suas existências? De que forma podemos transmitir a ausência como ferramenta do contemporâneo? Como podemos estar envolvidos com o cuidado e expressar curatorialmente algo que Adusei-Poku defende estar embutido nas Culturas Negras – a ideia de uma atualização que ainda não se fez presente?
ROBERT ALDRICH
Revisitando os museus coloniais: o problema da descolonização e os legados do império
Museus criados para exibir arte e artefatos de países conquistados – além das “conquistas” europeias além-mar – constituíram parte importante de projetos coloniais nacionais. Com a descolonização, tais instituições perderam a razão de ser como condutores da propaganda colonialista, e desde então tiveram, em mais de uma ocasião, de se reinventar. Ao revisitar os antigos museus coloniais de Amsterdã (Tropenmuseum), Bruxelas (Africa Museum) e Paris (hoje um museu da imigração), Aldrich levará em conta os modos e graus de sucesso de três museus em “descolonizar” suas coleções e apresentações. Ele também discutirá alguns problemas contemporâneos quanto ao legado do colonialismo nos museus, que inclui a repatriação de objetos, além das controvérsias ligadas aos novos ou propostos museus em Berlim e Londres.
Quarta-feira, 16.10
10h30-12h30
KAILANI POLZAK
Criando histórias materiais: a interpretação polivocal e as coleções institucionais
Nesta apresentação, Polzak falará de uma mostra recente, da qual foi curadora, no Museu de Arte do Williams College. Ao recuperar as histórias que ligam o Williams College ao Reino do Havaí, a mostra se valeu inteiramente de coleções da universidade. Das taxonomias empregadas pelo banco de dados do museu à paisagem da universidade, havia pouca coisa disponível sobre essas histórias para os integrantes da comunidade universitária. Assim, Polzak e Sonnet Coggins, sua parceira na curadoria, tomaram decisões interpretativas específicas que focassem a atenção do espectador no poder da nomenclatura e narrativa. Seja revelando a fragilidade e o equívoco da antiga prática museológica de categorização dos objetos, seja se deleitando nas diversas perspectivas propiciadas pelos contribuintes de ascendência indígena e colona (entre alunos, professores, curadores e pastores), o projeto tratou tanto das histórias da relação Williams-Havaí quanto da própria prática da história da arte.
PEDRO DE NIEMEYER CESARINO
Corpos e objetos teimosos: exibição e classificação das coisas dos outros
A apresentação versará sobre a conexão entre corpos e coisas em sociedades não ocidentais, tais como as ameríndias, e os dilemas relacionados às suas reconfigurações pelos dispositivos institucionais e regimes conceituais associados à noção de arte. Pretende-se oferecer uma reflexão sobre o estatuto ontológico de coisas associadas às concepções de pessoa marcadas pela multiplicidade, partibilidade e conectividade, potencialmente irredutíveis aos modos de classificação e categorização de objetos pelos regimes imperiais.
ROSANE BORGES
Descolonização do olhar: desafios para as artes visuais
Grupos historicamente discriminados estiveram, quase sempre, na condição de mercadorias de olhares. Da seleção e escolha dos corpos negros para o mercado escravocrata-colonial até os tempos atuais, testemunhamos um sistema visual, com gramática própria, que dá suporte a formas de negação que se mostraram exitosas para a construção de linhas divisórias entre “nós” e os “outros”, entre “civilizados” e “bárbaros”. É evidente e incontestável o papel das artes visuais para o êxito deste empreendimento. A despeito das mudanças que vêm sendo operadas nos últimos anos, a ingerência do olhar colonizador ainda produz efeitos devastadores sobre os modos de produção e recepção da imagem. Esta discussão tem como propósito apresentar uma defesa em torno da necessidade de descolonizarmos o olhar, a fim de quebrar com estruturas enrijecidas que colocam grupos subalternizados (negros, indígenas, mulheres, LGBTQI+) em prisões de imagens.
