MORTE ACIDENTAL DE UM ANARQUISTA
Um louco cuja doença é interpretar pessoas reais é detido por falsa identidade. Na delegacia, se passa por por um juiz para para fazer a revisão do processo do suicídio de um anarquista. A polícia afirma que ele teria se jogado pela janela do quarto andar.
A imprensa e a população acreditam que foi jogado. O que teria acontecido realmente? O louco vai enganando um a um, assume várias identidades e, brincando com o que é ou não é real, desmonta o poder e acaba descobrindo a verdade de todos nós.
Fo partiu de um caso verídico, o “suicídio” de um anarquista em Milão em dezembro de 1969. Sua engenhosidade, sua capacidade de escrever diálogos cortantes, de criar tipos diversos dentro de uma mesma peça, representados por um mesmo ator, aliado a um profundo senso cômico, dão dimensão universal ao texto. É sua peça mais conhecida, montada no mundo inteiro. Recentemente em Londres, foi encenada com referências ao caso Jean Charles.
“É impressionante como Morte Acidental ainda é atual, 45 anos depois de escrita. É como se ele estivesse falando dos dias hoje, principalmente no Brasil. Em chave de farsa Dario Fo, nos brinda com um texto brilhante. O que fizemos foi tirar as referências que só faziam sentido para os italianos e a realidade em que viviam nos anos setenta. A fábula, a história na nossa montagem esta intacta. O
próprio Fo a cada remontagem da peça fazia modificações.” diz Hugo Coelho diretor da peça.
O personagem do Louco (Dan Stulbach), vê representar um juiz como ponto alto de sua "carreira", pois já se passou por médico cirurgião, psiquiatra, bispo e engenheiro naval, entre outros. Na delegacia, preso pelo Comissário (Fernando Sampaio) encontra os responsáveis pela investigação, o Delegado (Henrique Stroeter) e o Secretário de Segurança (Riba Carlovich). Depois a imprensa aparece, através da Jornalista (Maira Chasseraux). Todos, menos o Louco, inspirados em personagens reais.
Henrique e Dan escolheram este texto para sua parceria cênica, motivados pela “diversão total e pela inteligência do Dario” como diz Dan e “pelo prazer de representar um clássico cômico popular e atual" como diz Henrique (que diz ter sido a montagem de Antônio Fagundes em 1985 a responsável pela sua escolha em ser ator. Dan não viu a montagem) ”'é uma alegria total interpretar este personagem. um desafio diferente de tudo que já fiz”, diz Dan.
Baseado em fatos reais, a comédia mais famosa de Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura de 1997, diverte e esclarece, aprofunda e critica a vida e a nossa sociedade.
FICHA TÉCNICA:
Texto: Dario Fo
Tradução: Roberta Barni
Dramaturgia e Direção: Hugo Coelho
Elenco: Dan Stulbach, Henrique Stroeter, Riba Carlovich,
Fernando Sampaio, Maíra Chasseraux e Rodrigo Bella Dona
Música ao vivo: Rodrigo Geribello
Cenário: Marco Lima
Figurino: Fause Haten
Iluminação: Hugo Coelho
Assessoria de Imprensa Daniela Bustos e Beth Gallo - Morente Forte
Assistente: Thais Peres
Projeto Gráfico: Vicka Suarez
Foto de Estúdio: Heloísa Bortz
Fotos de Cena: João Caldas Fº
Estagiário de Direção: Rafael De Bona
Administração: Magali Morente Lopes
Produção Executiva: Katia Placiano
Coordenação de Projetos: Egberto Simões
Realização: Quadrilha da Arte
Produtores Associados: Selma Morente, Célia Forte e Dan Stulbach
SERVIÇOS
Local: Auditório MASP Unilever
Horário: quartas e quintas às 21h
Ingressos: R$ 60,00 e R$ 30,00 meia entrada
Endereço: Av. Paulista, 1578, São Paulo, SP
Tel.: (11) 3149-5959
Acessível a deficientes, ar condicionado.
Capacidade: 374 lugares (vagas especiais para cadeirantes)