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resultado para German Lorca

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Acervos

German Lorca

Luiz Hossaka,

1989

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Luiz Hossaka
  • Data da obra:
    1989
  • Técnica:
    Fotografia analógica preto e branco, impressão digital sobre papel de algodão
  • Dimensões:
    34,5 x 34,5 cm
  • Aquisição:
    Doação do artista, 2015
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.03044
  • Créditos da fotografia:
    MASP
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Acervos

German Lorca

Pietro Maria Bardi,

1985

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Pietro Maria Bardi
  • Data da obra:
    1985
  • Técnica:
    Fotografia analógica preto e branco, impressão digital sobre papel de algodão
  • Dimensões:
    34 x 34,5 cm
  • Aquisição:
    Doação do artista, 2015
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.03043
  • Créditos da fotografia:
    MASP
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Acervos

German Lorca

Vila operária de Quatá - Lauro Miller, SC,

1970

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Vila operária de Quatá - Lauro Miller, SC
  • Data da obra:
    1970
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    40,5 x 51 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 2005
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02547
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Pernas,

1970

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Pernas
  • Data da obra:
    1970
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    48,5 x 40,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 1997
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02058
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Aeroporto,

1961

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Aeroporto
  • Data da obra:
    1961
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    40,5 x 49,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 1997
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02057
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Só para mulheres,

1954

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Só para mulheres
  • Data da obra:
    1954
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    40 x 48,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 2005
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02546
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Desfile, IV Centenário,

1954

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Desfile, IV Centenário
  • Data da obra:
    1954
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    40 x 42 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 2005
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02545
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Palacete Santa Helena,

1954

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Palacete Santa Helena
  • Data da obra:
    1954
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    39,5 x 49 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 2005
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02544
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Oca,

1954

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Oca
  • Data da obra:
    1954
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    38,5 x 49 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 2005
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02543
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Cadeira na igreja ou Estudo com cadeira ou Cadeira com guarda-chuva,

1951

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Cadeira na igreja ou Estudo com cadeira ou Cadeira com guarda-chuva
  • Data da obra:
    1951
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29 x 38,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00088
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Apartamentos,

1951

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922-2021
  • Título:
    Apartamentos
  • Data da obra:
    1951
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel
  • Dimensões:
    51 x 31,5 cm
  • Aquisição:
    Doação Pirelli, 1997
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    MASP.02056
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Apartamentos ou Apartamento na Mooca ou Apartamentos, rua do Oratório,

1951

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Apartamentos ou Apartamento na Mooca ou Apartamentos, rua do Oratório
  • Data da obra:
    1951
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    40 x 30 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00096
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Chuva na janela,

1950

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Chuva na janela
  • Data da obra:
    1950
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    34 x 28 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00093
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Bar do caipira ou Caipira no bar ou Caipira,

1950

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Bar do caipira ou Caipira no bar ou Caipira
  • Data da obra:
    1950
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    39,5 x 29,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00092
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Malandragem,

1949

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Malandragem
  • Data da obra:
    1949
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29 x 31,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00098
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Circo de cavalinhos ou Carrossel,

1949

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Circo de cavalinhos ou Carrossel
  • Data da obra:
    1949
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    31 x 29,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00099
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Le diable au corps,

1949

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Le diable au corps
  • Data da obra:
    1949
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    36 x 29 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00095
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Padre na barca ou cenas quotidianas,

1949

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Padre na barca ou cenas quotidianas
  • Data da obra:
    1949
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    27 x 33,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00089
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Natureza-morta,

Sem data

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Natureza-morta
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29,5 x 39 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00097
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Trópicos ou homem com guarda-chuva,

Sem data

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Trópicos ou homem com guarda-chuva
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29,5 x 39 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00094
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

8 janelas ou janelas,

Sem data

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    8 janelas ou janelas
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    40 x 28,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00091
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Movimento,

Sem data

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Movimento
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29 x 39,5 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00090
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Acervos