14h-16h
LEA VAN DER VINDE
Repensando o legado colonial de Johan Maurits de Nassau-Siegen no Mauritshuis
O Mauritshuis recebe o nome do homem que o construiu: Johan Maurits of Nassau-Siegen – conhecido no Brasil como Maurício de Nassau. Do ponto de vista de um museu de arte, o Mauritshuis costumava enfatizar em primeiro lugar sua importância para a arte, a arquitetura e a ciência. No entanto, a história de vida de Johan Maurits é também parte da história colonial holandesa, em particular do tráfico transatlântico de escravos – temas dos quais mal se falava no museu até recentemente. Esta apresentação refletirá sobre o processo de uma consciência crescente em relação ao modo como o Mauritshuis divulga informações sobre Johan Maurits ao público, que resultou, entre outras coisas, na mostra Imagem em mutação – em busca de Johan Maurits (4 de abril – 7 de julho, 2019). A exposição examinou diversas perspectivas sobre Johan Maurits e o Brasil holandês. Serão compartilhados alguns dos desafios da curadoria, que também se relacionam com a polarização da discussão pública sobre Johan Maurits e a história nacional holandesa.
LILIA MORITZ SCHWARCZ
Mecenato imperial no passado e no presente: exposições permanentes e projetos curatoriais em alguns museus brasileiros
Os estudos pós-coloniais realizaram, desde os anos 1970, uma verdadeira virada epistemológica ao questionar narrativas eurocêntricas até então entendidas como modelos civilizatórios universais, evolutivos e obrigatórios. Interpelaram também várias áreas do conhecimento, como a crítica literária, as ciências sociais, a política, a história, a filosofia, bem como a história da arte e as práticas museológicas. O objetivo desta apresentação será analisar como obras acadêmicas produzidas no Brasil do século 19, sob o mecenato do imperador Pedro II, são atualmente apresentadas em instituições como o MASP, a Pinacoteca e o Museu de Belas Artes. O suposto é que elas ainda figuram de maneira naturalizada, como se fossem etnografias ou documentos visuais de eventos passados. Também interessa comentar os projetos curatoriais em que elas se inserem e que tendem a eleger a diacronia como critério objetivo. Trabalharemos com obras de Pedro Américo de Figueiredo e Melo, Victor Meirelles e José Maria de Medeiros.
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO
Territorialidade e descolonização: o caso brasileiro
A história colonial do Brasil não se restringe ao território colonial brasileiro. Paulistas invadiram terras espanholas no Cone Sul para saquear aldeias e escravizar indígenas. Mais ainda, os colonos do Brasil e depois os brasileiros – e não só os portugueses – participaram ativamente da pilhagem do território e dos povos angolanos e africanos de outras áreas da África. Entre meados do século 17 e início do século 18, pelo menos 13 expedições militares embarcaram no Brasil para auxiliar os colonos de Angola na expansão das redes de tráfico negreiro. Navios de bandeira brasileira foram aos portos africanos embarcar escravizados vendidos por seus agentes locais de 1822 até 1850. Assim, o debate sobre colonização e descolonização envolve, no caso brasileiro, a relação dos colonos e das comunidades dominantes nacionais com os índios, e também com os africanos.
16h30-17h30
Conferência
MARZ SAFFORE
Descolonizando nossas instituições/Descolonizando nossas cidades
Esta apresentação abordará o trabalho do Decolonize This Place (DTP), movimento com sede em Nova York voltado à ação em seis frentes de luta: luta indígena, libertação negra, Palestina livre, demolição do patriarcado, trabalhadores assalariados do mundo e desgentrificação. Como artistas, educadores, escritores, ativistas e organizadores, temos buscado perturbar e tornar nossas instituições responsáveis pelas pessoas a quem elas afirmam servir e representar, exigindo a revogação do projeto colonialista tocado por elas. Marz Saffore, integrante do Colletivo MTL+ (fundadores e facilitadores do DTP), compartilhará trabalho e experiências como ponto de partida para uma discussão mais ampla sobre como a organização decolonial e a ação direta podem ser vistas em nossas cidades.
