MASP

As roupas que dançam: trajes de cena em movimento

Horário
19h-21h
Duração do Módulo
3, 4, 5, 6 e 7.2.2020
seg-sex
5 aulas
Investimento

Público geral
5x R$ 80,00*
Amigo MASP
5x R$ 68,00*
*PARCELAMENTO APENAS EM CARTÃO DE CRÉDITO

Coordenação

Hanayrá Negreiros

A partir do estudo de registros iconográficos e audiovisuais, o curso é um convite para descobrir o que as roupas podem enunciar através dos chamados trajes de cena, também conhecidos como figurinos, que ajudam a compor estéticas e visualidades de espetáculos e manifestações artísticas, presentes também no ato de dançar.

A vestimenta por sua vez, pode ser entendida como maneira de se adornar e significar o corpo que dança. Porém, quais são essas corporalidades em movimento que conduzem as roupas que ganham vida e passam também a dançar?

Planos de aulas

Aula 1 – 3.2.2020
Corpos de baile, roupas que dançam – notas sobre o traje de cena nos estudos sobre danças negras

Introdução aos pensamentos que giram em torno dos atos de vestir e dançar negros, partindo do princípio da roupa e adornos do corpo como elementos importantes para se pensar memória e documento.

Aula 2 – 4.2.2020
Traje de cena ou traje de festa? Reflexões e reproduções de indumentárias em manifestações de danças afro-brasileiras

Nessa aula discutiremos as relações entre as chamadas manifestações populares, as vestimentas utilizadas e os encontros entre danças, saberes orais e elaborações de figurino de festa e de cena, por meio de análises iconográficas que atravessam os séculos 19, 20 e 21.

Aula 3 – 5.2.2020
Saia de chitão e babadão, tem que ser rodada: indumentária em danças afro-religiosas

A aula propõe reflexões sobre a relação do ato de dançar, com os movimentos gerados pela dança e as vestimentas litúrgicas usadas em cerimônias negras diaspóricas. O girar das saias e o mover das vestes de divindades e adeptos servem como compasso para essa aula.

Aula 4 – 6.2.2020
Bailarinas de pé no chão: dança e vestimenta em corpos negros femininos (1930-1960)

Através de um recorte histórico, as danças e composições vestimentares de Josephine Baker, Katharine Dunham, Janet Collins, Pearl Primus e Mercedes Baptista são costura para esta aula, que reflete sobre como as roupas contribuem para o imaginário criado em torno de mulheres negras bailarinas no século 20.

Aula 5 – 7.2.2020
Mover e trajar-se negra: dança e indumentária de artistas negras contemporâneas

Como costura final, essa aula traça um panorama estético sobre os figurinos usados por bailarinas negras como Judith Ann Jamison e Norah Chipaumire, alinhavando os estudos da dança, do traje e dos discursos decoloniais que são anunciados por corpos negros femininos.

¹Título inspirado no documentário Balé de pé no chão (2005) de Lilian Solá Santiago e Marianna Monteiro, que retrata a trajetória de Mercedes Baptista (1921-2014).

Coordenação

Hanayrá Negreiros é pesquisadora e educadora em Moda, História Cultural e Curadoria. Mestre em Ciência da Religião pela PUC – SP e graduada em Negócios da Moda pela Universidade Anhembi Morumbi, possui como principais focos de estudo, estéticas afro-brasileiras e africanas, que se manifestam através da indumentária, memórias coletivas e religiosidades. Recentemente participou da programação de cursos, palestras e oficinas de exposições como Histórias Afro-Atlânticas - MASP/Tomie Ohtake (2018), Museu de Arte Sacra de São Paulo, projeto Tecnologias Negras do Sesc São Paulo e Galeria e Instituto Adelina (2019). Atualmente assina a curadoria da exposição de livros Indumentárias negras em foco na Biblioteca de Fotografia do Instituto Moreira Salles.

Conferencistas