German Lorca

Janela do estúdio do fotógrafo na Avenida Ipiranga,

Sem data

  • Autor:
    German Lorca
  • Dados biográficos:
    São Paulo, Brasil, 1922
  • Título:
    Janela do estúdio do fotógrafo na Avenida Ipiranga
  • Data da obra:
    Sem data
  • Técnica:
    Fotografia analógica, ampliação sobre papel fotografico
  • Dimensões:
    29 x 38 cm
  • Aquisição:
    Comodato MASP Foto Cine Clube Bandeirante
  • Designação:
    Fotografia
  • Número de inventário:
    C.00087
  • Créditos da fotografia:
    Eduardo Ortega
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Exposições

ARTE DO BRASIL NO SÉCULO 20

ARTE DO BRASIL NO SÉCULO 20

Arte do Brasil no século 20 apresenta uma seleção de obras da coleção do MASP, em diálogo inédito com documentos do arquivo histórico e fotográfico do museu. O recorte não pretende construir uma história abrangente da arte do século 20. Ao contrário, o conjunto é fragmentado, e, se há uma história que ele revela, é a do próprio museu e de seu acervo. Ao lado das obras, são expostos documentos referentes a elas, como correspondências, fotografias, folhetos, catálogos e textos diversos. Ao trazê-los a público, é possível conectar cada trabalho com os contextos sociais e políticos em que foram produzidos, exibidos e adquiridos. Nesse sentido, tanto Arte do Brasil no século 20 como a exposição que a complementa, Arte do Brasil até 1900, no segundo subsolo, são uma oportunidade para compreender o acervo de arte brasileira do MASP – seu passado e suas possibilidades futuras.

As obras estão ordenadas cronologicamente por sua datação, com agrupamentos de trabalhos do mesmo autor. Com isso, abandona-se a perspectiva tradicional da história da arte, com seus movimentos, gerações e períodos, sua ideia de progresso e linearidade.

O acervo do MASP revela o grande ímpeto dos primeiros dez anos de aquisições (1947-57), que resultou num extraordinário conjunto de obras de pintores modernistas, como Anita Malfatti, Candido Portinari, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Lasar Segall e Vicente do Rego Monteiro. Já nas décadas seguintes, o museu passa a fazer aquisições mais pontuais.  

Há uma forte presença da arte figurativa, em oposição ao abstracionismo. Nas décadas de 1940 e 1950, a abstração era promovida pelo empresário norte-americano Nelson Rockefeller (1908-1979) e pelo Museum of Modern Art (MoMA) de Nova York no contexto da “política de boa vizinhança” dos Estados Unidos com o Brasil. O foco na figuração é reflexo do próprio interesse de Pietro Maria Bardi (1900-1999), diretor do MASP desde sua fundação até 1990. Por trás desse interesse estava uma suspeita de que, numa abordagem mais formalista, a arte abstrata resultaria numa despolitização da arte.

Ao longo dos anos, o MASP expôs e adquiriu obras de artistas visionários e autodidatas que operavam fora do circuito ortodoxo da arte moderna e contemporânea e da Academia, algo que interessava particularmente Lina Bo Bardi (1914-1992), arquiteta responsável pelo projeto do MASP. Esse é o caso de Agostinho Batista de Freitas, José Antônio da Silva, Hélio Mello, Maria Auxiliadora e Rafael Borjes de Oliveira. São artistas que retrataram histórias, paisagens, costumes e culturas do povo brasileiro, muitas vezes marginalizados pela elite e burguesia locais.

A partir de 1991, com a criação da Coleção Pirelli MASP de Fotografia, o museu consegue acompanhar a produção de fotografia no Brasil, trazendo para o acervo mais de 1200 obras. Aqui é apresentada uma pequena seleção, com obras de Arthur Omar, Cláudia Andujar, George Leary Love, Geraldo de Barros, German Lorca, Marcel Gautherot e Thomas Farkas.