GABI NGCOBO
Artista, curadora e educadora. Residente em Joanesburgo, África do Sul. Desde o início dos anos 2000 Ngcobo está envolvida em projetos colaborativos artísticos, curatoriais e educacionais na África do Sul e em âmbito internacional. Foi curadora da 10ª Bienal de Berlim, intitulada We don’t need another hero (2018), e foi uma das co-curadoras da 32ª Bienal de São Paulo (2016). É integrante e fundadora de duas plataformas colaborativas baseadas em Joanesburgo – Nothing Gets Organized e Center for Historical Reenactments.
JOTA MOMBAÇA
Bicha não binária, nascida e criada no Nordeste do Brasil. Escreve, performa e faz estudos acadêmicos em torno das relações entre monstruosidade e humanidade, estudos kuir, giros descoloniais, interseccionalidade política, justiça anticolonial, redistribuição da violência, ficção visionária e tensões entre ética, estética, arte e política nas produções de conhecimentos do sul-do-sul globalizado.
KAILANI POLZAK
Professora assistente de arte do Williams College, em Massachusetts. Especializada em cultura visual europeia dos séculos 18 e 19, com foco em questões de contato intercultural, raça e colonialismo em representações do Pacífico. Sua pesquisa no Havaí, França, Alemanha, Inglaterra, Aotearoa (Nova Zelândia) e Austrália teve o apoio do Social Science Research Council, da Fundação Georges Lurcy, e de uma bolsa pós-doutorado C3 da Fundação Mellon. Foi cocuradora da mostra “The Field is The World”: Williams, Hawaiʻi, and Material Histories in the Making [“O campo é o mundo”: Williams, Havaí e histórias materiais em construção], no museu de arte do Williams College, em 2018.
LEA VAN DER VINDE
Historiadora da arte, especializada em pinturas holandesas dos séculos 17 e 18. Curadora da Gabinete Real de Pinturas Mauritshuis em Haia, na Holanda, onde tem sido responsável por mostras como The Frick Collection – Art Treasures from New York [Coleção Frick – tesouros da arte de Nova York] (2015) e, mais recentemente, Shifting Image – In Search of Johan Maurits [Imagem em mutação – em busca de Johan Maurits] (2019), uma exploração crítica da imagem do fundador do edifício onde o museu Mauritshuis está localizado. A curadora também participa de um projeto de pesquisa multianual sobre Johan Maurits [no Brasil, Maurício de Nassau].
LILIA MORITZ SCHWARCZ
Professora titular do Departamento de Antropologia da USP e Global Scholar em Princeton. Atua também como curadora adjunta para histórias do MASP, onde participou da equipe curatorial das seguintes exposições: Histórias da infância (2016), Histórias da sexualidade (2017), Histórias afro-atlânticas (2018) e Histórias das mulheres: artistas antes de 1900 (2019). É autora de uma série de livros e catálogos como: Espetáculo das raças (1993), As barbas do imperador (1998), Histórias mestiças (2016, com Adriano Pedrosa), A batalha do Avaí (2013, com Lúcia Stumpf e Carlos Lima) e Pérola imperfeita: as histórias e a história de Adriana Varejão (2014).
LUIZ FELIPE DE ALENCASTRO
Doutorado em história pela Université Paris X e livre-docente pelo Instituto de Economia da Unicamp. Lecionou na Université de Paris VIII, na Université de Rouen e na Unicamp. Pesquisador do Cebrap. Catedrático de história do Brasil na Université de Paris-Sorbonne e professor emérito na mesma universidade. Membro da Academy of Europe. Coordenador do Centro de Estudos do Atlântico Sul e professor da Escola de Economia de São Paulo da FGV, desde 2014. É autor de O trato dos viventes, coautor de quatro livros, capítulos e artigos em revistas científicas do Brasil e do exterior.