A expografia de Arte do Brasil no século 20, com painéis suspensos, é inspirada no projeto da antiga sede do MASP de Lina Bo Bardi, na rua 7 de Abril, na década de 1950. Ela antecipa o retorno da radical expografia dos cavaletes de vidro de Bo Bardi, inaugurada em 1968 no MASP da avenida Paulista. A retomada dos cavaletes na coleção permanente do museu está prevista para o segundo semestre deste ano. Como suportes transparentes no lugar de paredes, eles criam um espaço único no qual convivem diferentes obras, artistas, estilos e escolas, além do próprio visitante, rompendo com uma narrativa convencional da arte e permitindo que novas histórias venham à tona.

Esta exposição é complementada por Arte do Brasil até 1900, apresentada no segundo subsolo do MASP.

Curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico, Fernando Oliva, curador assistente, e Luiza Proença, curadora assistente.

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Exposições

Cidades Invisíveis

As cidades do mundo pela lente de renomados

fotógrafos do país dos anos 30 até os dias de hoje

 

O MASP abre na próxima sexta-feira, 13 de junho, um inédito recorte curatorial sobre a coleção de fotos do museu em mostra com 70 obras de 50 dos principais fotógrafos brasileiros nos últimos 80 anos. Em Cidades invisíveis, com curadoria de Teixeira Coelho, a maioria dos trabalhos pertence à coleção Pirelli MASP – o mais completo painel da arte fotográfica no país, com mais 1100 obras reunidas em 19 edições, de 1991 e 2012. Foram selecionadas obras de artistas como Thomas Farkas, Pierre Verger, Geraldo de Barros, Odires Mlászho, Miguel Rio Branco, João Musa, Cassio Vasconcelos, Bob Wolfenson e Ricardo Barcelos.

 

O título da mostra, que será apresentada no Mezanino do 1º Subsolo, é uma citação à obra homônima de Italo Calvino, fato sobre o qual o curador aqui escreve:

CIDADES INVISÍVEIS nas fotos da Coleção Pirelli MASP

 

Cidades são sempre invisíveis – quase todas as cidades. Por isso, e para se colocarem ao alcance das pessoas, precisam ser reduzidas a um símbolo: a parte pelo todo, como o MASP para designar São Paulo (antes foi o prédio Martinelli ou o do Banco do Estado), a Torre Eiffel no lugar de Paris, o Empire State Building para Nova York, o Parlamento em Londres...

 

E as cidades são tão mais invisíveis quanto maiores forem: dentro de uma grande cidade, cada um vive numa área delimitada, bem menor que o todo, sem por vezes jamais conhecer nem mesmo zonas adjacentes. A maior parte dos parisienses jamais pisou no Museu do Louvre, no entanto situado bem no centro e no coração (físico e emocional) da cidade.

 

Aristóteles definiu a cidade como o conjunto das edificações e seus ocupantes que podia ser visto do ponto mais alto dessa mesma cidade, um metro que, quando aplicado, apontava para uma pequena aglomeração de claros limites. Aristóteles não podia prever a existência de edifícios com centenas de andares – que, no entanto, não servem para comprovar a atualidade de seu conceito: quem sobe ao ponto mais alto da altíssima torre da prefeitura de Tóquio, assinada pelo arquiteto Kenzo Tange, abarca com a vista, num dia sem poluição, uma enorme superfície de terra construída. Mas o que vê, dessa altura, é nada mais do que minúsculos pontos da retícula urbana, sem qualquer semelhança com uma cidade.

 

As cidades são invisíveis, portanto. No todo e em suas partes, por menores que sejam. As cidades são, de fato, construções mentais que não encontram rebatimento no plano da realidade. Sendo a única realidade do ser humano (as pessoas vivem em cidades, não em Estados ou Países,  meras ficções político-administrativas), não são realidade suficiente. Imagina-se uma cidade mais do que se conhece uma cidade. Mesmo a própria. Esse, o ponto de partida para a esta mostra, com apoio adicional no livro (mais poético que outra coisa), de Italo Calvino sob o mesmo título: Cidades invisíveis.

 

O paradoxo é bem este: as cidades são visíveis – e tanto que foram fotografadas — e ao mesmo tempo, invisíveis ao olho cotidiano. De fato, é preciso quase sempre que uma imagem revele a alguém aquilo que essa pessoa poderia ver por si mesma e que ela de fato já viu, que ela já “conhece”. O homem contemporâneo vê muito mais por meio da lente de uma câmara fotográfica ou cinematográfica ou, cada vez mais comum, pela lente da câmara embutida no celular. Não é exagero dizer que, em situações comuns, o homem contemporâneo só vê, só enxerga, depois, quando examina a foto de um lugar ou de algo que “viu” ao vivo no passado.  Hoje, é a objetiva de uma câmara que o ensina a ver. (Com a diferença, agravante para o problema do conhecimento pela imagem, de que quanto mais amplia a imagem disponível, quase sempre menos vê e menos entende, como no emblemático filme Blow up de Antonioni...).

 

A exposição Cidades invisíveis se fez com fotografias (da coleção Pirelli MASP) e não com pinturas, por exemplo, antes de mais nada porque as fotos são consideradas, quase sempre por equívoco, como objetivas ou “mais objetivas”, quer dizer, como mais capazes de mostrar a realidade como a realidade é; ou como menos aptas a mentir...  As fotos deveriam registrar a realidade tal qual. Não o fazem, por certo, porque não são objetivas: é o que se revela aqui. O mais provável é que aumentem a incerteza e a complexidade da realidade registrada. Com a dignidade especial de toda imagem, na expressão de Italo Calvino, a fotografia revela e oculta aquilo que mostra, por vezes aumentando o valor do que registra, por vezes diminuindo-o – mas sempre com a dignidade especial de cada linguagem, a pintura com a sua, a fotografia com a própria.

 

A dignidade das fotos aqui mostradas contesta com frequência a dignidade das fotos jornalísticas. Há, naquelas aqui expostas, um algo a mais que, ao revelar seu objeto (torná-lo visível), oculta-o novamente (vela-o, tornando-o de novo ainda mais invisível). Estas fotos foram aqui agrupadas com um critério flexível: inútil, de resto, impor uma categorização demasiado rígida às obras de arte. Em seu livro, Italo Calvino trata de suas cidades-personagens conforme uma série de traços que nelas vê: a memória, o desejo, os sinais e signos, o comércio, os nomes, os céus, os mortos, os nomes... Pode fazê-lo: a literatura é livre, livre da coação da realidade, muito mais livre e vasta do que a fotografia ou qualquer outra imagem: não há como competir com a literatura e a imaginação de um escritor, constatação que revela a fragilidade da proposta segundo a qual uma boa imagem vale mil palavras. Nunca valerá, a palavra vai sempre além – ou vai para outros lugares ao lado, acima e abaixo da imagem. A liberdade literária de Italo Calvino não pôde portanto ser usada como guia para esta exposição,  a não ser de modo limitado e sob alguns aspectos. A disposição das obras pelas salas não ostentará os grupos subentendidos: numa exposição ao redor da invisibilidade, cabe ao observador construir sua própria imagem daquilo que vê nas imagens...

 

                                                                              * * *

 

A exposição inclui fotos feitas entre 1933 e a atualidade, de autoria de 50 dos mais destacados nomes incluídos na Coleção Pirelli MASP – entre eles Cláudia Andujar, Geraldo de Barros, Gautherot, José Medeiros, Miguel Rio Branco, Thomas Farkas, Pierre Verger,  German Lorca – tendo por objeto mais de 20 cidades do Brasil e do mundo. 

 

                                                                                              Teixeira Coelho, maio 2014 

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