MARZ SAFFORE
Artista, organizadora e educadora nascida e criada em Richmond, Virgínia. Em 2017, tornou-se mestre em Belas Artes pela Steinhardt, da Universidade de Nova York. Sua prática de arte multimídia mistura a linha entre arte e cultura, o político e o pessoal e o público e o privado por meio de vídeo, performance e instalação. Saffore é integrante do Coletivo MTL+, um grupo de artistas, escritores e educadores que combinam pesquisa e estética com ação política. O MTL+ fundou e facilita a Decolonize This Place, colaboração entre produtores culturais e organizadores políticos que compartilham lutas e fronteiras. A artista iniciou recentemente seu segundo ano de doutorado no Departamento de Mídia, Cultura e Comunicação da Steinhardt.
NANA ADUSEI-POKU
Consultora acadêmica sênior e pesquisadora Luma no Centro de Estudos Curatoriais e Arte Contemporânea do Bard College. Foi professora visitante de História da Arte da Diáspora Africana na Cooper Union College, em Nova York. Publicou artigos no Nka – Journal of Contemporary African Art, na plataforma e-flux, no Kunstforum International, na Flashart!, L’Internationale e Darkmatter, entre outras. Foi curadora, entre outros, de Performances of No-thingness [Performances do Nada], na Academia de Artes de Berlim, em 2018, além do programa Longing on a Large Scale, em parceria com a mostra Eucledian Gris Gris, de Todd Gray, no museu de arte do Pomona College, temporada 2019-2020.
PEDRO DE NIEMEYER CESARINO
Professor do Departamento de Antropologia da FFLCH/USP. É autor de Oniska – poética do xamanismo na Amazônia (Perspectiva, 2011), além de outros livros e artigos dedicados à etnologia indígena e às relações entre antropologia, literatura e arte.
ROBERT ALDRICH
Professor de História Europeia da Universidade de Sydney. Autor de Banished Potentates: Dethroning and Exiling Indigenous Monarchs under British and French Colonial Rule, 1815-1955 (2018), e um dos organizadores de Monarchies and Decolonisation in Asia (2019). É também autor de Vestiges of the Colonial Empire in France: Monuments, Museums and Colonial Memories (2005; edição francesa atualizada, 2011), e dos artigos “Colonial museums in a postcolonial Europe”, African and Black Diaspora (2009), “The Impossible Colonial Museum”, Colonial Culture in France Since the Revolution, organizado por Nicolas Bancel et al. (2013), e “Old Colonial Sites and New Uses in Contemporary Paris”, em Neocolonialism and Built Heritage: Echoes of Empire in Africa, Asia, and Europe, organizado por Daniel E. Coslett (2019).
ROSANE BORGES
Jornalista, doutora em ciências da comunicação, professora colaboradora do grupo de pesquisa Colabor (ECA-USP). Foi coordenadora nacional do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (CNIRC), da Fundação Cultural Palmares/MinC (2013). É articulista da revista Carta Capital Digital e do site Jornalistas Livres. É conselheira de honra do Conselho Reinventando a Educação (CORE) e autora e organizadora de diversos livros, como Espelho infiel: o negro no jornalismo brasileiro (2004), Mídia e racismo (2012), Esboços de um tempo presente (2016).
WANDA NANIBUSH
Curadora Anishinaabe-kwe, guerreira da imagem e da palavra e organizadora comunitária do Povo Original Beausoleil. É curadora inaugural de arte indígena e codiretora do Departamento de Arte Indígena+Canadense na Galeria de Arte de Ontário. Três de suas mostras atuais estão em itinerância, inclusive sua pesquisa mais recente sobre Rebecca Belmore, Facing the monumental.